
Quando as autoridades alemãs solicitaram ao Governo de Francisco Franco que determinasse o destino dos prisioneiros, este, por via do seu ministro Ramón Serrano Suñer, respondeu que «não existiam espanhóis» para lá das fronteiras, dando carta branca ao seu extermínio; daí que os republicanos de Mauthausen andassem com o triângulo azul dos apátridas, com um «S» — de Spanier — ao meio.
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A Ahaztuak 1936-1977, dando sequência à sua já longa dinâmica de denúncia do modelo espanhol de impunidade para com os crimes do regime franquista, entre os quais se inclui o supracitado, organizou para este fim-de-semana dois eventos com os quais pretende divulgar este facto, insistir na denúncia da impunidade e, com isso, homenagear Marcelino Bilbo, natural de Alonsotegi (Bizkaia), recentemente falecido, e que foi um dos prisioneiros no campo Mauthausen-Gusen submetidos a brutais torturas e a experiências médicas.
Na sexta-feira, 28 de Fevereiro, terá lugar às 19h30 no Centro Cívico «La Bolsa», na capital biscainha, uma conferência intitulada «Mauthausen-Gusen: triángulo azul», a cargo de Enric Garriga, presidente da associação «Amical Mauthausen», na qual se integram vítimas sobreviventes dos campos nazis de extermínio e seus familiares. No sábado, 1 de Março, a Ahaztuak 1936-1977 irá realizar um acto de homenagem, na Praça da Câmara Municipal de Alonsotegi, às 13h00, a Marcelino Bilbao e a todos os antifascistas e republicanos assassinados em Mauthausen-Gusen, Flussenburg, Sacheshausen, bem como noutros campos. / Ver texto na íntegra: Ahaztuak 1936-1977 via boltxe.info