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terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Movimento pró-Amnistia afirma que um jovem bilbaíno foi espancado pela Polícia espanhola num controlo de estrada

Um jovem que se dirigia para Busturia foi espancado pelos polícias, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia. Acusaram-no de ter participado nos incidentes relacionados com o processo de demolição do Kukutza.

O Movimento pró-Amnistia denunciou ontem as agressões e ameaças a que um jovem bilbaíno foi submetido pela Polícia espanhola num controlo de estrada.
O caso deu-se na quinta-feira passada, quando o jovem seguia de automóvel para Busturia. De acordo com o MpA, a Polícia espanhola mandou-o parar no alto de Autzagane (Bizkaia); depois, retiraram-no da viatura e começaram a revistá-lo.

«As buscas foram feitas por dois polícias à paisana e encapuzados. 'Quem é que fumou?', perguntou um polícia, e nesse momento aproximou-se do jovem, agarrou-lhe a cabeça e atirou-a contra o automóvel por três vezes», afirmou o Movimento pró-Amnistia numa nota de imprensa.

De acordo com as mesmas fontes, em seguida acusaram o jovem de ter participado nos incidentes relacionados com o despejo do Kukutza Gaztetxea no dia anterior (em Errekalde, Bilbo) e começaram a perguntar-lhe se «ele mesmo tinha queimado contentores». «Ele respondeu que não tinha estado em Errekalde, e foi novamente agredido na cabeça, por duas vezes.»
«A partir de então, os polícias apresentaram-lhe duas opções: ou dizia quem tinha ido queimar contentores e podia ir trabalhar, ou, então, era detido e levado dali para a esquadra.»
«O jovem recusou-se a ceder à chantagem. A situação repetiu-se umas cinco ou seis vezes. Por fim, deixaram-no ir-se embora».
Fonte: Berria

Quatro habitantes de Noain são acusados de enaltecimento por mostrarem a «cara» de Miguel Angel Llamas Pitu
Quatro habitantes de Noain (Nafarroa) terão de comparecer hoje na esquadra da Polícia Foral de Iruñea, acusados da prática do crime de enaltecimento do terrorismo por alegadamente terem aparecido nas festas de Noain com cartazes e autocolantes em que aparecia a cara de Miguel Angel Llamas Pitu [Askatu!], habitante da localidade que foi encarcerado em Janeiro deste ano na sequência da operação policial contra o site Apurtu.org. De acordo com as informações chegadas de Noain, estas quatro pessoas foram identificadas naquele dia pela Polícia Municipal, que depois terá passado os dados à Polícia Foral.
Fonte: ateakireki.com

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A companheira do preso navarro Juan Ramon Karasatorre sofreu um acidente motivado pela dispersão

O colectivo de familiares e amigos dos presos políticos bascos, Etxerat, deu a conhecer ontem a existência de mais um acidente provocado pela política de dispersão aplicada aos presos bascos.
Neste último caso, que segundo a Etxerat é o nono deste ano e o quarto em Nafarroa, a companheira do preso navarro Juan Ramon Karasatorre e a companheira e filha de Oskar Zelarain, ambos presos em Alcalá, sofreram um acidente a 50 quilómetros de Madrid. Chocaram levemente contra outra viatura, e não houve estragos a registar.

Para além disso, disseram que no passado dia 12 de Agosto os funcionários da prisão de Algeciras (Espanha) andaram as inspeccionar as celas dos presos políticos bascos em três secções, submentendo os presos a inspecções totais. Nos casos de Ibai Aginaga e Mikel Arrieta, também «levaram fotos, papéis, livros e jornais da cela».
De acordo com o comunicado da Etxerat, nos meses de Agosto e Setembro continuaram a perder-se visitas por causas das inspecções com apalpamento aos familiares.

Prolongam a pena a um preso de Bilbo sem notificação
Num novo salto qualitativo, foi aplicada de facto ao preso bilbaíno Fernando Díez Torre a doutrina 197/2006, que impõe o alargamento da pena, «sem sequer o terem notificado da resolução». Isso mesmo foi revelado pela sua defesa, que define a situação actual do preso no cárcere de A Lama como «detenção ilegal».
A instância responsável, a Secção Segunda da Sala Penal da Audiência Nacional, é a mesma que fez que Kandido Zubikarai cumprisse mais 166 dias de prisão do que o estipulado na condenação.
A defesa exigiu a libertação imediata de Díez Torre.
Fonte: Gara

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O preso político basco Gotzon Alcalde foi espancado por funcionários de Fleury

Gotzon Alcalde, preso político basco de Algorta (Bizkaia) terminou no dia 8 de Julho o cumprimento da pena a que foi condenado no Estado francês. Estava à espera de ser extraditado para o Estado espanhol e tinha a certeza de que isso iria ocorrer nesse dia. Como queria saber o que iam fazer com ele, passou a manhã a tentar obter informação, perguntando aos funcionários mais de uma vez, mas sem obter resposta. Por esta razão, à hora de almoço decidiu sair da cela para o corredor. Então, levaram-no à força para a cela, onde entraram, pouco depois, diversos encapuzados e o grupo de intervenção, agredindo Gotzon na cabeça e na cara. Deitaram-no no chão e continuaram a bater-lhe na cabeça e na cara. Colocaram-lhe as algemas e enfiaram-lhe um pano na boca para que não se ouvissem os seus gritos.
Foi levado para o mitard. Agora, ao que parece, deverá ser extraditado dentro de dez dias.
Fonte: askatu.org e etengabe

Funcionários agridem Joseba Fernandez na prisão de Poitiers
O preso político basco Joseba Fernández foi agredido há alguns dias por funcionários da prisão francesa de Poitiers. Segundo informaram colectivos de apoio aos presos políticos, Fernández foi agredido depois de ter passado vários dias no mitard, por ter protestado contra a situação que se vive nas prisões francesas.
No passado dia 24 de Junho, por causa desse protesto, mandaram-no para a solitária. Fernández solicitou a presença de algum responsável do cárcere, mas, como não obteve resposta, partiu o vidro da sua cela. O ruído do vidro partido alertou os funcionários, que o agrediram na cabeça e no corpo.

A Ertzainta ataca as txosnas de Santurtzi para levar as fotos
De acordo com uma testemunha, cerca de quarenta agentes da Ertzaintza foram anteontem até às txosnas de Santurtzi (Bizkaia), que está agora em período de festas, para dali levarem as fotografias de vários presos políticos bascos. Agrediram várias pessoas - e identificarem doze -, sendo que uma delas teve de ser levada para o hospital.
Fonte: Gara, Gara e askatu.org

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Solidariedade com o preso basco em greve de fome

Há poucos dias, o preso basco Andoni Zengotitabengoa tomou a decisão de entrar em greve de fome no Estabelecimento Prisional do Monsanto. Este protesto foi decidido em conjunto com outros presos para reclamar melhores condições de reclusão, que se agravaram no último mês. Mas no caso de Andoni Zengotitabengoa a situação é mais grave.
Entre outros aspectos, Andoni não tem o direito a abraçar as duas filhas mais do que duas vezes por ano. Nas restantes visitas, há uma parede de vidro a dividi-los. Também tem um número muito limitado de pessoas que o podem visitar. As chamadas a que tem direito são reduzidas. E ao contrário do Estado espanhol, onde os presos podem usar a sua própria roupa, aqui são obrigados a vestir a indumentária prisional.

Solidariedade basca e portuguesa
No próximo sábado, cerca de meia centena de familiares e amigos de Andoni Zengotitabengoa vêm a Lisboa para lhe dar o seu apoio e solidariedade. Estarão em frente ao Estabelecimento Prisional de Monsanto a partir das 9 horas. Depois, pretendem levar a cabo uma conferência de imprensa, às 14 horas, em frente ao Ministério da Justiça, na Praça do Comércio. Com eles, vão estar activistas portugueses da Associação de Solidariedade com Euskal Herria (País Basco).

Apelamos a que todos se juntem a nós.

Associação de Solidariedade com Euskal Herria,
05 de Julho de 2011

A associação Etxerat dá a conhecer as cruéis consequências da política penitenciária
Em Iruñea, a Etxerat fez saber que, nos últimos meses, familiares de presos políticos bascos têm sido alvo de inspecções corporais e seguimentos e que sofreram acidentes em consequência da dispersão. (Gara / Lander FDEZ. ARROYABE / Argazki Press)
Ler conferência de imprensa e ouvir testemunhos em etxerat.info

Ver também: «A Etxerat afirma que o acosso aos familiares dos presos aumentou», de Martxelo DÍAZ (Gara)

Manifesto no México contra os ataques à comunidade basca
Cidadãos mexicanos promoveram a criação de um manifesto em que denunciam a pretensão do Governo do seu país de «criminalizar e perseguir a solidariedade com a comunidade basca», salientando que «dois factos recentes ilustram esta intentona preocupante: a "expulsão" de Juan Carlos Rekarte e a detenção arbitrária e ilegal de Luis Miguel Ipiña».
Neste sentido, refutam também as tentativas de criminalizar a Diáspora Vasca Xavier Mina e activistas solidários com Euskal Herria. «Entendemos que esta montagem, que mantém Ipiña na prisão com provas falsas, tem por fim criminalizar, desvirtuar as actividades e perseguir o compromisso solidário de cidadãos bascos e mexicanos».
Por isso, dizem ao Governo mexicano que, se «quer ter algum papel no novo panorama aberto» em Euskal Herria, «deve ser em clave de solução e não de encono», e exigem o fim de todo o tipo de actuações ilegais contra a comunidade basca, bem como a libertação de Ipiña.
Mobilizações
Na segunda-feira, houve mobilizações a favor dos direitos dos presos políticos bascos em Altsasu (64), Gernika (43), Bermeo (25), Ataun (15), Ondarroa (85), Ordizia (23), Iurreta (28), Zaldibia (19), Laudio (41), Astigarraga (20), Otxarkoaga (21) e Añorga (11).
Fonte: Gara

sábado, 2 de julho de 2011

Andoni Zengotitabengoa, em greve de fome para denunciar as duras condições que enfrenta na prisão de Monsanto

Andoni Zengotitabengoa, que foi detido o ano passado em Portugal, encontra-se encarcerado em situação de isolamento na prisão de Monsanto (Lisboa, Portugal) e, para denunciar as duras condições que ali tem de enfrentar, iniciou ontem uma greve de fome.
Para além de ser ali o único preso político basco, é obrigado a estar muitas horas sozinho na cela (22 horas; sai duas horas por dia para um pátio de 40 m2). No que toca às visitas, enfrenta imensos problemas. Os seus amigos não o podem visitar, e apenas pode estar com as suas duas filhas pequenas duas vezes por ano. É obrigado a vestir, todos os dias, o dia inteiro, um uniforme da prisão, sendo revistado de alto a baixo de cada vez que sai da cela. Depois de receber a visita da esposa ou de estar com o seu advogado, obrigam-no a despir-se.
Perante esta situação, Andoni Zengotitabengoa iniciou ontem uma greve de fome. É a terceira desde que foi encarcerado.
Na nota emitida, o Movimento pró-Amnistia expressa «a sua solidariedade ao Andoni e aos seus familiares», e faz um apelo aos cidadãos para que participem nas mobilizações que nos próximos dias venham a ter lugar em Elorrio (Bizkaia).
Fonte: askatu.org / Ver também: Berria

Saioa Sanchez foi atacada por agentes da Polícia francesa numa deslocação a tribunal
O caso deu-se no dia 25 de Junho, quando a presa política natural de Berango (Uribe Kosta, Bizkaia) e actualmente encarcerada na prisão de Poitiers (Frantzia) tinha de comparecer em Tribunal por causa de um processo de extradição pendente contra ela. Foram buscá-la à prisão alguns polícias encapuzados, que a algemaram atrás das costas. Ela pediu-lhes que a algemassem à frente e eles ainda apertaram mais as algemas. Quando protestou outra vez, os polícias forçaram-lhe os braços, atiraram-na para o chão e levaram-na de rastos até à furgoneta, agredindo-a. Teve de ir deitada durante todo o percurso até ao tribunal.
No tribunal, pediu a um polícia o seu número de identificação, mas este não o quis dar. De volta à prisão, foi tratada pelo médico, que também lhe tirou fotos. A Saioa já apresentou queixa contra a Polícia.
Fonte: etengabe / Ver também: Berria

«Errepresioa ez da bidea»: mobilização na Txantrea para denunciar a detenção de Oier Ardanaz
Foi recentemente detido pela Polícia francesa em Perigueux (França) o jovem Oier Ardanaz Armendariz, natural do bairro da Txantrea (Iruñea), que é acusado de pertencer à organização armada ETA e que se encontra actualmente hospitalizado.
Para protestar contra a detenção do seu conterrâneo, anteontem houve uma assembleia na Txantrea. Depois, seguiu-se uma kalejira pelo bairro, com o lema «Oier askatu, errepresioa ez da bidea» [Libertem o Oier, a repressão não é o caminho] e na qual participaram cerca de 100 pessoas. Nos próximos dias, haverá mais assembleias e mobilizações.
Fonte: ateakireki.com via lahaine.org / Mais informação: Berria
Entretanto, o Movimento pró-Amnistia divulgou uma nota de imprensa - «É preciso blindar o processo face às provocações e sabotagens dos estados, é preciso parar as detenções e a perseguição policial». Para o movimento anti-repressivo, a detenção mostra que os estados espanhol e francês não cessam a repressão, e menosprezam os passos dados para a solução do conflito. Assim, pede aos cidadãos bascos que criem um «muro» contra estas detenções. (ateakireki.com e Berria)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Os dois presos bascos em Poitiers encontram-se no «mitard»

O Movimento pró-Amnistia fez saber que os presos navarros Joseba Fernandez e Mikel Karrera se encontram na cela de isolamento desde sexta-feira passada. São os únicos presos bascos na prisão de Poitiers, e têm vindo a manter um protesto para ter direito a visitas duplas e para que Fernandez receba assistência médica.

«No dia 8, depois da hora do pátio, protestaram dizendo que não iam para a cela e acrescentando que iam para o mitard. Estavam a falar calmamente com os funcionários do pátio quando apareceram outros carcereiros com uma atitude arrogante e os começaram a algemar», denuncia o MpA. «O Mikel disse em nome de ambos que não era necessário algemá-los, que iam calmamente para a cela de isolamento. Mas os carcereiros algemaram-nos de forma violenta, empurrando-os e agredindo-os e atirando-os para o chão».

Foram algemados atrás das costas, o que tornava doloroso o percurso até ao mitard. Para ter menos dores, Karrera segurou as calças, acrescentou o Movimento pró-Amnistia, mas, quando os carcereiros perceberam, baixaram-lhe as calças até aos joelhos, fazendo-o andar assim, denunciaram. Nos próximos dias, Karrera vai apresentar uma queixa junto do procurador, adiantou o MpA.
Fonte: Berria e askatu.org

Gasteiz: Última sexta-feira do mês
Egin dezagun bidea! Vamos fazer o caminho!

quinta-feira, 12 de maio de 2011

A Etxerat pede aos cidadãos que no dia 22 levem um autocolante a favor dos presos

Os porta-vozes da Etxerat Mattin Troitiño e Oihana Lizaso, a presidente da associação, Fermina Villanueva, e a vice-presidente, Mari Luz Sebastián, deram ontem uma conferência de imprensa em Donostia para dar a conhecer as interpelações e oscontactos que têm vindo a manter com os partidos e candidatos desde há dois meses e para pedir aos cidadãos que no dia 22 de Maio, quando forem votar, o façam com um autocolante com o símbolo do repatriamento dos prisioneiros políticos bascos e o lema «Euskal presoak eta iheslariak etxera» (os presos e os refugiados bascos para casa).

O propósito é, segundo explicaram, tornar visível a exigência da maioria social basca e, ao mesmo tempo, interpelar os partidos, de forma que assumam compromissos.
Sobre a interpelação que fizeram às forças políticas, disseram que PSOE, UPyD e UPN não lhes responderam e, no caso do PP, consideram que isso aconteceu por meio do seu presidente na CAB, Antonio Basagoiti, que os insultou através do seu blog.
A Etxerat considera que a atitude do PSOE é especialmente «grave», na medida em que é o máximo responsável pela política penitenciária.

Apesar destas atitudes grosseiras, a Etxerat retira conclusões positivas das reuniões que manteve, já que a maioria dos partidos os recebeu, sendo que «todos eles» partilham a opinião de que os direitos dos presos políticos bascos são violados.
Partindo daí, referiram, cada partido assume diferentes tipos de compromissos, sobre os quais preferiram fornecer detalhes.
Fonte: Gara

A presa Marisol Iparragirre disse ter sido maltratada pela Polícia
De acordo com o Movimento pró-Amnistia, a presa política basca Marisol Iparragirre fez saber que agentes da Polícia francesa a maltrataram no dia 26 de Abril, durante a transferência da prisão de Fresnes para a de Lyon.
«Quando ia ser levada da prisão de Fresnes para a de Lyon, Marisol viu que as suas coisas estavam no chão, e não no interior da carrinha. Pediu aos polícias para porem as coisas lá dentro, e, nesse momento, os polícias atiraram-na para no chão, na viatura, segurando-a pelo pescoço», disse ontem o Movimento pró-Amnistia numa nota.
Iparragirre protestou então por duas vezes, e nas duas ocasiões os polícias atiraram-na para o chão, afirma o MpA.
Fonte: Berria

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Convocada manifestação pelos direitos dos presos para Donibane Garazi

No sábado passado, dia 23 de Abril, Juan Manuel Galarraga e Marie-Claire Gramont, da associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos Etxerat, e Muriel Lucantis e Emili Martin, da Askatasuna, deram uma conferência de imprensa em Baiona, na qual abordaram diversos aspectos da actual política repressiva dos estados para com os presos políticos bascos, especificando em concreto várias situações que denotam a gravidade da situação que os prisioneiros enfrentam, como sejam a dispersão, um maior afastamento dos presos do seu meio, o aumento das penas ou, de uma forma geral, a falta de respeito pelos seus direitos. Denunciaram esta situação de forma veemente e exigiram que os direitos dos presos sejam respeitados e, para fazer frente à gravidade deste cenário, convocaram uma manifestação para dia 21 de Maio em Donibane Garazi, que terá como lema «Dagozkien eskubideen jabe euskal presoak Euskal Herrirat» (senhores dos seus direitos, os presos bascos para o País Basco).
Fonte: Lejpb-EHko_kazeta e askatu.org

Apoio a Urko Labaka e a Aletxu Zobaran num tribunal de Lyon
No dia 20 de Abril, decorreu num tribunal de Lyon uma audiência para decidir a extradição dos presos Urko Labaka e Aletxu Zobaran, ambos detidos no dia 11 de Março em França.
Para manifestar apoio a ambos os presos políticos, cerca de vinte familiares e amigos partiram de Altza (Donostia) e Aiara, mas não tiveram a vida facilitada no tribunal: primeiro, os gendarmes não deixavam entrar ninguém; depois, já deixavam entrar doze pessoas; por fim, acabaram por poder entrar todos, mas com restrições: sem ikurriñas ou bandeirolas a favor dos presos e sem poder trocar umas palavras com os presos, sob ameaça de expulsão do tribunal.
Os dois presos políticos surgiram com T-shirts em que se evocava a figura de Mikel Ibañez (preso recentemente falecido na sequência de uma doença grave) e em que se pedia a libertação dos presos com doenças graves. Para além disso, afirmaram em tribunal que o pedido de extradição emitido contra eles se fundamenta em depoimentos arrancados sob tortura a outras pessoas detidas.
No final, os solidários fizeram ouvir palavras de ordem em tribunal e os presos foram levados dali, com violência, por agentes da Polícia francesa. Depois, na rua, enquanto esperavam que fossem levados para a prisão, começaram a aparecer agentes do CRS, empurrando várias pessoas e mostrando-lhes os cacetetes, mas sem silenciarem os seus gritos de solidariedade.
Fonte: askatu.org

Na prisão de Aranjuez, não deixaram que Zigor Goikoetxea visitasse o seu irmão
Os factos ocorreram no dia 21 de Abril na prisão de Aranjuez. Zigor Goikoetxea viu simplesmente ser-lhe vetado o direito a visitar o seu irmão Arkaitz, que se encontra encarcerado nesse presídio, sem que lhe fosse fornecido qualquer outro argumento que não um estúpido «Tu no entras». Tanto um como o outro já manifestaram a intenção de apresentar queixa.
Notícia completa: etengabe

sábado, 9 de abril de 2011

O ex-preso político e refugiado Mikel Ibañez morre na sequência de uma doença grave

O preso político Mikel Ibañez, que sofria de uma doença grave e incurável e que se encontrava em liberdade condicional desde Janeiro último, foi encontrado morto na quinta-feira na sua casa de Eibar pelo seu filho. O funeral é hoje às 19h00 na paróquia de San Andrés, em Elgoibar (Gipuzkoa).

O corpo sem vida do preso político foi encontrado pelo seu filho na sua casa de Eibar (Gipuzkoa), onde residia desde que foi colocado em situação de liberdade controlada, devido ao seu delicado estado de saúde, tal como se ficou a saber na quinta-feira à noite.
O funeral tem lugar hoje às 19h00 na paróquia de San Andrés, em Elgoibar, segundo informa Elgoibarren.net.
Ibañez viveu um doloroso périplo desde que a sua doença foi descoberta. Depois de ter sido hospitalizado quando se encontrava na prisão, em Abril de 2008 deu entrada no hospital madrileno Gregorio Marañón após ter perdido a consciência por causa de um coma hipoglicémico. Soube-se então que tinha um tumor no testículo esquerdo. Foi alvo de uma intervenção cirúrgica e poucos dias depois, após receber alta do hospital, foi levado de novo para a prisão.
Para além deste cancro, o preso político basco sofria de diabetes e psoríase e ainda de problemas de reumatismo, que não receberam o tratamento adequado enquanto esteve na prisão.
Em Maio desse ano, os tribunais espanhóis decidiram colocá-lo em regime de prisão atenuada com pulseira electrónica, mas em Agosto de 2010 foi preso novamente e levado para a prisão a pedido de um magistrado da Audiência Nacional. Um mês depois, Ibañez recuperou de novo a liberdade, e em Janeiro deste ano a Audiência Nacional concedeu-lhe finalmente a liberdade condicional.
Ibañez Oteiza foi um dos refugiados detidos no Uruguai em 1992. Ao cabo de um longo processo, foi extraditado para o Estado espanhol e posto em liberdade, para voltar logo depois para a prisão. A sua libertação, tal como a de outros presos que sofrem de doenças graves, foi e é reclamada por diversos organismos e por uma maioria social em Euskal Herria.
Fonte: Gara / Ver também: etxerat.info (cas) e askatu.org (eus)
«Apelo à manifestação, amanhã, em Elgoibar para exigir a libertação dos presos doentes»
A liberdade «sem qualquer restrição» dos prisioneiros gravemente doentes é «a única forma de se fazer frente com certa dignidade» à doença que sofrem, salientaram representantes do Movimento pró-Amnistia e da esquerda abertzale, familiares de presos e o médico de Mikel Ibañez.




«Carta de despedida a Mikel Ibañez‏», de Ruben SÁNCHEZ

Presos políticos continuam a perder visitas por causa das tentativas de inspecção corporal
Durante o mês de Março, vários presos políticos bascos não puderam usufruir dos seus encontros devido às transferências entre prisões ou às tentativas de inspecção corporal aos seus familiares e amigos.
De acordo com informações veiculadas pela Etxerat, em Almeria, por exemplo, três presos perderam as suas visitas por intentos de inspecções corporais humilhantes e quatro em Ocaña I. A Aitor Fresnedo, em Castelló II, os carcereiros proibiram-lhe a visita porque, segundo eles, o pedido não tinha sido feito a tempo, embora o preso tivesse o certificado do pedido efectuado.
Por outro lado, em Sória, os funcionários da prisão chegaram a pedir à companheira de Iñaki Loizaga que assinasse uma autorização para poder inspeccionar corporalmente a sua filha, o que ela recusou.
Ao invés, em Alcalá Meco, depois de falar com a direcção, conseguiram ter as visitas íntimas durante os fins-de-semana.
Na semana passada também houve a lamentar mais um acidente de viação relacionado com a política de dispersão penitenciária, felizmente sem feridos. Dois amigos do preso bilbaíno Julen Larrinaga sofreram um acidente a caminho da prisão de Curtis.
Em defesa dos direitos dos presos políticos bascos, 120 pessoas concentraram-se em Burlata, e também nos bairros iruindarras de Donibane (67), Arrosadia (35), Txantrea (63) e Iturrama (80).
Fonte: Gara / Ver também etxerat.info e etxerat.info (eus)

Biziarteko zigorrik ez! Não à pena perpétua!

13 500 dias de luta. 13 500 dias na história de Euskal Herria.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Solidariedade com Mattin Olzomendi e Peio Irigoien em Hazparne

Mattin Olzomendi e Peio Irigoien encontram-se na prisão há um ano, e o comité de Beskoitze organizou um conjunto de iniciativas em sua defesa, que decorreram no sábado passado em Hazparne (Lapurdi). Assim, à tarde cerca de 700 pessoas participaram numa manifestação que percorreu as ruas do centro da localidade e cujo lema era «Mattin, Peio eta beste euskal preso politikoen alde» (Por Mattin, Peio e demais presos políticos bascos). À mobilização seguiram-se aperitivos no gaztetxe Ttattola e, para concluir a jornada solidária, houve noitada de concertos com as bandas Borrokan (Bera), Izate (Donibane) e Piarres (Itsasu).
No dia 30 de Março de 2010, a Polícia francesa deteve oito pessoas em Lapurdi. Depois de estarem alguns dias incomunicáveis, seis deles saíram em liberdade e dois foram encarcerados. Irigoien encontra-se na prisão de Nanterre, a 750 km de Beskoitze, e Olzomendi, por seu lado, «conheceu três prisões diferentes num só ano». Primeiro, esteve na de Meaux, depois foi transferido para a de Poitiers, encontrando-se agora na de Chateauroux, a 536 km de Beskoitze.
Notícia completa e mais fotos: kazeta.info

Afirmam que Mikel Oroz não foi tratado correctamente a uma ferida no braço
O Movimento pró-Amnistia fez saber na segunda-feira que Mikel Oroz, detido a 10 de Março último em Willencourt com mais três alegados militantes da ETA, não «recebeu o tratamento correcto», depois de ter ficado ferido no braço esquerdo durante a sua detenção. Oroz já denunciou a ocorrência à juíza Laurence Le Vert. Na esquadra, um médico suturou a ferida com nove pontos, mas ele queixou-se, dizendo que precisava de mais. Ao ser transferido para Liancourt, o médico desta prisão admitiu que «a ferida precisava de mais pontos», mas já era tarde. O organismo anti-repressivo afirmou que o médico «ficou surpreendido» ao saber que Oroz não tinha sido levado para o hospital. (Gara)
Maite Aranalde e Saioa Sanchez, em isolamento
Maite Aranalde Ijurko e Saioa Sanchez Iturregi foram castigadas depois de terem participado num protesto na prisão de Poitiers. Foram para o mitard no dia 22 de Março e só de lá saem no dia 4 de Abril. (askatu.org)

Em Bera (Nafarroa), todos os partidos denunciam a violência da Guarda Civil
Todos os partidos representados no Município de Bera (Ezker Abertzalea, EA, Aralar e PNV) subscreveram a seguinte nota de imprensa:
No Acordo de Gernika, assumido por múltiplos agentes de Euskal Herria, afirma-se, entre outras coisas: «o desaparecimento de todo o tipo de ameaças, pressões, perseguições, detenções e torturas contra qualquer pessoa por motivo de actividade ou ideologia política».
Em Bera, nestes últimos tempos multiplicam-se as ameaças, as pressões e as perseguições, que incidem precisamente nos jovens da localidade, efectuadas pela Guarda Civil.
O último episódio grave ocorreu a Aritz Arbelaitz, que foi agarrado com violência pela Guarda Civil à entrada de sua casa e, entre outra coisas, foi despido, enquanto o agrediam com as armas. E, enquanto isto ocorria, não deixavam que a sua companheira entrasse em casa.
Afirmamos que é necessário fazer desaparecer todas as manifestações de violência da Guarda Civil e, do mesmo modo, fazemos questão de o denunciar à opinião pública, para que situações repressivas como esta não se voltem a repetir.
Fonte: lahaine.org (Nota: a tradução da nota de imprensa da CM de Bera é da ASEH; qualquer erro, naturalmente, é também da nossa responsabilidade.)

sábado, 26 de março de 2011

A Etxerat pede aos partidos compromissos a favor dos presos


A pouco menos de dois meses da realização das eleições forais e municipais, a Etxerat solicitou à diversas forças políticas o início de uma ronda de contactos com o propósito de «reunir compromissos concretos» em defesa dos direitos das presas e dos presos bascos. Neste «tempo de mudança», os familiares consideram «imprescindível» mudar a política penitenciária vigente. Por isso, segundo fizeram saber anteontem, já estabeleceram contactos com os partidos para que estes encontros se concretizem.

Numa conferência de imprensa que deram em Bilbo, os membros da associação de familiares e amigos Oihane Ozamiz e Natxi Aranburu disseram que a sociedade basca «falou com clareza» sobre esta questão: «Euskal Herria deseja o final de uma política penitenciária que viola direitos e condiciona o futuro deste povo». Para além disso, realçaram o facto de que, através de diferentes iniciativas, a cidadania mostrou o seu «desejo» de acabar com algumas medidas como a dispersão, a aplicação da «pena perpétua», a permanência na prisão de reclusos com doenças graves e incuráveis, ou os casos de isolamento ou solidão dentro das prisões. Os representantes da Etxerat afirmaram que «esta violência política é a maior da Europa».

Em seu entender, a situação dos presos políticos bascos deve estar «marcada a vermelho» nas agendas das distintas forças políticas. «Depositárias da vontade popular das cidadãs e dos cidadãos de Euskal Herria, o seu envolvimento e o das instituições em que participam será sumamente importante para terminar com a política penitenciária vigente», afirmaram. Salientaram também que a «critica» a essas práticas ultrapassou as nossas fronteiras, sendo numerosos os grupos e agentes, inclusive relatores especiais das Nações Unidas, que exigem o seu fim.

Com esta iniciativa, a Etxerat pretende «reunir compromissos concretos» e conhecer «as intenções» de cada partido «para lá das palavras bonitas». No final da ronda de contactos, dará a conhecer publicamente os resultados e compromissos práticos alcançados.

Paragens laborais por Jone Lozano
A paragem de duas horas convocada para quinta-feira ao meio-dia em protesto contra a detenção de Jone Lozano foi «amplamente seguida», de acordo com os seus promotores. Empresas, bares, bancos ou escolas de Leitza e Areso fecharam as suas persianas e os trabalhadores participaram na concentração que decorreu em Leitza. Por causa da presença da Guarda Civil, cerca de 120 pessoas dividiram-se em seis grupos, de forma a que cada grupo não ultrapassasse o limite permitido. Para ontem, às 20h00, foi convocada uma outra concentração.
Também para ontem, estava marcada uma outra mobilização para Algorta (Bizkaia), que visava exigir a libertação de Jone e expressar solidariedade aos seus familiares e amigos. De acordo com o etengabe, essa manifestação foi proibida pelo juiz Eloy Velasco, do tribunal de excepção espanhol, para evitar que fosse cometido o crime de «enaltecimento do terrorismo». (Debekatua izan da Algortan! Debekatua izan da! Debekatua!) No entanto, apesar da proibição, a mobilização teve lugar. Cerca de 120 pessoas reuniram-se num outro local.
Entretanto, o Movimento pró-Amnistia fez saber que Jone Lozano foi conduzida, anteontem ao fim da tarde, ao tribunal especial de Paris, onde foi acusada de oito delitos e recebeu ordem de prisão. Foi encarcerada em Fleury.
Fonte: Gara e Gara / Foto de baixo: ateakireki.com

Exigem o fim dos mandados europeus no campus universitário de Gasteiz
Em protesto contra a aplicação dos mandados europeus detenção, cerca de 70 estudantes participaram numa greve de fome no campus universitário de Gasteiz. Com o jejum de 48 horas, exigiram que se ponha fim a esta prática e reivindicaram a libertação de Aiala Zaldibar, jovem alavesa que participou no protesto de Izpura e que já foi entregue ao Estado espanhol. (Gara)

terça-feira, 22 de março de 2011

Pessoas que afirmaram ter sido torturadas apelam à participação na manifestação deste domingo, em Iruñea


Cidadãs e cidadãos navarros que afirmam ter sido submetidos a torturas deram ontem uma conferência de imprensa, na qual referiram que «a denúncia, o compromisso social e a mobilização são as únicas ferramentas que possuímos face a um Estado que não quer desterrar a tortura da sua prática política». Por isso, aplaudiram todas as iniciativas contra a tortura que foram lançadas nos últimos meses e, mais concretamente, o Fórum Cívico contra a Tortura «Esteban Muruetagoiena», que diversos agentes políticos, sindicais e sociais decidiram organizar (Iruñea, 25 e 26 Março). «Estaremos ali, aderimos a esta iniciativa, e pedimos à sociedade basca que lance muitas outras iniciativas até conseguirmos erradicar definitivamente a tortura».
«Nós também queremos dar o nosso contributo para esta tarefa - acrescentaram -, e por isso fazemos um apelo à participação na manifestação que convocámos para este domingo, 27 de Março. Partiremos às 12h00 da Estação de Autocarros, e passaremos pelo quartel da Guarda Civil e pela Delegação do Governo para lhes exigir que deixem de torturar as pessoas, que deixem de reprimir este povo, que abandonem as armas e se atrevam a enfrentar democraticamente o independentismo basco, sem torturas, sem detenções, sem violência, sem ameaças, sem imposições».
Notícia completa: ateakireki.com (inclui os testemunhos de tortura de Iker Moreno, Iñigo González, Xabier Beortegi e Patxi Arratibel)

Laureano Ortega continua isolado em Puerto-III após o enfarte de miocárdio
O Socorro Rojo denunciou a situação do preso biscainho dos GRAPO Laureano Ortega. Permanece na prisão de Puerto de Santa María-III, em Cádis, e isolado, apesar do enfarte agudo que sofreu. A sua família, de Portugalete (Bizkaia), pôde visitá-lo no sábado, depois de enfrentar múltiplos entraves, e encontrou-o «bem», mas com dores no peito e em situação de esgotamento. Para além disto, «após a visita, ao recusar-se a ser despido por inteiro - de forma humilhante e sem raquete -, foi punido com dois dias de isolamento absoluto».
Fonte: Gara

O preso Aitor Garcia, livre
O preso donostiarra Aitor Garcia ficou livre ontem de manhã, depois de passar quase dez anos na prisão, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia. Na sexta-feira, foi extraditado pelo Estado francês, passou o fim-de-semana na prisão de Soto del Real e ontem foi presente a um juiz, na Audiência Nacional, que o mandou seguir em liberdade.
Garcia foi detido pela Polícia francesa em 9 de Maio de 2003, por alegada ligação à ETA. Foi condenado a doze anos de prisão. Ao longo de todos estes anos foi passando por diversas prisões francesas, entre as quais Clairvaux e La Santé. Em 2009, foi entregue ao Estado espanhol por um período de três meses.
Fonte: Berria

Udaberrian... / Na Primavera...

Não à pena perpétua! / 13 500 dias longe de casa / 13 500 dias de luta

Euskal Herria, Primavera de 2011
Movimento pró-Amnistia de Euskal Herria

quinta-feira, 17 de março de 2011

O juiz Grande-Marlaska foi atracção turística da Bizkaia numa feira em Madrid


O magistrado da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska é para os responsáveis da Câmara Municipal bilbaína e para a Deputação biscainha, do PNV, um ícone promocional turístico no Estado espanhol. Por isso, foi convidado para uma festa em Madrid, na qual se gastaram 343.947,20 euros.

Foi a 20 de Janeiro que, na Galeria de Cristal do Palácio Cibeles, em Madrid, o magistrado da Audiência Nacional Fernando Grande-Marlaska, da mesma forma que outros 316 convidados e 149 acompanhantes, participou num evento promocional de Bilbao-Bizkaia, coincidindo com a feira de turismo Fitur.

Como a presença da dita estrela judicial não passou despercebida, a Deputação da Bizkaia justificou-se dizendo que Grande-Marlaska «é natural da Bizkaia», pelo que cumpria com os requisitos solicitados à empresa encarregada de fazer os convites. Da parte da Direcção de Promoção Turística, «não se colocou qualquer objecção à sua presença».

«Indignação e vergonha»
O grupo da esquerda abertzale nas Juntas Gerais da Bizkaia expressou «uma profunda indignação e vergonha» pelos 343.947,20 euros gastos na festa, aos quais há a juntar mais 258.099,26 gastos na montagem do stand de Bilbao-Bizkaia na Fitur.

Consideram que «para os políticos adeptos dos cocktails [em alusão aos jeltzales, com quinze autarcas à cabeça] vender o turismo da Bizkaia e de Bilbau implica ter de renunciar a Euskal Herria, e neste contexto, para o PNV, a Bizkaia e Bilbau hão-de isolar-se do resto do país, ir sozinhos e, já agora, se nesse caminho for necessário obsequiar e fazer rapapés aos elementos mais retrógrados, antidemocráticos e rançosos do Reino de Espanha, então faça-se».

Se consideram «indigno» o facto de ter oferecido um cocktail oneroso com dinheiros públicos a dirigentes de empresas construtoras, energéticas e grupos de comunicação espanhóis, ainda o é mais o facto de se ter convidado Grande-Marlaska.
«Um verdadeiro insulto e uma vergonha é que com o dinheiro de todos se tenha convidado um juiz responsável pelo encarceramento de centenas de jovens pelo mero facto de levarem a cabo uma actividade política», afirmam.

No que respeita à justificação dada por Sierra-Sesumaga, qualificam-na de «patética». «Será que Marlaska transmite uma visão positiva da Bizkaia? Pode ser considerado um embaixador? Esta é - acrescentam os abertzales - a coerência de Urkullu, Bilbao e os seus, é este o seu estofo moral, é esta a sua coerência política quando, à boca pequena, criticam determinadas razias deste mal chamado juiz, transformado em inquisidor».
Agustín GOIKOETXEA
Notícia completa: Gara

A Iniciativa contra a Tortura em Navarra convoca um fórum cívico para 25 e 26 de Março
Membros da Iniciativa Contra a Tortura em Nafarroa deram ontem uma conferência de imprensa em que anunciaram a convocatória de um fórum cívico contra a tortura para os dias 25 e 26 de Março, «com o objectivo de pôr preto no branco a existência de torturas em Nafarroa e, sobretudo, debater acerca do que a sociedade civil pode fazer para conseguir erradicar a tortura do nosso país».
Ver: ateakireki.com

Leituras:
«De la tortura», de Jon ODRIOZOLA, jornalista

«"Dialogar" bajo tortura», de Victoria MENDOZA, psicoterapeuta

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Jose Mari Sagardui e Jon Agirre serão libertados em Abril e Maio


Os presos políticos bascos Jose Mari Sagardui «Gatza» e Jon Agirre Agiriano serão libertados em Abril e Maio, depois de permanecerem encarcerados quase 31 anos, o primeiro, e 30 anos, o segundo. Ao todo, 64 presos viram ser-lhes aplicada a doutrina do Supremo de 2006.
Jose Mari Sagardui «Gatza» irá recuperar a sua liberdade no próximo dia 13 de Abril, dois meses antes de cumprir 31 anos de prisão.
O zornotzarra, preso político que há mais tempo permanece encarcerado na Europa, deveria ter sido libertado no dia 20 de Agosto de 2009 em virtude das redenções concedidas, mas em Abril desse ano foi-lhe aplicada a doutrina do Supremo Tribunal espanhol de Fevereiro de 2006, que lhe anulou a redução de tempo de pena a que tinha direito.
Ao longo das três décadas que esteve preso, foi alvo da política de dispersão penitenciária, passando pelas prisões de Carabanchel, Sória, Puerto, Herrera, Sevilha, Maiorca, Granada e Jaén, onde se encontra actualmente.

Por seu lado, o aramaioarra Jon Agirre Agiriano sairá em liberdade no dia 3 de Maio, depois de passar 30 anos na prisão e ter cumprido na íntegra a pena a que foi condenado.
Agirre deveria ter saído no dia 28 de Outubro de 2006, mas também lhe foi aplicada a doutrina do Supremo, que lhe prolongou a pena até 3 de Maio.
O aramaioarra, à beira de completar 69 anos, encontra-se gravemente doente. Agora está na prisão de Basauri, depois de passado por Carabanchel, Puerto I, Alcalá, Herrera, Valdemoro, Ocaña, Sevilha, Tenerife, Huelva, Málaga e Logroño.
O Movimento pró-Amnistia lembra que, ao todo, 64 prisioneiros políticos bascos viram aumentada a pena após a aplicação da doutrina do Supremo espanhol.
Fonte: Gara
Acção solidária com Miguel Angel Llamas «Pitu», membro do apurtu.org encarcerado
Um grupo de pessoas colocou ontem duas faixas na nova passagem para peões do Labrit, na Alde Zaharra de Iruñea, em solidariedade com Miguel Angel Llamas «Pitu», membro do apurtu.org encarcerado após a operação de Janeiro último.
VER: ateakireki.com

«Voces comprometidas, voces disidentes», carta aberta, escrita da prisão de Valdemoro, por Miguel Angel LLAMAS «PITU», jornalista do apurtu.org e da Eguzki Irratia detido e encarcerado no mês passado por ordem do juiz Grande-Marlaska

A Polícia espanhola carregou no funeral da avó do preso político Egoi Irisarri
O Egoi foi detido em Outubro do ano passado no âmbito de uma operação policial contra a juventude basca, encontrando-se actualmente encarcerado, e na quarta-feira à tarde, em virtude do falecimento da avó, foi levado pela Polícia até à igreja do seu bairro (Donibane, em Iruñea), junto à qual muita gente se aglomerara para lhe dar apoio a ele e aos seus familiares.
Do lado de fora da igreja ficaram cerca de 50 polícias, enquanto outros seis, de rostos tapados e armas ao peito, acompanharam o preso político basco.
O Egoi entrou na igreja por entre aplausos e gritos de apoio das centenas de pessoas que ali se juntaram. No interior, os aplausos e os gestos de carinho não cessaram.
No final da missa pôde estar um momento com o pai, a mãe e a irmã. Depois de o retirarem da igreja, os polícias fizeram um corredor entre si de propósito e, nesse momento, sacaram dos cacetetes e carregaram sobre as muitas pessoas que estavam a saudar o Egoi.
Fonte: askatu.org

Consideram «injusta e vergonhosa» a sentença contra dois zarauztarras
A decisão do Supremo Tribunal que condena a um ano de prisão os zarauztarras Aritz Labiano e Haritz Gartxotenea foi considerada, esta quarta-feira, «injusta e vergonhosa» pela advogada Ainhoa Baglietto.
Os dois jovens foram condenados, primeiro pela Audiência Nacional espanhola e depois pelo Alto Tribunal, baseando-se unicamente no depoimento de uma testemunha protegida, que os acusa de ter proferido gritos a favor da ETA numa marcha em 2009.
A advogada afirmou, no decorrer de uma conferência de imprensa que a plataforma Eskuz Esku deu em Zarautz, que a jurisdição actual não permite condenar uma pessoa quando a única prova existente consiste num testemunho contrário. Disse ainda que o Alto Tribunal «disfarçou o auto com dados falsos».
Os jovens podem vir a ser presos para cumprir a pena.
Fonte: Gara

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Acordo sobre vítimas da violência estatal: Lakua deverá utilizar a lista de vítimas do relatório de Jon Landa


PNV, PSE, Aralar, EA y EB registaram ontem no Parlamento a sua proposta sobre vítimas da violência estatal, na qual se refere, entre outros pontos, que o Governo de Lakua deve contactar com estas pessoas utilizando a informação de que dispõe sobre as mesmas. Até à data, o trabalho mais completo nesta matéria foi o que dirigiu o anterior director dos Direitos Humanos, Jon Mirena Landa, em 2008, quando Joseba Azkarraga era titular do Departamento da Justiça, no mandato de Ibarretxe. (Ver Gara)

Em Atarrabia, jornada de protesto contra as últimas detenções em Iruñerria
Hoje, haverá manifestação de protesto contra esta operação policial e em defesa de uma solução democrática para o conflito em Barañain. Amanhã, Atarrabia será o palco de uma jornada de protesto que começará às 14h30 com um almoço na sociedade Etxe Beltza (com a participação de bertsolaris). Às 17h00 terá lugar uma manifestação, que partirá da Plaza Consistorial, com o lema «Erasoen gainetik, gazteria aurrera!». Para concluir a jornada, os grupos de rock Lubaki, Bonbatu e Atrincherados darão um concerto na Etxe Beltza a partir das 19h00.
Fonte: nabarreria.com / Vídeo em ateakireki.com

Os presos bascos de Fleury-Merogis iniciam uma dinâmica de luta e protestos
Os presos políticos bascos reclusos no cárcere de Fleury-Merogis estão em luta, depois de um determinado carcereiro ter agido contra eles e depois da proibição de visitas imposta à mãe de um deles, por um período de dois meses - a senhora teve um ataque de ansiedade depois de longa espera no locutório e o seu marido, confrontado com a falta de assistência (e a galhofa dos funcionários) teve de partir o vidro. Os protestos começaram no dia 13 de Fevereiro e serão retomados assim que os reclusos saiam da «mitard» (solitária), para onde foram levados.
Em defesa dos direitos dos presos bascos, 51 pessoas concentraram-se na quarta-feira em Atarrabia e 110 em Bilbo. Ontem, foram 60 em Ansoain; 101 em Burlata; 95 em Eibar; 65 na Txantrea; 62 em Iturrama e 58 em Donibane.
Fonte: Gara

sábado, 29 de janeiro de 2011

Ikoitz Arrese recusa-se a depor perante um juiz que aceitou mantê-lo algemado

O preso político Ikoitz Arrese, detido na operação contra jovens independentistas de Outubro último, devia depor anteontem em tribunal, em virtude da queixa que apresentou por tortura após a sua detenção. O porta-voz da Ikasle Abertzaleak foi levado até ao tribunal de instrução de Colmenar Viejo algemado e, quando a sua advogada pediu aos guardas civis que lhe retirassem as algemas, estes recusaram-se. O magistrado aceitou a recusa da instituição militar e Arrese não quis depor nestas circunstâncias, como depois o TAT faria saber.
Fonte: Gara

Jordi Grau foi encarcerado ontem de manhã em Soto del Real
Jordi Grau esteve até ontem detido e incomunicável nas mãos da Ertzaintza, acusado de participar numa acção de sabotagem em Karrantza (Bizkaia) em 2006. Ontem de manhã, foi presente a tribunal - AN espanhola - e afirmou ter sido tratado de forma correcta, segundo fez saber o Movimento pró-Amnistia.
Uma semana depois de Urtzi Azpiroz, jovem de 33 anos, ter sido encarcerado, acusado de participação numa acção de kale borroka em 2002 em Andoain (Gipuzkoa), na quarta-feira a Ertzaintza deteve Jordi Grau, de 32 anos e natural de Karrantza, por alegada participação numa acção de sabotagem em Artzentales em 2006, colocando um artefacto explosivo junto à sucursal do BBK que não chegou a explodir.
O Movimento pró-Amnistia fez saber que a Ertzaintza, além de deter o habitante de Karrantza, também efectuou buscas em duas casas nessa localidade biscainha, bem como no bar em que o jovem trabalha. Ao todo, perto de onze horas de buscas. Nesse mesmo dia, 80 pessoas concentraram-se em Karrantza em protesto contra a detenção.
Em relação às provas de ADN que a Polícia dirigida por Rodolfo Ares afirma possuir, o movimento anti-repressivo avisou que a Ertzaintza está recolher amostras de ADN nas terras e bairros de Gipuzkoa, Araba e Bizkaia para depois as usar em operações semelhantes.
Fonte: Gara e askatu.org

Os jovens julgados por uma inscrição pintada contra o TGV negam as acusações
Começou ontem na Audiência Nacional espanhola o julgamento de três jovens acusados de fazer uma inscrição contra o TGV em Julho de 2009 - Nahia Iglesias, Nerea Zuloaga e Markel Mendizabali - e para os quais o MP espanhol pediu, entre outras coisas, três anos de prisão. Os jovens, por seu lado, refutaram essa acusação e também a de pertencerem à Segi.
Notícia completa: Berria

Denunciam a presença policial permanente nos últimos dias em Kanpetzu
O vereador de Kanpetzu Jon Basterra denunciou esta quinta-feira a presença policial asfixiante e permanente que se tem sentido nos últimos tempos em Kanpetzu (Araba), e que aumentou nos últimos dias. Assim, disse que, além dos controlos que fazem na estrada, os agentes policiais irrompem pelo centro da localidade, identificando os transeuntes.
Fonte: Gara

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Em Gasteiz, denunciam o julgamento de dois jovens para quem pedem 14 anos de prisão


Membros do Movimento pró-Amnistia de Gasteiz e jovens cujos nomes fazem parte de listas com nomes arrancados a detidos durante o período de incomunicação fizeram saber na quarta-feira, em Gasteiz, que Ekaitz Sanmaniego e Adrian Donnay vão ser julgados na AN espanhola e que tanto eles como outras pessoas são alvo de um «acosso permanente».
Afirmaram ainda que os jovens independentistas estão a ser alvo de «condenações de vingança». Com Sanmaniego e Donnay na mesa, o movimento anti-repressivo lembrou que nos últimos tempos, na sequência das operações policiais e posteriores encarceramentos, o «panorama de Gasteiz é bastante desolador». «Toda esta criminalização e perseguição contra a juventude independentista levou ao encarceramento de vários jovens gasteiztarras por causa do trabalho político e social que desenvolviam», disseram.
Para além do caso de Ekaitz e Adrian, informaram que a Procuradoria pediu uma pena de 35 anos de prisão para o jovem gasteiztarra Jokin Zerain, ainda sem data marcada para o julgamento.
Por tudo isto, o Movimento pró-Amnistia de Gasteiz pediu às pessoas que participem na manifestação que no sábado partirá da Praça da Virgem Branca às 19h00 e na qual serão denunciados «todos estes casos, em particular o julgamento de Ekaitz e Adrian».
Notícia completa: kaosenlared.net

O Movimento pró-Amnistia fez saber que polícias agrediram Arkaitz Agirregabiria
O Movimento pró-Amnistia fez saber na quarta-feira que a Polícia francesa agrediu o preso basco Arkaitz Agirregabiria no dia 18 deste mês. «Em virtude da necessidade de ser transferido para o tribunal de Paris, foi inspeccionado à saída da prisão de Gradignan. Por isso, pediram-lhe que abrisse a boca e o Arkaitz abriu a boca. Voltaram a pedir-lhe que abrisse a boca e assim voltou a fazer. Depois, pediram-lhe ainda uma outra vez que voltasse a abrir a boca e pusesse a língua de fora, mas o Arkaitz recusou-se, dizendo que já chegava. Os gendarmes pegaram nele e atiraram-no contra a parede, pressionando-lhe a cara com força contra a parede. Provocaram-lhe feridas no nariz e ficou com a face esquerda toda vermelha. Mais tarde, queixou-se também de problemas nas costas».
Fonte: Berria / Na foto, concentração solidária com os presos políticos bascos em Londres.

A AN espanhola condenou Oihana Agirre a oito anos de prisão
A donostiarra tinha sido julgada a 12 de Janeiro em Madrid, acusada de ligação à Askatasuna. Na quarta-feira ficou-se a conhecer a sentença: oito anos de prisão. [Elkartasunak ez du etenik izango! A solidariedade não vai parar! Aupa zuek!]
Fonte: askatu.org

O Eztabaida Gune Antiautoritarioa organiza a iniciativa «Preso bat, liburu bat»
Os membros do Eztabaida Gune Antiautoritarioa organizaram a iniciativa «Um preso, um livro», que irá decorrer no dia 29 de Janeiro no Gaztetxe Txorimalo (Algorta-Andra Mari), com o propósito de que a cada preso de Getxo (Bizkaia) seja enviado um livro. É para isso que o dinheiro recolhido na iniciativa irá servir.
No âmbito da mesma, haverá concertos pelas gloriosas bandas Siroka e Erasoka. Por volta das 18h00, o Movimento pró-Amnistia dará uma conferência sobre o tema «EPPK-ren historia eta gure herriko presoen gaur egungo egoera» (A história do Colectivo de Presos Políticos Bascos e a situação actual dos presos do nosso país).
Notícia completa: etengabe
Zabaldu! Divulga!
Osasuna ta elkartasuna! Saúde e solidariedade!
Pitu eta Gabi eta besteak kalera!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Xabier Beortegi: «Foi a experiência-limite da minha vida»


Xabier Beortegi apresentou um testemunho emotivo dos tormentos que padeceu desde que foi detido pela Guarda Civil, na madrugada de 18 de Janeiro, até ser levado à presença do juiz da Audiência Nacional espanhola Fernando Grande-Marlaska, que decidiu libertá-lo. O jovem navarro é um dos detidos cujos advogados de ofício apresentaram um protesto perante o magistrado, em função do modo como foram tratados durante o período de incomunicação.

Acompanhado por familiares, membros do TAT e do Movimento pró-Amnistia, Beortegi disse que «o pior» foi a viagem até Madrid, uma viagem que em teoria dura umas cinco horas mas que para ele se tornou «uma eternidade» e na qual julga ter passado umas 24 horas.

Durante todo o percurso, segundo referiu, foi agredido nos testículos e na cabeça, ao ponto de, quando saiu do carro, não se conseguir manter de pé e ter de ser levado de rastos.

Já em Madrid, continuaram as agressões na cabeça, e também as posturas forçadas, obrigando-o a manter-se de cócoras até não aguentar mais; quando já não aguentava, enfiavam-lhe um saco na cabeça.

«Chegou um momento em que disse "pronto, colaboro, faço aquilo que quiserem", relatou. Então, puseram-lhe à frente uma declaração, que teve de decorar, o que demorou uma tarde inteira.

Beortegi contou que os guardas insistiram depois na ideia de que o que realmente importava era que reiterasse o depoimento na presença do juiz. O jovem explicou que, numa situação daquelas, assentiu, mostrando-se disposto a tal, mas, ao ser presente a tribunal, decidiu dizer a verdade a Grande-Marlaska e não corroborar a declaração que o tinham feito memorizar.

«Não se pode ter assim uma quadrilha de psicopatas»
«Foi a experiência-limite da minha vida. Espero que mais ninguém tenha de passar por isto», resumiu, para afirmar em seguida que «não se pode ter uma quadrilha de psicopatas assim, a fazer o que muito bem lhes apetece».

Da parte do TAT (Grupo contra a Tortura), Ane Ituiño realçou o facto de ninguém ter feito nada nem ter parecido estranho a ninguém que outro dos detidos, Patxi Arratibel, tivesse escrito a palavra «laguntza» (ajuda) ao contrário ao assinar a declaração policial para pedir ajuda, e também considerou «relevante» o facto de dois advogados de ofício terem protestado perante o juiz pela forma como os seus defendidos foram tratados. Grande-Marlaska não só não lhes ligou, como mandou para a prisão um deles (Iñigo González).

Na conferência de imprensa também tomou a palavra um representante do Movimento pró-Amnistia, que afirmou que na situação actual «o único que recorre à violência é o Estado».
Salientou que a solução passa pela acção unitária da sociedade basca, com base em compromissos, tendo anunciado que irão iniciar uma ronda de contactos com esse fim.
Fonte: Gara

Na foto de cima, pessoas presentes na conferência de imprensa exibem folhas em que se lê o termo 'laguntza' (ajuda) escrito ao contrário, tal como o fez Patxi Arratibel ao assinar a declaração que lhe puseram à frente: aztnugaL

Conferência de imprensa em Iruñea, com o testemunho de Xabier Beortegi


Silêncios
A tragédia da tortura em Euskal Herria é que é mais que previsível. Alertou-se para o risco que corriam os detidos em Nafarroa; o juiz Grande-Marlaska sabia para onde mandava os jovens, e o testemunho, contundente e coerente, dos encarcerados veio confirmar o que parecia previsível. A mácula da tortura precisa de torturadores mas também de cúmplices. E a cumplicidade é por acção ou omissão. Há silêncios escandalosos.
Olaso / Gara