sexta-feira, 15 de julho de 2011

Agentes políticos, sindicais e sociais exigem uma sentença que «signifique a legalização e o fim dos julgamentos políticos»

Agentes políticos, sindicais e sociais pertenecentes ao EA, Aralar, Alternatiba, ezker abertzalea, LAB, ESK, EILAS, Hiru, Lokarri, Eleak Mugimendua, Euskal Herriko Giza Eskubideen Behatokia, Torturaren Aurkako Taldea, Ikasle Abertzaleak, Gazte Abertzaleak, Gazte Independentistak e Lau Haizetara Gogoan deram uma conferência de imprensa em Bilbo, na qual leram um comunicado em que se exige o fim dos «julgamentos políticos» e da «utilização do poder judicial para a criminalização de actividades políticas».

No escrito, lido pela secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, os políticos independentistas Rufi Etxeberria e Txelui Moreno, e o porta-voz da Alternatiba, Oskar Matute, afirmam que «oito pessoas foram julgadas por fazer política, por pôr em prática os direitos civis e políticos». Lembraram ainda que, dessas oito pessoas, «quatro estão na prisão desde Outubro desde 2009 e outras quatro em liberdade condicional, e todas correndo o risco de ser condenadas a longas penas de prisão devido à sua actividade política pública».

Criticaram o facto de no «caso Bateragune» «não existirem aspectos jurídicos que sustentem a acusação anterior ao julgamento nem a tese defendida no seu final pela Procuradoria para justificar penas de prisão escandalosas».
«Mais uma vez, estamos perante uma violação directa dos direitos humanos, perante uma actuação judicial que pretende violar os direitos civis e políticos», criticaram, acrescentando que «também desta vez ficou patente a falta de maturidade democrática do Estado espanhol».

Os signatários reafirmaram o seu compromisso «sincero e firme com a busca de um cenário de paz e solução política» para o povo basco, embora tenham referido que «têm a consciência de que julgamentos como o do 'caso Bateragune' ou o de 17 jovens de Oarsoaldea, que proximamente se irá iniciar, têm muita importância, porque no contexto de soluções criado no nosso país podem reforçar a tese e as dinâmicas de bloqueio dos que continuam instalados no esquema das não soluções».

«Queremos uma Euskal Herria sem qualquer tipo de violência, sem ameaças contra ninguém, sem pressões, sem perseguição e sem tortura. Uma Euskal Herria onde, seja qual for a nossa ideologia, tenhamos todo o direito a defender e a pôr em prática as nossas ideias e projectos. Uma Euskal Herria onde não haja pessoas reprimidas», afirmaram.

Por isso, para além de pedirem a absolvição dos oito arguidos – Arnaldo Otegi, Sonia Jacinto, Miren Zabaleta, Mañel Serra, Arkaitz Rodriguez, Txelui Moreno, Rafa Díez e Amaia Esnal –, exigiram o fim dos «julgamentos políticos» e da «utilização do poder judicial para a criminalização de actividades políticas», bem como a legalização de organizações ilegalizadas e o fim da «perseguição e da repressão a militantes políticos».
Fonte: Gara