terça-feira, 20 de setembro de 2016

No Consulado da Suíça em Bilbo, reclamou-se asilo político para Txapartegi

No âmbito das iniciativas anunciadas, dia 15, pela plataforma Nekane libre! contra a extradição da refugiada basca Nekane Txapartegi, cerca de 30 pessoas concentraram-se hoje frente ao Consulado da Suíça em Bilbo. No final, deixaram uma carta no consulado contra o processo de extradição e a reivindicar o direito de asilo político.

Nekane Txapartegi, natural de Asteasu (Gipuzkoa), foi presa em 1999 e condenada no âmbito do macro processo 18/98. Torturada e violada, foi obrigada a fugir. Vivia na Suíça com a sua filha, mas em Abril deste ano foi detida em Zurique, numa operação conjunta da Polícia helvética e da espanhola. Agora, encontra-se na cadeia de Dielsdorf, onde enfrenta duras condições de encarceramento.

Os membros da Nekane libre! explicaram que o processo de extradição movido pelo Estado espanhol «está em curso» e que a Justiça suíça deve tomar uma decisão ainda este mês, que é passível de recurso. A decisão final deverá ser tomada dentro de alguns meses.

Indícios claros de tortura
Tendo em conta a legislação suíça, este país devia rejeitar a extradição de Nekane, na medida em que os indícios de tortura são mais que claros. «A única prova que a incrimina é o depoimento que fez na presença da Polícia [depois de ser torturada]; basta que as autoridades suíças atendam aos resultados das investigações realizadas pela equipa de Paco Etxeberria; às investigações psiquiátricas realizadas na Suíça; aos resultados do Protocolo de Istambul, aplicado a Mikel Egibar, que foi detido juntamente com Txapartegi; ou à denúncia do caso de Txapartegi feita pela Organização Mundial Contra a Tortura (OMCT)», esclareceram.

Para repudiar o processo de extradição de Nekane Txapartegi e reivindicar a sua liberdade, foram agendadas diversas iniciativas, em que se integrou a concentração de hoje e em que se inclui a manifestação de dia 24 em Berna, capital da Suíça. / Mais info: aseh