sexta-feira, 2 de março de 2012

Pedem a Madrid que assuma uma «atitude construtiva» e ponha fim à perseguição policial e judicial

Algumas das pessoas imputadas no processo contra a D3M e o Askatasuna deram ontem uma conferência de imprensa em Gasteiz, acompanhadas por deputados ou ex-deputados Javier Madrazo, Oskar Matute, Rafa Larreina, Iñaki Ruiz de Pinedo, Tasio Erkizia, Oxel Erostarbe, Mikel Basabe e Jesús Perez de Viñaspre, coincidindo com o terceiro aniversário das eleições autonómicas da CAB, nas quais os tribunais espanhóis vetaram a presença da plataforma e do partido referidos.

Consideraram «bastante grave» o facto de treze pessoas irem a julgamento por terem apresentado à sociedade basca «uma proposta em prol da articulação de um processo de soluções» e da «criação de um quadro democrático para todos os cidadãos» bascos, tendo afirmado que o julgamento que se inicia a 30 de Abril é «um prolongamento da política de ilegalizações, cuja superação definitiva a sociedade basca exige».

«O Estado espanhol continua a responder ao cenário criado no nosso país com uma estratégia de bloqueio, sendo que a sua política se caracteriza pelo imobilismo e pela utilização de velhas receitas repressivas, como a perseguição política e judicial sobre actividades políticas», salientaram.

Afirmaram também que «existe uma maioria social e política que lhe exige uma atitude construtiva perante a oportunidade histórica para a resolução do conflito político».

Para os imputados e deputados, um primeiro passo nessa direcção seria acabar com as «políticas e medidas de excepção», proceder à legalização das organizações políticas ilegalizadas e acabar com a «criminalização e a perseguição policial e judicial de militantes políticos, bem como com os julgamentos políticos». Fonte: Gara

Ver também: «Contrariado, o Governo espanhol vai pagar a Otegi a indemnização decretada por Estrasburgo» (Gara)

«Um juiz acusa Marlaska de não evitar as torturas nem as investigar», de Ion SALGADO - Ramón SOLA (Gara)
Ramón Sáez Valcárcel desmarca-se de uma condenação da Audiência Nacional. O seu voto particular critica o facto de o juiz de instrução, hoje chefe do Penal, não ter oferecido garantias contra os maus tratos, fazendo depois uso dos depoimentos incriminatórios. Beatriz Etxebarria afirmou ter sido violada nessa operação.