domingo, 3 de junho de 2012

Mobilização contra o TGV em Hernani, entre macieiras e escavadoras

A brisa fazia dançar as folhas das macieiras. Árvores e mais árvores que teciam um manto verde, extenso, salpicado de vez em quando pelas quintas que vivem da terra. Não obstante, Hernani e os seus arredores nos últimos meses viram as escavadoras arrasarem parte dessa paisagem de sempre. Por causa das obras do TGV, foram expropriados ao município 9000 metros quadrados de terrenos. No que diz respeito a terrenos particulares, é difícil fazer uma estimativa.

No sábado, a plataforma AHT Gelditu! organizou uma acção de protesto, um cordão humano entre o bairro de Osinaga e o centro de Hernani (Gipuzkoa), em que participaram cerca de 120 pessoas. Durante o percurso, o autarca, Luis Intxauspe, lamentou que as obras já «aqui estejam». «À destruição provocada pelas obras em si há que acrescentar o impacto do ir e vir dos camiões, que passam dezenas de vezes por dia, o ruído, a contaminação...», contou ao Gara.

Intxauspe criticou também a falta de informação das famílias atingidas, e também a da própria Câmara Municipal, acrescentando que «a comunicação flui apenas num único sentido».

A AHT Gelditu! apontou o mesmo. «As obras do TGV prosseguem impunemente, violando completamente a soberania popular e municipal na gestão do território: encontra-se nesta situação o município de Hernani, onde o vale do Urumea e as encostas do maciço Onddi-Adarra estão a ser gravemente atingidos», afirmaram. / Oihane LARRETXEA / Ver: Gara

Ver também: «Crónica da mobilização em Hernani contra as obras do TGV», de AHT Gelditu! elkarlana (boltxe.info)

Gladys del Estal foi assassinada há 33 anos
Tutera * E.H.
Passam hoje 33 anos desde que a Guarda Civil matou Gladys del Estal, numa mobilização antinuclear em Tutera (Nafarroa). O agente José Martínez Salas, depois de a espancar na zona lombar, atingiu-a com um tiro nuca, disparado a poucos centímetros de distância, provocando-lhe a morte quase imediata. O guarda civil foi julgado no dia 14 de Dezembro de 1981 em Iruñea, sendo condenado por imprudência a 18 meses de prisão, que não chegou a cumprir na íntegra.
Herriak ez du barkatuko! Herriak ez du ahaztuko!
O povo não perdoará! O povo não esquecerá!
Fonte: SareAntifaxista