«Foi uma manifestação bastante dinâmica e positiva», afirma um dos porta-vozes da Segi, movimento dos jovens independentistas de esquerda, Amaia Elixiri. E isto, a propósito do encontro e da manifestação que anteontem, dia 14 de Julho, tiveram lugar em Baiona. Os jovens juntaram-se em frente à Câmara Municipal e depois dirigiram-se em manifestação até à cantina do 1er Régiment de Parachutistes d'Infanterie de Marine, onde eram esperados por um cordão de CRS.
Muitas viaturas dos CRS já tinham invadido a cidade, mas não se verificaram incidentes. Nesta manifestação, encabeçada por uma faixa em que se podia ler «De l’oppression à la reconnaissance du Pays Basque. Independentzia», a Segi queria transmitir uma mensagem positiva à juventude: «Nós somos a geração que vai trazer a mudança política e social que se desenha em todo o País Basco. Devemos construir o nosso país sobre valores de esquerda e abrir o caminho à paz, e o contributo da juventude é essencial».
A Segi também fez questão de denunciar a hipocrisia da comemoração do 14 de Julho, considerando que o Estado francês «se vangloria da sua universalidade e da sua ligação aos direitos do homem. Mas o que é verdadeiramente?» E a Segi menciona a Kanakia, a Bretanha, a Martinica e a Occitânia: «O que é eles devem comemorar, quando a dominação pelo centralista Estado francês lhes nega muito simplesmente o direito a decidirem o seu futuro?».
No seu discurso, a Segi enfatiza a hipocrisia do Estado francês, que considera um «Estado opressor e que se mantém à custa da negação dos direitos internacionais, como o de autodeterminação».Outro alvo da Segi neste 14 de Julho foi o 1er RPIMa, estacionado em Baiona. «Um regimento criado pelo tristemente célebre Massu na sequência da batalha de Argel. Como é possível fazerem a exaltação de uma revolução popular e, ao mesmo tempo, felicitarem um corpo armado que mais não fez que aterrorizar povos revolucionários?»
Solidariedade com os prisioneiros
A Segi enviou «saudações calorosas a todas e a todos aqueles que se encontram nas prisões francesas e espanholas, às suas famílias e aos que estão em fuga». Da parte da Segi, afirmam também que o 14 de Julho é «o momento para nos dirigirmos a Paris enquanto povo determinado e para afirmarmos a vontade de construir o nosso país e de lutar contra a opressão. A todos os níveis».
Béatrice MOLLE
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