domingo, 1 de maio de 2011

Milhares de pessoas exigem em Elgoibar a libertação de Otegi e o direito a fazer política

Milhares de pessoas manifestaram-se em Elgoibar para exigir a libertação do líder da esquerda abertzale Arnaldo Otegi e para reivindicar o direito a fazer política em Euskal Herria. Seguiam atrás de duas faixas em que se lia «Euskal Herriak politika egiteko eskubidea» e «Arnaldo askatu, politika askatu».
«Arnaldo askatu» (liberdade para Arnaldo), «euskal presoak Euskal Herrira» (os presos bascos para o País Basco) e «demokrazia Euskal Herriarentzat» (democracia para o País Basco) foram as palavras de ordem que os presentes mais fizeram ouvir.
Pello Urizar, Oskar Matute, Jone Goirizelaia, Tasio Erkizia, Txelui Moreno e Arantza Urkaregi foram alguns dos representantes políticos que aderiram à convocatória da plataforma «Arnaldo askatu, politika askatu».
Na sexta-feira, a Audiência Nacional espanhola voltou a rejeitar a libertação do líder independentista e dos seus companheiros Arkaitz Rodríguez, Sonia Jacinto e Miren Zabaleta, em função do denominado «caso Bateragune», alegando que existe um «elevado risco de fuga».
Carta de Otegi
No acto final, um membro da plataforma convocante leu uma carta de Arnaldo Otegi em que o dirigente abertzale destaca que, para chegar à situação actual, foi preciso fazer autocrítica e mudar de estratégia.
Otegi critica o facto de o Governo espanhol dizer que o independentismo está derrotado, quando, na realidade, mantém a mesma estratégia, e defende que a via para alcançar um cenário democrático passa pela «luta e pela organização».
No acto final também tomaram a palavra Pello Urizar, que referiu que, ao mandarem Otegi para a prisão, encarceraram «uma aposta política», e Tasio Erkizia, que ressaltou o facto de o elgoibartarra ser «o símbolo de liberdade que este povo quer e que silenciam».
Izaskun Soraluze (Aralar) disse que para alcançar a paz é preciso libertar os presos, enquanto Oskar Matute (Alternatiba) afirmou que o encarceramento de Otegi evidencia «a vontade» do Governo espanhol e «o medo» que tem de que «o novo ciclo político vá avante».
Fonte: Gara / Fotos: Arnaldo askatu, politika askatu! / Ver também boltxe.info

Goikoetxea, absolvido da acusação que foi propagada com um vídeo policial
A Audiência Nacional condenou Arkaitz Goikoetxea a 22 anos de prisão, mas absolveu-o de um alegado plano para sequestrar um vereador do PSE em Eibar, Benjamín Atutxa. Acontece que, durante o julgamento que decorreu na Audiência Nacional espanhol, se procurou dar grande difusão a este facto, a partir de um vídeo inédito que mostrava Goikoetxea a efectuar declarações num monte, na presença do juiz Baltasar (Garzón). Aparentemente, a transmissão do vídeo tentava desacreditar as denúncias de torturas e passar a versão segundo a qual os detidos bascos depõem de livre vontade.
A Audiência Nacional explica que, embora os activistas «estivessem a pensar preparar um local numa zona de montanha para ali manter o sequestrado», depois «desistiram da actividade criminosa planificada, que apenas se tinha iniciado».
Fonte: Gara

Dois membros do colectivo contra o mandado de detenção europeu vão a tribunal
O colectivo contra o mandado de detenção europeu não baixa a guarda e faz um apelo à mobilização. Dois dos seus membros, Txomin Hiriart-Urruty e Txomin Catalogne têm de comparecer no Tribunal de Pau, na quinta-feira, 5 Maio, às 13h30. São acusados de «violência agravada com arma» (neste caso, uma bandeira basca!) «contra agente da autoridade e recusa de dar amostras de ADN.» Foram dois polícias que apresentaram a queixa contra os dois jovens, que serão defendidos por Jean-François Blanco. Ambos explicaram como se deram os factos: «no dia 15 de Março, estávamos em frente ao Tribunal de Pau, para apoiarmos os militantes da Segi e nos manifestarmos contra o mandado europeu. Nos últimos meses, a Polícia tinha feito subir a tensão nas concentrações. Os responsáveis são os polícias que não hesitam em recorrer à força. Em relação a esta escalada de tensão, a repressão tem por objectivo disfarçar a falta de argumentos. Talvez haja mal-estar na justiça que aprova os mandados europeus», afirma Txomin Catalogne. «Durante este processo, vamos fazer intervir diversas pessoas. Vamos denunciar o facto de eleitos, que acompanhavam os militantes sobre quem pendiam mandados europeus, terem sido feridos durante as detenções destes últimos. Mas nós vamos mais além dos factos e denunciar o recurso ao mandado de detenção europeu.» Alice Leiciagueçahar, conselheira regional, Lorea Bilbao, advogada do colectivo contra a tortura, bem como uma pessoa condenada por se ter recusado a dar amostras de ADN vão ser testemunhas neste processo.
Jornada de mobilização a 18 Junho
Anaiz Funosas e Francis Charpentier, acompanhados por diversos membros do colectivo o mandado de detenção europeu, convocaram uma jornada de mobilização para o próximo dia 18 de Junho contra o mandado de detenção europeu, que terá lugar na Halle d'Irati, em Biarritz: «Ao longo de Maio, haverá inúmeras reuniões de trabalho para preparar a jornada de 18 Junho pelos direitos cívicos e políticos.»
Béatrice Molle
Notícia completa: Lejpb-EHko_kazeta

Reclamam em Baiona a verdade sobre Jon Anza, a dois anos do seu desaparecimento
Cerca de 70 pessoas voltaram a juntar-se em Baiona, na sexta-feira, para exigir o esclarecimento do que se passou com o militante basco Jon Anza. Concentraram-se por volta das 18h00 frente ao Palácio da Justiça da capital de Lapurdi. Já passaram dois anos desde que o militante basco de Intxaurrondo (Donostia) desapareceu e quase um ano depois do aparecimento do seu corpo sem vida numa morgue de Toulouse, sem que se tenha esclarecido o que se passou.
Fonte: Gara
Bascos, curdos e corsos de Fresnes exigem a libertação dos presos políticos
Presos políticos bascos, curdos e corsos da prisão parisiense de Fresnes fizeram um apelo à luta contra o fascismo e pela liberdade dos povos. Por ocasião da comemoração do Dia Internacional dos Presos Políticos, os reclusos de Fresnes enviaram uma carta na qual afirmam que «em democracia todas as ideias deviam poder ser defendidas, o que faz que seja contraditória a existência de presos políticos».
Fonte: Gara / Carta conjunta: eus / fra (askapena.org)