
O caso de Irisarri, no âmbito do julgamento dos 28, já foi arquivado, depois de um representante do Ministério Público (MP) ter retirado as acusações contra ele - devido ao relatório médico que o jovem apresentou na sequência da sua detenção incomunicável, a 22 de Outubro de 2010. O representante do MP negou a existência das torturas denunciadas por Irisarri, mas decidiu não avançar com a acusação, face às dúvidas que o testemunho de torturas e os relatórios médicos poderiam suscitar.
Em Setembro de 2014, numa sessão marcada por terríveis relatos de tortura, Irisarri afirmou ter sido espancado (sobretudo nos testículos, o que agravou uma infecção urinária), ter sido submetido a sessões de «saco [asfixia]» e a outro género de tormentos («exercício físico até à exaustão», «flexões», enquanto lhe batiam). Irisarri foi espancado de tal maneira que teve de ser internado no Hospital Gregorio Marañón, em Madrid, antes de ser presente ao juiz de instrução Fernando Grande-Marlaska [que ainda não tem julgamento marcado].
Agora, com o processo arquivado, a Polícia espanhola voltou a prendê-lo, acusando-o de «injúrias». / Ver: ahotsa.info