Os presos políticos bascos encarcerados na prisão alicantina de Fontcalent estão há duas semanas sem visitas, segundo informação divulgada pelos familiares, depois de a direcção da prisão ter alterado as horas sem qualquer justificação. As queixas não obtiveram resposta, pelo que os afectados deram início a acções de luta, comunicaram os familiares ao diário Gara.
Em resposta à decisão tomada pela direcção, que passou as visitas para as sextas-feiras às 9h00 e domingos às 17h00 (!), os prisioneiros não vêm aos parlatórios.Por outro lado, na sexta-feira realizaram-se diversas mobilizações em defesa dos direitos dos presos políticos em múltiplas localidades do País Basco.
VER: Gara
A denúncia da dispersão continua vigente, dez anos após a morte de Saez e Heriz
Este ano passa uma década desde que a dispersão penitenciária tirou a vida a Iñaki Saez e Asier Heriz, um aniversário trágico que os seus conterrâneos não esquecem e que não hesitam em recordar, juntamente com constante denúncia da dispersão.
Essa denúncia terá o seu ponto alto no dia 8 de Setembro, mas já no txupinazo das festas do bairro de Amaña (Eibar, Gipuzkoa) familiares e amigos fizeram questão de evocar estes cidadãos, com o lema «Iñaki eta Asier gogoan, euskal presoak etxera», protestando contra aquele desenlace da política de dispersão.
O acidente que pôs fim à vida de Saez y Heriz ocorreu a 8 de Setembro de 2001, quando os dois bascos iam visitar a presa política de Soraluze Lurdes Txurruka, então na prisão de Ávila.Saez e Heriz são dois dos 16 familiares e amigos que faleceram a caminho das visitas. Para além da concentração, a Etxerat organizou um colóquio sobre a dispersão e as suas consequências.
Por outro lado, no sábado, em Hondarribia (Gipuzkoa) 31 pessoas juntaram-se pela defesa dos direitos dos presos políticos.
Fonte: GaraO ST espanhol absolve Lander Fernández no caso da venda de rifas da Askatasuna em Algorta
O Supremo Tribunal espanhol absolveu o ex-preso político Lander Fernández Arrinda (Santutxu, Bilbo), segundo divulgou a agência noticiosa EFE. Em Outubro de 2010, Lander Fernández foi condenado pela Audiência Nacional espanhola a três de prisão, acusado de tentar vender rifas para «ajudar a ETA». Os juízes deram como provada a versão defendida pela Guarda Civil e o MP. Em seu entender, em Agosto de 2008, o acusado descolava-se para as festas de Portu Zaharra (Algorta, Getxo), com a intenção de ali vender rifas da ilegalizada Askatasuna - 300 rifas que a Guarda Civil apreendeu.
Por seu lado, o Supremo espanhol considera que «a simples existência de rifas para juntar dinheiro para uma organização terrorista» não basta para fundamentar a acusação de colaboração, sendo que não se pode excluir que o propósito dessa venda fosse solidário.
O Alto Tribunal critica a Audiência Nacional por não ter apresentado provas mais esclarecedoras.
Fonte: etengabe