sábado, 4 de julho de 2009

Fotos, murais, repressão e resistência


Em Bilbau, depois de saber que o mural da Errondabide tinha sido pintado novamente, a Polícia autonómica voltou a aparecer na herriko da Alde Zaharra, e com cara de poucos amigos, segundo consta. Desta vez, foram necessárias duas furgonetas, um jipe e dois carros. Entraram, identificaram e ameaçaram os três empregados e os catorze clientes que se encontravam no local, expulsando-os, e voltaram a retirar as fotos dos presos políticos – que voltaram a ser colocadas pouco depois de os ertzainas se terem ido embora.

Também visitaram a herriko taberna de Portugalete (Bizkaia) e o gaztetxe de Ordizia (Gipuzkoa), levando as fotos dos presos que ali havia.

Em Donostia, o acosso à herriko taberna da Alde Zaharra é semelhante. Na terça-feira, a Ertzaintza foi ao estabelecimento quatro vezes para verificar se as fotos dos presos tinham sido retiradas.

De acordo com o Movimento pró-Amnistia, em Orereta (Gipuzkoa), a Ertzaintza identificou dez habitantes nos últimos cinco dias, a maioria dos quais quando colocava propaganda a favor dos presos. Criticaram a atitude da Ertzaintza, que “já roubou quatro painéis com representações dos presos e destruiu dezenas de fotos”.

Já em Azpeitia (Gipuzkoa), o Município comprometeu-se a realizar um mural de grandes dimensões em defesa dos presos. Com o apoio dos vereadores da esquerda abertzale, do EA e do Aralar, foi aprovada uma moção em que se denuncia a situação que vivem os presos gravemente doentes e os que, tendo cumprido a pena na íntegra, continuam na prisão. Nesse texto, defende-se a solidariedade com os perseguidos políticos, e recorda-se o julgamento contra o Movimento pró-Amnistia e a “situação de excepção” que se vive. Quanto ao mural, nele será patente a exigência da repatriação dos presos políticos bascos, junto ao logótipo do Município, e deverá ter 4 metros por 1,2 metros.

Elkartasunak ez du etenik izango! A solidariedade não vai parar!