Bildu Euskal Herria é o nome com o qual se irá apresentar às eleições de Maio a coligação em que se agrupam EA, Alternatiba e cidadãos abertzales e de esquerda que se integram como independentes. Este projecto surge com a intenção de fazer um longo percurso político no conjunto do país.
Os promotores deste projecto soberanista e progressista salientaram que o Bildu nasce com o propósito de «desbravar o caminho» que há-de conduzir Euskal Herria a um cenário de «paz definitiva e democracia real», no qual todos os direitos de todas as pessoas sejam respeitados.
Nem plano oculto, nem plano B
Pello Urizar iniciou a sua intervenção destacando o facto de, embora a sua apresentação ter tido lugar em vésperas de eleições, o Bildu ser fruto de «um longo processo», em que as forças políticas envolvidas subscreveram acordos estratégicos e estabeleceram cumplicidades. Agora, segundo referiu, esses passos serão transferidos «tanto para a política nacional como para as instituições».
«Este nunca foi um plano oculto ou um plano B», afirmou o líder do EA.
Oskar Matute salientou que «esta é uma etapa entusiasmante» e que o Bildu é o resultado «da união entre diferentes» que souberam «juntar forças, juntar organizações e juntar pessoas» para tornar possível uma mudança de valores em todos os aspectos da sociedade.
O porta-voz da Alternativa afirmou que o Bildu não tem uma visão de «curto prazo» e que, dessa forma, encaram as eleições de 22 de Maio como «um ponto de partida».
Bakartxo Ruiz disse que o Bildu constitui uma oportunidade para «determinar a nossa política, a nossa economia e a nossa cultura», com uma agenda própria elaborada em Euskal Herria. A membro da plataforma navarra Herritarron Garaia também aludiu às ameaças que já foram lançadas por Madrid contra o Bildu. Afirmou que «o Estado optou pela fuga para a frente» e que, face a essa atitude, em Euskal Herria «já é hora de encontrar soluções e de que todas e todos sejam vencedores».
Fonte: Gara