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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

«O Raul este ano teve de ir à festa»

[De António Santos] Era para não vir. Por causa da pandemia. Mas levou tanta pancada dos guardas que quando vê o Partido a levar pancada é como se fosse ele próprio outra vez naquela cela, a levar dos guardas, quase até à morte.

É meia-noite. A malta da JCP poisou as ferramentas, parou de trabalhar, pôs-se toda de pé. Uma brisa do Norte lambe-lhes suavemente as frontes suadas, transcendendo a realidade. Cerraram-se agora muitos punhos contra o céu estrelado e a juventude cantou ao Raul os «Parabéns a você», mas com a melodia da Internacional. O Raul achou graça àquilo e riu-se alto, com alegria verdadeira, como se não tivesse acabado de fazer 95 anos. (Abril)

domingo, 6 de setembro de 2020

«O negócio do hidrogénio»

[De Demétrio Alves] Quando, finalmente, poderia haver uma sensível e notória baixa regulatória nas tarifas, poderá instalar-se um novo ciclo de financiamento aos privados a propósito do hidrogénio e da transição em geral.
[…]
As grandes petrolíferas, gasistas, carboníferas e elétricas, não estão preocupadas com o tipo de energia primária que exploram. Aquilo em que estão concentradas é no lucro. Se fizerem melhores negócios com o sol e o hidrogénio, adaptam-se e mudam de ramo. Até porque o ciclo levará décadas. (resistir.info)

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

«Uma Festa do Avante! em tempo de crise»

[De Manuel Augusto Araújo] A Festa do Avante! desde sempre foi o centro de ataques de outras forças políticas que não têm capacidade político-cultural, e muito menos de militância, para arquitectarem uma Festa como esta. (Abril)

«Da sanha e do medo»

[De Manuel Gouveia] Ora para que a superação do capitalismo se dê é preciso que muitos daqueles a quem ela interessa em primeiro lugar – aos trabalhadores – se apercebam da necessidade e possibilidade dessa superação, e se organizem politicamente para poderem almejar concretizar esse objectivo político. Pelo que enfraquecer e afastar os trabalhadores dessa organização política (em Portugal, no PCP) é condição necessária de sobrevivência da pequena percentagem da população que vive de se apropriar, no quadro do modo de produção capitalista, da riqueza produzida por esses trabalhadores.

E quanto mais medo eles tiverem, maior será a sanha. (avante.pt)

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Associação Iúri Gagárin assinala os 75 anos do fim da guerra

Com uma iniciativa simbólica em Lisboa, a Associação pretende lembrar «o contributo dos soldados soviéticos, determinante para a vitória na Europa e no Oriente».

Também no âmbito das comemorações do 75.º aniversário da vitória da URSS e aliados sobre o nazifascismo, a Associação Iúri Gagárin apresenta a exposição «Cartazes de guerra e vitória», em colaboração com a agência federal russa Rossotrudnitchestvo.

A Associação divulga ainda o concerto «Uma Vitória de todos» e a exposição de desenhos «O Mundo foi salvo pelo soldado soviético», ambos online. (Abril)

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Em tempo de ofensiva, exige-se o reforço efectivo da ACT

Entre os principais problemas detectados pela União dos Sindicatos do Distrito de Santarém, contam-se centenas de despedimentos ilegais, violação do direito a férias, salários em atraso, utilização abusiva e injustificada do lay-off, empresas que não salvaguardam a saúde dos trabalhadores, assédio moral, alteração unilateral de horários, incumprimentos na retribuição de trabalho extraordinário ou em dia feriado e violação da aplicabilidade da contratação colectiva.

A estrutura sindical afirma que tem vindo a intervir sobre eles nos locais de trabalho, mas destacando que essa acção «seria muito mais eficaz» se complementada com «uma intervenção reforçada da ACT». (Abril)

sábado, 29 de agosto de 2020

«A polémica já não é sobre a Festa do "Avante!"»

[De Bruno Carvalho] esta ofensiva praticamente inédita, nos últimos anos, contra a Festa do «Avante!» não seria possível sem a instrumentalização do medo das pessoas em relação à pandemia. É a oportunidade perfeita, pensam todos. E daí a aliança política-económica-mediática para meter toda a lenha na fogueira. Não importa sequer que lhes caia a careca quando Marcelo celebra as Feiras do Livro de Lisboa e do Porto, que se aplauda a prova de Fórmula 1 no Algarve com tantos assistentes como a Festa do «Avante!», que haja concertos em vários pontos do país ou manifestações e comícios do Chega.
[…]
Já não se trata de saber se vais ou não à Festa do «Avante!». Trata-se antes de saber se vais estar do lado daqueles que vivem à custa do teu suor ou se vais estar ao lado daqueles suam ao teu lado e que sendo comunistas lutam por ti. (manifesto74)

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

«Quebra significativa do emprego e da riqueza criada no país (PIB)»

[De Eugénio Rosa] Conhecer a situação da economia e seus efeitos sociais não é menos importante que conhecer a situação epidemiológica pois tanto uma como outra causam mortes.

Até porque teremos de aprender a viver e sobreviver durante muito tempo com o «coronavírus» pois não sabemos quando a crise de saúde terminará. Por isso é necessária informação objectiva e equilibrada sobre ambas situações. Neste estudo analisa-se a situação da economia e seus efeitos sociais. (resistir.info)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

«Com a corda na garganta»

[De Bruno Amaral de Carvalho] Durante praticamente três meses, boa parte das empresas foi obrigada a restringir a sua actividade devido ao novo coronavírus e com parte da população confinada o consumo baixou de forma abrupta. Se os grandes grupos económicos tinham capacidade para aguentar o embate, foram muitos os pequenos e médio empresários que se viram com a corda na garganta frente ao contexto económico imprevisível num mundo à espera de uma saída para a pandemia.

Cinco meses depois do anúncio das primeiras restrições em Portugal, o alívio das medidas de contingência parece ser insuficiente para travar a queda dos números da economia. (vozoperario.pt)

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Precariedade na Arquitectura exige organização do sector

[Entrevista a representantes do Movimento de Trabalhadores em Arquitectura]
[...] essa ilusão da prática liberal, onde se recebe bem e que se traduz em óptimas condições de vida, é negada pela realidade, que nos mostra exactamente o contrário, que o trabalho em arquitectura é altamente precarizado, com uma falta de vínculos brutal, com salários abaixo da média nacional. (Abril)

sábado, 22 de agosto de 2020

«Um excesso de fraternidade»

[De Irene Sá] São estes os tempos em que a própria fraternidade e a união constituem uma arma de arremesso contra os comunistas. Os comunistas que, de resto, são tão vítimas da situação como o resto do povo
[…]
Combatendo o medo e lutando pela razão, ainda que insultados em muitos sítios, batalhamos pela emancipação do povo português, não fazemos a festa contra ele mas por ele. É esse o nosso excesso de fraternidade. (manifesto74)

terça-feira, 11 de agosto de 2020

«A impunidade fiscal do grande capital»

[De Tiago Cunha] Os detentores do grande capital e os principais beneficiários da distribuição dos dividendos gozam de privilégios que são incomportáveis do ponto de vista financeiro, inaceitáveis no plano social e economicamente insustentáveis.

A tributação dos rendimentos de capital não pode continuar a ser adiada. A impunidade dos poucos que tanto têm e não pagam impostos tem de acabar. (vozoperario.pt)

quarta-feira, 29 de julho de 2020

«Ele está no meio de nós»

[De Ricardo M Santos] O fascismo e os seus símbolos nunca foram extirpados depois da Revolução. E o racismo é filho dele. A expressão do «país de brandos costumes» perdura ainda hoje, o mito dos colonizadores amigos, o esconder do que foi a brutalidade do regime português em África, no Brasil, os milhares e milhares de escravos, os massacres durante a guerra para onde foi arrastada uma geração de esfomeados […]

Ainda assim, há algumas coisas que não precisam de esperar pelo julgamento, porque as sentenças, numa sociedade capitalista, não são mais do que a interpretação de leis feitas pela classe dominante à sua medida.
[…]
O racismo existe em Portugal, está no meio de nós, como existe em todas as sociedades capitalistas, porque lhes é inerente. (manifesto74)

domingo, 26 de julho de 2020

«O racismo não é um papão»

[De André Solha] Recentemente tenho visto alardeada a tese de que o excesso de discussão sobre o racismo na esfera pública potencia o crescimento do racismo. Ora, o racismo não é um monstro que se auto-alimenta, e também não é um papão que desaparece se deixarmos de falar dele. Ele tem uma origem definida e serve interesses claros, os interesses da classe dominante.

ele cresce graças à crescente massa de deserdados do sistema, nossos companheiros e companheiras de classe, a quem o regime democrático burguês, não sendo capaz de responder aos seus anseios, aliena por acção da sua ideologia, fazendo-os crer que a culpa do seu baixo salário não é do patrão que os explora, mas do emigrante que aceita fazer o mesmo trabalho por menor salário. (manifesto74)

terça-feira, 21 de julho de 2020

«Não há neutralidade no espaço público»

[De Ricardo M Santos] as redes sociais não são um espaço público, são um espaço privado. E, sendo um espaço privado, quem está nele sujeita-se às regras que são ditadas pelos seus proprietários. Não é difícil verificar que temos aqui um conflito entre interesses: os proprietários das plataformas, que representam os seus accionistas, e a esmagadora maioria dos utilizadores. Os proprietários, que recolhem e comercializam os nossos dados sem percebermos bem quais e como, mas acedemos a tudo; e nós, que temos a ilusão de que as redes são um espaço democrático; melhor ainda, um espaço neutro no meio da luta de classes. Um largo no meio da cidade. Uma espécie de chão de uma qualquer praça sobre o qual estão explorados e exploradores frente a frente. Nada mais falso e enganador. (manifesto74)

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Urge pôr fim às relações de Portugal com o complexo industrial-militar israelita

«Causa perplexidade a notícia da reunião entre os ministros da Ciência e Tecnologia de Portugal e de Israel (...) apontando para um estreitamento das relações entre as agências espaciais dos dois países», afirma o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) num comunicado hoje emitido.

«A indústria militar de Israel é cúmplice da brutal repressão colonial exercida por Israel – e vangloria-se disso, publicitando os seus equipamentos como "testados no terreno" – contra o povo da Palestina», denuncia o MPPM, que, tendo em conta a «gravidade» da notícia recente, reclama «uma explicação cabal da parte do governo» português e lhe exige que «cesse todas as relações, directas ou indirectas, com o complexo industrial-militar de Israel». (Abril)

quinta-feira, 2 de julho de 2020

«Anexação»

[De Jorge Cadima] Todos os estados e forças que, ao longo de décadas de crimes, massacres e guerras de Israel (a lista é enorme, mas refiram-se Sabra e Chatila, Qana, a mártir Faixa de Gaza) sempre foram tolerantes para com o agressor, ao mesmo tempo que exigiam da vítima concessões sem fim, em nome da miragem dum Estado Palestiniano, têm que fazer hoje uma opção clara. Ou cortam de vez a sua conivência com Israel e apoiam claramente os direitos inalienáveis do povo palestiniano, ou tornam-se cúmplices duma traição histórica e perdem qualquer credibilidade para criticar as formas de resistência que o povo palestiniano vier a decidir. Nem o regresso ao torpor do estado de coisas anterior é aceitável. O silêncio do Governo Português e do seu cada vez mais inqualificável MNE envergonha Portugal. (avante.pt)

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Contra a anexação da Cisjordânia e os crimes de Israel

Face à ameaça de anexação de um terço da Cisjordânia por Israel, o MPPM instou o Governo português a reconhecer o Estado da Palestina. Para dia 6 de Julho foi marcado um acto público solidário em Lisboa.

O documento – subscrito por personalidades da vida pública, cultural e académica, e para o qual o MPPM convida o leitor a dar a sua adesão – afirma que o actual governo de Israel, com o apoio da administração de Donald Trump, foi constituído com o propósito fundamental de «promover a anexação de jure de cerca de 30% dos territórios palestinianos ocupados em 1967, incluindo todo o vale do Rio Jordão e os colonatos instalados contra o direito internacional na Cisjordânia». (Abril)

domingo, 28 de junho de 2020

«Não há dinheiro?» Taxem-se os paraísos fiscais, os dividendos e a especulação

No final de uma semana de luta para defender «a saúde e os direitos» dos trabalhadores, a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, destacou a realização de centenas de acções, em todos os sectores e regiões. A central sindical exige o lay-off pago a 100%, a proibição dos despedimentos e o aumento geral dos salários e sugere três novas taxas sobre a riqueza, as empresas e a bolsa.

Na intervenção que rematou o desfile de quinta-feira em Lisboa, a dirigente denunciou os ataques que têm sido dirigidos contra os trabalhadores, afirmando que estes três meses e meio de surto epidémico do novo coronavírus vieram revelar «de forma mais clara a necessidade de alterações profundas» deste sistema económico. (Abril)

sábado, 27 de junho de 2020

«Contra a anexação da Cisjordânia. Pelo reconhecimento do Estado da Palestina»

Ante a ameaça anunciada pelo Governo de Israel de avançar para a anexação de territórios palestinos na Margem Ocidental do rio Jordão, o MPPM tomou a iniciativa de promover uma carta-aberta dirigida ao Governo português e subscrita por personalidades da vida pública, cultural e académica reclamando o reconhecimento por Portugal do Estado da Palestina e uma posição firme face à ameaça de anexação por parte de Israel.

O MPPM convida-o/-a a dar a sua adesão a esta carta aberta. / Ver: mppm-palestina.org