quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Acosso e perseguições (II)

Continuam a pedir penas de prisão para os 12 jovens que se sentaram na encosta do Labrit
Após a última sessão do julgamento dos doze jovens que se sentaram na via pública como forma de protesto em Maio de 2007, a Procuradoria manteve o pedido de penas de prisão. Os jovens queriam reivindicar a existência de gaztetxes em Iruñea e, quando chegou a sua vez, defenderam a desobediência cívica.

As duas sessões anteriores tinham sido suspensas pela ausência de um polícia espanhol, que devia comparecer na qualidade de testemunha. Na segunda-feira foi de vez, mas por videoconferência. O polícia acusou Luis Fernando Bermejo, natural de Valência que visitava Iruñea pela primeira vez nesse dia 16 de Maio e para quem se pede uma pena de quatro anos de prisão por «desordens públicas» e «atentado à autoridade», de ter participado no protesto e de «ter atravessado um contentor na via pública e arremessado garrafas».
No entanto, a defesa exibiu um vídeo que mostrava que esta pessoa não se encontrava no protesto de desobediência cívica. As outras onze pessoas acusadas reiteraram que desconheciam Luis Fernando Bermejo. Para estes onze, a Procuradoria pede dois anos e meio de prisão, por «desordens públicas».
A defesa pediu a absolvição de todos e os jovens aproveitaram para defender a ideia de que o protesto foi um «acto pacífico de desobediência no qual não se colocou ninguém em risco» e cuja única finalidade era «defender o movimento okupa na capital navarra e mostrar solidariedade a Xabier Errea», segundo afirmou ao Gara uma das acusadas.
«Refeição ligeira» antes da sessão
Para demonstrar o seu repúdio por um julgamento que «nunca devia ter acontecido», a plataforma Iruñerria Piztera Goaz tinha pedido às pessoas que se concentrassem à entrada do tribunal da capital navarra uma hora antes da última sessão se iniciar. Havia ainda a peculiaridade da «refeição ligeira».
A partir das 10h30, quem ali se juntou sacou das sanduíches e das tortilhas, para assim ganhar forças antes da sessão judicial.
Fonte: Gara
Começa em Belfast o processo de extradição de Arturo Villanueva
Começou na segunda-feira em Belfast o processo de extradição contra o exilado político iruindarra Arturo Villanueva, na sequência de um mandado europeu emitido em 2005 pela Audiência Nacional espanhola. Cerca de vinte pessoas concentraram-se no exterior do Tribunal de Langside para manifestar o seu apoio ao jovem navarro. Com o lema «Não extraditem os bascos», participaram no acto, entre outros, o representante político do Sinn Fein no oeste de Belfast, Caoimhín Mac Giolla Mhín, e o advogado Pádraigín Drinan.

Tal como se afirma numa campanha posta em marcha na Irlanda com esse mesmo lema, a ilegalização das organizações juvenis a que Villanueva pertenceu ocorreu depois da sua detenção, em 2001, insistindo-se assim na ideia de que o cidadão basco «não fugiu, mas que abandonou o país porque acreditava que não tinha cometido um crime».
Villanueva foi detido e posteriormente posto em liberdade no dia 22 de Abril deste ano na sua casa de Belfast pela Polícia do Norte da Irlanda, na sequência do mandado europeu emitido pela da Audiência Nacional espanhola em 2005 por não se ter apresentado ao macrojulgamento do «caso Jarrai-Haika-Segi».
O Movimento pró-Amnistia considera que «o juiz deste processo deveria anular o mandado europeu de captura», entre outras coisas porque a Jarrai «não foi considerada 'terrorista' até 2007». [ASSINA A PETIÇÃO!]

Em Euskal Herria, entretanto, pelos direitos dos presos políticos bascos na segunda-feira concentraram-se 70 pessoas em Ondarroa, 76 em Zaldibia, 95 em Santurtzi, 52 em Laudio, 42 em Iurreta, 35 em Errekalde, 29 em Altza, 28 em Berango, 20 em Zaldibar, Ordizia e Ataun, 18 em Astigarraga, 15 em Bermeo e em Añorga, e 12 em Legorreta.
Fonte: Gara