Os educadores do conhecido museu bilbaíno continuam a lutar pelos seus postos de trabalho. Hoje, emitiram um comunicado em que pedem à comunidade artística, de que fazem parte, um gesto de apoio, por forma a divulgar «a injustiça que é o despedimento de todos os funcionários a 30 de Setembro».
Os trabalhadores sublinham que «a decisão foi tomada de forma unilateral e sem negociações tanto pelo Museu Guggenheim como pelo Governo de Lakua, a Deputação Foral da Bizkaia e o Município de Bilbo, como consequência da greve que levaram a cabo a 28 de Julho em defesa da dignificação do seu trabalho».
Definindo-se a si mesmos como «18 pessoas, artistas, historiadores, apaixonados pela arte, com ampla formação», afirmam que «realizam há vários anos, no museu, um trabalho que (...) é fundamental em qualquer instituição cultural: aproximar a arte das pessoas».
Referem-se ao «titânio» como «mera fachada» e dizem que, enquanto educadores do museu, sofrem «a mais absoluta precariedade» e «condições de trabalho que estão longe de ser excelentes». A este propósito, afirmam que se vive no âmbito dos museus um «momento sem precedentes», em que se «perdeu o respeito pelo trabalhador cultural», que é para «usar e deitar e fora».
Em simultâneo, destacam as várias greves e mobilizações que tiveram ou estão a ter lugar a nível do Estado espanhol - Museu de Belas Artes de Bilbo, da Ciut’art, em Barcelona, do EsBaluard, em Maiorca, em Madrid - para «denunciar esta situação de "mcdonaldização" da arte nos grandes museus».
Defendendo que «um museu sem gente não é mais que um armazém de obras», que «a cultura é para todos, não se devendo tornar na coutada privada de alguns sectores sociais e políticos», e que a greve é um direito, estes trabalhadores apelam à solidariedade do mundo da arte contra a ameaça «caciquista» de despedimento. / Ver: bilbaohiria.com
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Educadores do Guggenheim pedem solidariedade e denunciam «mcdonaldização» da arte
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