Andoni Zengotitabengoa, que foi detido o ano passado em Portugal, encontra-se encarcerado em situação de isolamento na prisão de Monsanto (Lisboa, Portugal) e, para denunciar as duras condições que ali tem de enfrentar, iniciou ontem uma greve de fome.
Para além de ser ali o único preso político basco, é obrigado a estar muitas horas sozinho na cela (22 horas; sai duas horas por dia para um pátio de 40 m2). No que toca às visitas, enfrenta imensos problemas. Os seus amigos não o podem visitar, e apenas pode estar com as suas duas filhas pequenas duas vezes por ano. É obrigado a vestir, todos os dias, o dia inteiro, um uniforme da prisão, sendo revistado de alto a baixo de cada vez que sai da cela. Depois de receber a visita da esposa ou de estar com o seu advogado, obrigam-no a despir-se.Perante esta situação, Andoni Zengotitabengoa iniciou ontem uma greve de fome. É a terceira desde que foi encarcerado.
Na nota emitida, o Movimento pró-Amnistia expressa «a sua solidariedade ao Andoni e aos seus familiares», e faz um apelo aos cidadãos para que participem nas mobilizações que nos próximos dias venham a ter lugar em Elorrio (Bizkaia).
Fonte: askatu.org / Ver também: Berria
Saioa Sanchez foi atacada por agentes da Polícia francesa numa deslocação a tribunal
O caso deu-se no dia 25 de Junho, quando a presa política natural de Berango (Uribe Kosta, Bizkaia) e actualmente encarcerada na prisão de Poitiers (Frantzia) tinha de comparecer em Tribunal por causa de um processo de extradição pendente contra ela. Foram buscá-la à prisão alguns polícias encapuzados, que a algemaram atrás das costas. Ela pediu-lhes que a algemassem à frente e eles ainda apertaram mais as algemas. Quando protestou outra vez, os polícias forçaram-lhe os braços, atiraram-na para o chão e levaram-na de rastos até à furgoneta, agredindo-a. Teve de ir deitada durante todo o percurso até ao tribunal.
No tribunal, pediu a um polícia o seu número de identificação, mas este não o quis dar. De volta à prisão, foi tratada pelo médico, que também lhe tirou fotos. A Saioa já apresentou queixa contra a Polícia. Fonte: etengabe / Ver também: Berria
«Errepresioa ez da bidea»: mobilização na Txantrea para denunciar a detenção de Oier Ardanaz
Foi recentemente detido pela Polícia francesa em Perigueux (França) o jovem Oier Ardanaz Armendariz, natural do bairro da Txantrea (Iruñea), que é acusado de pertencer à organização armada ETA e que se encontra actualmente hospitalizado.
Para protestar contra a detenção do seu conterrâneo, anteontem houve uma assembleia na Txantrea. Depois, seguiu-se uma kalejira pelo bairro, com o lema «Oier askatu, errepresioa ez da bidea» [Libertem o Oier, a repressão não é o caminho] e na qual participaram cerca de 100 pessoas. Nos próximos dias, haverá mais assembleias e mobilizações.
Fonte: ateakireki.com via lahaine.org / Mais informação: Berria
Entretanto, o Movimento pró-Amnistia divulgou uma nota de imprensa - «É preciso blindar o processo face às provocações e sabotagens dos estados, é preciso parar as detenções e a perseguição policial». Para o movimento anti-repressivo, a detenção mostra que os estados espanhol e francês não cessam a repressão, e menosprezam os passos dados para a solução do conflito. Assim, pede aos cidadãos bascos que criem um «muro» contra estas detenções. (ateakireki.com e Berria)