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As razões, segundo explicaram, são o incumprimento do protocolo implementado por Garzón para prevenir as torturas e maus tratos, apesar de o tribunal especial lhes ter garantido que ia ser aplicado e que todo o período de detenção ia ser gravado. O próprio Garzón afirmou publicamente que iria ser aplicado, tal como lembraram hoje.
No entanto, segundo disseram, os detidos não foram acompanhados enquanto permaneceram incomunicáveis e apenas foram gravados nos corredores dos calabouços.
Todos os detidos afirmaram na presença de Garzón ter sido torturados, mas, mesmo assim, o juiz mandou sete deles para a prisão.
Um deles, Gaizka Jareño – absolvido num primeiro julgamento –, apresentou o seu testemunho na conferência de imprensa, tendo aboradado as sequelas psíquicas e tudo o que período de incomunicação representou para eles, as «agressões, ameaças e humilhações» que sofreram.
O jovem fez um apelo aos cidadãos para que se mobilizem contra o regime de incomunicação e a tortura.
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Ituiño também criticou a recente eleição de Garzón como membro espanhol do Comité para a Prevenção da Tortura (CPT) do Conselho Europeu, o que interpreta como «mais um passo para ocultar a prática da tortura» no Estado espanhol.
Fonte: Gara
Tortura
Os jovens bascos que estão a ser julgados no novo Tribunal de Ordem Pública reconheceram entre os polícias que depõem aqueles que os torturaram há três anos. Um mau bocado, que se vem juntar a um processo que visa castigar o seu trabalho político. Quando a justiça honrar o seu nome, serão os torturadores que se sentarão no banco dos réus dos tribunais, que não se hão-de parecer com essa tétrica Audiência Nacional. / OLASO
Fonte: Gara