Quando foi eleito presidente do Chile, a 4 de Setembro de 1970, com 36,6 por cento dos votos à frente de uma ampla coligação de seis partidos, denominada Unidade Popular (UP) – fundada em 1969 e cuja espinha dorsal eram o Partido Socialista e o Partido Comunista do Chile –, Salvador Allende já havia percorrido o país, de «Arica a Magalhães». Entusiasta da efémera República Socialista de 1932, que durou 13 dias proclamando o objectivo de nacionalizar o cobre e o carvão; deputado e senador em diversos mandatos; ministro da Saúde do governo de Aguirre Cerda durante dois anos e meio (1939-1941); candidato às presidenciais de 1952, 1958, 1962 e 1964, Allende conhecia o Chile e os chilenos como poucos. Por onde passou, defendeu a democracia, a liberdade, o progresso e justiça social pelos quais se bateu, apoiado pelo forte e experimentado movimento operário chileno. (avante.pt via Abril de Novo Magazine)
Discurso de Salvador Allende na Univ. de GuadalajaraDiscurso proferido a 2 de Dezembro de 1972 no Auditório do Instituto de Ciências Sociais e Humanidades da Universidade de Guadalajara, Jalisco (México). O auditório tem hoje o nome do mandatário chileno.
A menos de um ano do golpe Estado que, alentado pela CIA, derrubou o governo da Unidade Popular no Chile, matando o presidente Allende. Nos anos seguintes, da ditadura de Pinochet, mais de 60 mil compatriotas seus seriam mortos.