quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Euskal Memoria cataloga e reabilita 474 vítimas mortais da repressão


A iniciativa popular Euskal Memoria apresentou o seu primeiro grande trabalho de documentação: uma compilação sobre as vítimas da repressão, em todas as suas formas, no período compreendido entre 1960 e 2010.
Gara, Donostia * E.H.
Um ano depois de ver a luz, a iniciativa popular Euskal Memoria apresentou o seu primeiro grande trabalho de documentação.
Em concreto, recolheu informação sobre as vítimas da repressão, em todas as suas formas, no período compreendido entre 1960 e 2010. A maior novidade e o dado que mais chama a atenção é o facto de se terem catalogado 474 vítimas mortais, o que representa um número bastante superior aos que eram apresentados até ao momento.

A apresentação da obra, que será distribuída aos promotores da Euskal Memoria e estará também na Feira de Durango, teve lugar em Donostia e contou com a presença de dezenas de pessoas ligadas de forma muito próxima à realidade da repressão: Itziar Aizpurua, Periko Solabarria, Elías Antón, Mattin Troitiño, entre outros. Joxean Agirre, coordenador da obra, destacou que é necessário recuperar a realidade destas vítimas, ocultada ou silenciada pelo Estado até agora, se se quiser avançar em direcção à resolução política do conflito.

A função do trabalho serve propósitos essencialmente divulgativos, mas não se esconde o desejo de que venha a servir para uma futura Comissão da Verdade. A Euskal Memoria salienta que este é apenas o primeiro passo e que a obra deve continuar a ser ampliada. O acto de apresentação coincidiu com a presença do relatório sobre as vítimas por motivos políticos encomendado pelo Governo de Lakua, mas Agirre fez questão de sublinhar que se tratou de uma mera coincidência. Aproveitou a ocasião para realçar o facto de que a fundação respeita absolutamente todas as vítimas das diversas violências, mas julga inaceitável que estas 474 vítimas sejam excluídas de qualquer iniciativa institucional.

Na apresentação interveio também o cantautor navarro Fermin Balentzia, que cantou o tema dedicado a Germán Rodríguez, vítima do assalto policial aos Sanfermines de 1978.

Sare Info:
http://sareantifaxista.blogspot.com/2010/11/liburua-gernikako-seme-alabak-durangoko.html

Fonte: SareAntifaxista

Quanto à apresentação do relatório sobre «vítimas por motivos políticos» no Parlamento de Gasteiz, ver:
«Los grupos del Parlamento de Gasteiz se muestran dispuestos a trabajar para reconocer a las víctimas de la violencia estatal» (Gara)

«Seudo informe sobre 'víctimas de motivación política', parcial e interesado, con una clara intencion de pasar pagina ya, para no montar mucho ruido» (Sare)

«Valoración del documento sobre víctimas presentado por el Gobierno Vasco» (ezkerabertzalea.info)