Amigos e amigas de Euskal Herria, o povo basco atravessa um momento histórico, encontra-se às portas de uma eventual mudança política e necessita da vossa solidariedade.
Na sequência dos movimentos da esquerda independentista, com uma estratégia renovada que se baseia em meios pacíficos e políticos e aposta na acumulação de forças de esquerda e soberanistas, também outros sectores soberanistas estão a dar passos juntamente com a esquerda independentista para se alcançar a resolução do conflito basco, de que é exemplo o Acordo de Gernika (http://www.ezkerabertzalea.info/irakurri.php?id=6012). Para além disso, a comunidade internacional também se está envolver, de forma a encontrar uma saída negociada para o conflito, como o demonstra a Declaração de Bruxelas (http://www.gara.net/agiriak/20100329_declr_firm.pdf). Neste sentido, e como contributo para os passos que foram dados, a organização armada ETA declarou um cessar-fogo permanente, geral e verificável pela comunidade internacional.
Ao invés, o Governo espanhol e o Governo francês responderam com mais repressão aos movimentos do independentismo basco e ao apelo da comunidade internacional: grandes operações contra o movimento juvenil, detenções de advogados e activistas pró-direitos humanos, endurecimento das penas e condições de vida das presas e dos presos políticos, criminalização da solidariedade para com os perseguidos políticos, proibindo inclusive a exibição das suas fotografias, etc. E, claro, a operação contra a organização internacionalista Askapena e o encarceramento de cinco militantes internacionalistas. Dois dados bastante esclarecedores: 262 detenções e 45 denúncias de tortura só entre Outubro de 2009 e Dezembro de 2010.
No entanto, o desejo de liberdade, democracia e paz de um povo organizado não se podem ilegalizar nem encarcerar. No contexto político actual, em que a única violência que se exerce em Euskal Herria é a violência dos Estados espanhol e francês, fica mais claro que nunca quem quer solucionar o conflito político e quem não quer. Os Estados espanhol e francês são muito frágeis no terreno da política e dos direitos, e não se atrevem a fazer frente pelas vias exclusivamente políticas ao desejo da maioria da sociedade basca: o direito a decidir o seu próprio futuro. Daí a sua aposta na continuidade da opressão e da repressão.
Apesar das ilegalizações, dos macro-julgamentos e detenções, o povo basco voltou a assumir a iniciativa para alcançar uma resolução justa e duradoura do conflito político. É por tudo isto que, neste contexto e após a criminalização do internacionalismo basco, agora mais que nunca, lançamos um apelo a todos os amigos e amigas de Euskal Herria em todo o mundo e a todas as organizações que estejam a favor do direito à livre determinação dos povos e contra a restrição de direitos civis e políticos no sentido de realizarem actos de solidariedade durante a Quinta Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria, de 7 a 19 de Fevereiro.
Pedimos-vos, em especial, que defendam o direito à autodeterminação do povo basco e a legalização da esquerda independentista basca, e que denunciem a violação de direitos civis e políticos que se vive em Euskal Herria; daí o lema deste ano:
Direitos civis e políticos para o povo basco, AUTODETERMINAÇÃO JÁ!
Askapena, Janeiro de 2011
Fonte: askapena.org
Na sequência dos movimentos da esquerda independentista, com uma estratégia renovada que se baseia em meios pacíficos e políticos e aposta na acumulação de forças de esquerda e soberanistas, também outros sectores soberanistas estão a dar passos juntamente com a esquerda independentista para se alcançar a resolução do conflito basco, de que é exemplo o Acordo de Gernika (http://www.ezkerabertzalea.info/irakurri.php?id=6012). Para além disso, a comunidade internacional também se está envolver, de forma a encontrar uma saída negociada para o conflito, como o demonstra a Declaração de Bruxelas (http://www.gara.net/agiriak/20100329_declr_firm.pdf). Neste sentido, e como contributo para os passos que foram dados, a organização armada ETA declarou um cessar-fogo permanente, geral e verificável pela comunidade internacional.
Ao invés, o Governo espanhol e o Governo francês responderam com mais repressão aos movimentos do independentismo basco e ao apelo da comunidade internacional: grandes operações contra o movimento juvenil, detenções de advogados e activistas pró-direitos humanos, endurecimento das penas e condições de vida das presas e dos presos políticos, criminalização da solidariedade para com os perseguidos políticos, proibindo inclusive a exibição das suas fotografias, etc. E, claro, a operação contra a organização internacionalista Askapena e o encarceramento de cinco militantes internacionalistas. Dois dados bastante esclarecedores: 262 detenções e 45 denúncias de tortura só entre Outubro de 2009 e Dezembro de 2010.
No entanto, o desejo de liberdade, democracia e paz de um povo organizado não se podem ilegalizar nem encarcerar. No contexto político actual, em que a única violência que se exerce em Euskal Herria é a violência dos Estados espanhol e francês, fica mais claro que nunca quem quer solucionar o conflito político e quem não quer. Os Estados espanhol e francês são muito frágeis no terreno da política e dos direitos, e não se atrevem a fazer frente pelas vias exclusivamente políticas ao desejo da maioria da sociedade basca: o direito a decidir o seu próprio futuro. Daí a sua aposta na continuidade da opressão e da repressão.
Apesar das ilegalizações, dos macro-julgamentos e detenções, o povo basco voltou a assumir a iniciativa para alcançar uma resolução justa e duradoura do conflito político. É por tudo isto que, neste contexto e após a criminalização do internacionalismo basco, agora mais que nunca, lançamos um apelo a todos os amigos e amigas de Euskal Herria em todo o mundo e a todas as organizações que estejam a favor do direito à livre determinação dos povos e contra a restrição de direitos civis e políticos no sentido de realizarem actos de solidariedade durante a Quinta Semana Internacional de Solidariedade com Euskal Herria, de 7 a 19 de Fevereiro.
Pedimos-vos, em especial, que defendam o direito à autodeterminação do povo basco e a legalização da esquerda independentista basca, e que denunciem a violação de direitos civis e políticos que se vive em Euskal Herria; daí o lema deste ano:
Direitos civis e políticos para o povo basco, AUTODETERMINAÇÃO JÁ!
Askapena, Janeiro de 2011
Fonte: askapena.org