segunda-feira, 4 de abril de 2011

Gabi Basañez e Unai Vázquez, em liberdade, e Walter Wendelin sai hoje

Gabi Basañez e Unai Vázquez, membros da Askapena detidos pela Guarda Civil há seis meses, já estão em Euskal Herria, enquanto Walter Wendelin só hoje ficará em liberdade. Todos eles tiveram de depositar uma fiança de 60 000 euros para assegurar a liberdade. Assim, os oito militantes da Askapena detidos a 28 de Setembro já estão todos em liberdade, embora aguardem julgamento. Em Zestoa, a emoções foram fortes para os membros da Askapena, pois ficaram a saber das libertações quando ali participavam no Dia Euskal Herria-Palestina.
No sábado houve jornada de boas-vindas tanto em Algorta como em Barakaldo (Bizkaia). Gabi Basañez foi recebido em Algorta por familiares e amigos (cerca de 300 pessoas) depois de abandonar a prisão madrilena de Aranjuez. No dia seguinte, em Sopela (Bizkaia), dividirá as honras num acto similar com um outro jovem, que foi posto em liberdade na semana passada. Em Barakaldo repetiram-se as manifestações de solidariedade e emoção no momento de receber Unai Vázquez. Quanto a Walter Wendelin, espera-se que abandone na segunda-feira a prisão madrilena de Estremera, regressando em seguida a Gasteiz.
Os membros da Askapena foram detidos no dia 28 de Setembro numa operação decretada pelo juiz da AN espanhola Pablo Ruz. Todos eles foram acusados de «integração em organização terrorista» e de desempenhar funções dentro do «aparelho internacional» da ETA. O próprio ministro do Interior, Alfredo Pérez Rubalcaba, qualificou a organização internacionalista como «braço internacional da ETA», tendo chegado a afirmar que a «ETA utilizava a Askapena para difundir a sua propaganda e manter contacto com outras organizações a nível internacional». O procurador-geral do Estado, Cándido Conde-Pumpido, foi ainda mais além [se é que isso é possível!] ligando os membros da Askapena às FARC.
Notícia completa: Gara e etengabe
Ongi etorri, Gabi!!! Besarkada handi bat guztioi!

Habitantes de Algorta homenageiam Galdeano, vítima dos GAL
Xabier Galdeano, natural de Algorta, foi homenageado na sexta-feira por habitantes desta localidade biscainha, quando se cumpre o 26.º aniversário do seu assassinato pelos GAL em Donibane Lohizune (Lapurdi). O acto evocativo realizou-se após a habitual mobilização pelos presos, que reuniu 222 pessoas.
Também se verificaram mobilizações a favor dos presos políticos bascos em localidades como Antzuola (30 pessoas), Ibarra (60), Lekeitio (97), Getaria (53), Mundaka (23), Lizarra (41), Ugao (102), Zornotza (101), Ondarroa (205), Legorreta (25), Oñati (55), Lazkao (75), Galdakao (40), Berriozar (44), Orereta (255), Gatika (sete), Elizondo (25), Amurrio (42), Arbizu (35), Zarautz (130), Larraga (35), Noain (50), Donostia (170), Bera (25), Bergara (63), Urretxu-Zumarraga (60), Gasteiz (480), Deba (40), Etxarri-Aranatz (91), Bilbo, em frente à Sabin Etxea (100), e Zizur (40).
Já na quinta-feira tinha havido actos pelos presos em Burlata (90) e nos bairros iruindarras de Arrosadia (20), Donibane (65) e Iturrama (55).
Para além disso, um grupo de alunos da UPNA levou a cabo, na quinta-feira passada, uma concentração no campus de Arrosadia para reclamar o regresso às aulas dos estudantes que se encontram actualmente encarcerados.
Fonte: Gara / Mais informação: etengabe

Araitz Amatria e Sergio Boada, absolvidos depois de passarem dois anos na prisão
Foi confirmada a sentença que absolve Araitz Amatria e Sergio Boada, dois jovens navarros detidos numa operação em que também foram presos Aurken Sola e Xabier Rey. Amatria e Boada, que passaram dois anos em prisão preventiva, ficaram livres depois da realização do julgamento, que decorreu em Novembro último. No acto de ongi etorri, no bairro de Donibane (Iruñea), quinze pessoas ficaram feridas na sequência da intervenção da Polícia espanhola.
A sentença admite que a única acusação contra Amatria era o facto de ser companheira sentimental de Xabier Rey, que, juntamente com Aurken Sola, foi acusado de ter formado um comando da ETA, mas sem nunca ter chegado a materializar ou a projectar qualquer acção concreta. Foram condenados pela AN espanhola a 26 anos de prisão.
Agora que a absolvição de Araitz e Sergio foi confirmada, o Movimento pró-Amnistia veio denunciar novamente o recurso abusivo à prisão preventiva, que considera uma forma de «sequestro» para os afectados.
Lembra que Amatria disse ter sido torturada durante o período de incomunicação. E acrescenta que os seus advogados pediram por cinco vezes à Audiência Nacional que ambos fossem postos em liberdade, mas sem sucesso.
A Procuradoria pediu oito anos de prisão para ambos. Mas depois do julgamento ficou claro que não existiam razões para os incriminar e encarcerar.
Fonte: Gara / Ver também: ateakireki.com