Ontem, passavam 33 anos sobre o assassinato do iruindarra Germán Rodríguez às mãos da Polícia espanhola. Como acontece todos os anos a 8 de Julho, também ontem muita gente se juntou para lembrar a sua morte naqueles sanfermines de 78.
Junto à lápide que evoca a o seu assassinato, às 13h00 dançou-se um aurresku, foi feita uma oferenda floral, e a cantora Julieta Itoiz La Chula Potra apresentou um rap que aborda precisamente os acontecimentos de 1978. Fermin Balentzia cantou o tema «Hilarri», despertando a emoção nos ali presentes.
Como os acontecimentos de 1978 não são investigados, Miren Egaña, da iniciativa popular Sanfermines 78 Gogoan, realçou a importância da visita e do apoio da «Bloody Sunday Initiative» (Derry, Irlanda) e a necessidade da criação de uma comissão da Verdade, e disse que isso irá ser solicitado à Câmara Municipal de Iruñea, aproveitando o contexto actual, e tendo como propósito alcançar a verdade, a justiça e a reparação.
Para finalizar as cerimónias, que decorreram sob o lema «Egia, justizia eta memoria» [Verdade, justiça e memória], cantou-se a «Internacional» e o «Eusko gudariak». Para o fim da tarde, foi convocada uma manifestação pela Sanfermines 78 Gogoan herri ekimena, a Federação de Peñas e o Movimento pró-Amnistia.
Fonte: Berria e Gara
Fotos: German Rodriguezi omenaldia, Uztailak 8 (Berria)
O portal Ateak Ireki propõe o visionamento de três documentários que abordam, de formas distintas, o que se passou naquele dia trágico para Iruñea.
Ver: ateakireki.com
«Sanfermines-78: Egia, juztizia, memoria», de Sanfermines 78 Gogoan (SareAntifaxista)
No dia 8 de Julho de 1978 o povo de Iruñea sofreu a maior e mais injusta agressão por ele vivida em décadas. Um radioamador gravou o seguinte da emissora policial: «Tirar con todas las energías. Lo más fuerte que podáis. ¡No os importe matar!»