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Unai Romano em conferência de imprensa
No dia 6 de Setembro de 2001, a Guardia Civil entrou-lhe em casa, levou-o preso por "colaboração com a organização armada, ETA" e torturou-o barbaramente nas dependências policiais. O caso de Unai Romano tornou-se conhecido pela gravidade das lesões que as torturas lhe provocaram. Depois, foi posto em liberdade por não ter cometido nada do que se lhe acusava.
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Unai Romano depois de torturado pela polícia espanhola
Na altura, Unai apresentou queixa e o caso foi a tribunal. Cinco anos depois, a Audiência Nacional espanhola decide arquivar o caso. A Guardia Civil defendia que não o tinha torturado, ele é que se auto-mutilara para culpar o Estado espanhol. De resto, não é nada de especial, o ridiculo desta argumentação é norma habitual por parte das forças de segurança espanholas. O escândalo encontra-se no facto de, com as demonstrações evidentes de ter havido tortura, a Audiência Nacional espanhola decidir arquivar o caso. Afirma que não foi a polícia quem provocou aquelas lesões e os advogados da Guardia Civil já avisaram que irão avançar com a acusação a Unai Romano. Depois de acusador passa a acusado. Ao bom velho estilo fascista.
A promiscuidade da Audiência Nacional com o poder político é clara. Submetendo-se às orientações estatais em relação ao povo basco, o poder judicial comporta-se como uma marioneta fascista. Organismos da ONU têm revelado a perversidade da tortura nas prisões espanholas e, ainda assim, o Estado espanhol prefere prosseguir a sua política assassina contra o povo basco a aceitar as condenações de centenas de organizações humanitárias.
Unai Romano é inocente. O Estado espanhol é terrorista!