quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Asel Luzarraga, um autor à sua sorte


O autor escrevia artigos em meios de comunicação anarquistas e publicava obras em língua basca em editoriais independentes.
Unai Aranzadi * E.H.
Será que alguém em Espanha sabe que um jovem autor e defensor da liberdade de expressão no Pen Club internacional está há meses detido em terra mapuche por um crime que jamais pôde ter cometido? Não. Porquê? Porque não é um autor da Planeta, tertuliano do Vocento nem rapaz da PRISA. Assim, somos todos iguais para os construtores de opinião político-empresariais?, para esses colunistas, editores e empresários que defendem a constituição quando e como querem? Obviamente, não.

Se tivessem acusado Pérez Reverte, Vargas Llosa ou Muñoz Molina de «terrorismo» por uma acção cometida no Chile quando andavam aos pintxos entre Bermeo e Durango, não falariam sobre este escândalo as organizações de liberdade de expressão do sistema, os órgãos de comunicação comerciais e até os representantes políticos?

Enfim, por cá acontece como com o caso Egunkaria ontem e Egin hoje. Quase ninguém se envolve minimamente, até que a tempestade passe, e se mantenha no poleiro. Que País!
Fonte: SareAntifaxista
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Adenda: Entretanto, ontem à noite o Berria divulgou a notícia de que o escritor e tradutor Asel Luzarraga tinha sido condenado a uma pena de 220 dias de prisão pela Justiça chilena. Como se dá o caso de Luzarraga já ter permanecido 250 dias detido, encontra-se livre, por conseguinte. A sentença foi conhecida ontem às 22h00 (hora de Euskal Herria), 16h00 no Chile.