segunda-feira, 4 de maio de 2009

À luta empreendida a prisão de Algeciras responde com transferências


À greve de higiene iniciada na quarta-feira pelos dezasseis presos políticos bascos que se encontravam na prisão de Algeciras, a direcção do centro penitenciário respondeu com transferências, numa tentativa de “procurar quebrar” o colectivo. Os presos bascos prosseguem a greve, que hoje cumpre o seu sexto dia, e com “consequências notórias”.

Desde que os prisioneiros políticos bascos no estabelecimento de Algeciras iniciaram, na segunda-feira, um protesto contra as agressões que os funcionários lhes infligem - primeiro, uma greve de fome durante dois dias, e desde quarta-feira uma greve de higiene, que mantêm –, já foram cinco os presos que a direcção do centro penitenciário transferiu.
Uma medida que os familiares dos presos políticos em Algeciras entendem como “uma tentativa para fracturar” o colectivo que os presos políticos bascos ali encarcerados constituem.

Segundo foi possível apurar, na sexta-feira transferiram o donostiarra Asier Tapia, bem como os barakaldarras Sendoa Jurado e Karmelo Lauzirika para as prisões de Huelva, Puerto I e Jaén, respectivamente. No entanto, a Etxerat indicou ontem que no sábado outros dois prisioneiros foram transferidos, sem precisar a sua indentidade.

Os presos políticos bascos que ainda continuam na prisão de Algeciras mantêm a greve de higiene, que hoje cumpre o seu sexto dia. De acordo com familiares e pessoas próximas, que os puderam visitar durante este fim-de-semana, “as consequências desta luta já se fazem notar”.