Entre os factos imputados a Aurore Martin, o auto do juiz da Audiência Nacional Pablo Ruz inclui dois que tiveram lugar em território do Estado francês e que foram expressamente rejeitados enquanto imputações constitutivas de crime pelo Tribunal de Pau.
Trata-se da sua participação numa conferência de imprensa que o Batasuna deu em Baiona em Setembro de 2006 e num acto público desta mesma força política, ocorrido em Janeiro de 2007, em Uztaritze (Lapurdi).
De acordo com a sua advogada, Jone Goirizelaia, isto bastava «para anular a detenção». No entanto, a advogada não alimenta muitas esperanças, por ser «óbvio que se trata de uma decisão política».
Ainda assim, nos próximos dias irá apresentar um recurso de apelação em que incluirá outros elementos para além deste para exigir a sua libertação. Um deles, o da sua relação com o EHAK/PCTV. «Martin não aparece em nenhum processo e, para além do mais, esta acusação também foi rejeitada expressamente pelo tribunal de Pau», salienta.
No recurso, irá ainda expor que os factos pelos quais Martin é processada (dar conferências de imprensa, dar entrevistas ou escrever artigos de opinião) estão ao abrigo do direito à actividade política, que a força política a que pertence é legal no Estado francês e que não existe risco de fuga ou de destruição de provas, que surgem no auto como justificação para o seu encarceramento. / Ver: naiz.info
Ver também: «Madrid lui reproche des faits dans l’Hexagone», de Antton ROUGET (com G.C. e G.T.) (Lejpb)