sábado, 16 de julho de 2011

Utilizam o Acordo de Gernika como instrumento de chantagem contra os presos

Os porta-vozes dos signatários do Acordo de Gernika, Oskar Matute (Bildu) e Ainhoa Etxaide (LAB), afirmaram que as instituições espanholas e francesas estão a fazer «ouvidos surdos» aos seus pedidos no sentido de manter contactos com os representantes do EPPK, colectivo de presos políticos bascos.

Consideram que as Instituciones Penitenciarias estão a utilizar o próprio acordo como «instrumento de chantagem» para «dividir e debilitar» o colectivo, e exigiram uma mudança na política prisional, pois consideram que a «participação directa» do EPPK é «imprescindível» para a resolução do conflito político basco.

Perante estas dificuldades, os dois porta-vozes disseram que foi enviada uma carta a todos os presos que integram este colectivo, na qual se especifica a sua proposta; até ao momento, não receberam qualquer resposta, algo que pensam ser consequência da «atitude obstrucionista» das Instituciones Penitenciarias.

Matute acusou o PP e o PSOE de «utilizarem» o acordo referido para «criarem situações de tensão dentro do EPPK» e de atribuírem benefícios aos presos «em função da sua aprovação (do acordo) e da decisão de sair do colectivo».

«Está-se a fazer uma aplicação arbitrária da lei e está-se a jogar com os benefícios aos presos para enfraquecer o colectivo ou desligar os presos do colectivo», afirmou Matute, que acrescentou: «Se há benefícios, tem de ser para todos».

Na conferência de imprensa de ontem em Bilbo, Matute e Etxaide leram um comunicado em que se exige a aplicação, «sem qualquer contrapartida», de diversas «medidas como um primeiro passo no caminho para a amnistia».

Entre essas medidas, figuram o fim da dispersão, a libertação dos presos que estão gravemente doentes e a aplicação, «sem restrições nem arbitrariedades, de todos os benefícios».
Fonte: Gara via kaosenlared.net

Em Fleury, 30 presos políticos bascos castigados com o mitard
Entretanto, Gotzon Alcalde, que foi brutalmente espancado na prisão de Fleury no dia 8 de Julho, já foi extraditado para o Estado espanhol, e encontra-se em regime de isolamento na prisão de Soto del Real.
Por seu lado, os trinta presos políticos bascos encarcerados no presídio francês onde Gotzon foi agredido decidiram levar a cabo acções de protesto contra essa situação, tendo sido todos levados para o mitard. (etengabe)

«Chamam a atenção para o agravamento do estado de saúde dos presos Ibon Iparragirre e Txus Martin» (Gara)

Editorial do Gara: «Estrategia inadmisible contra los presos»