sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A Lau Haizetara Gogoan faz queixa de Azkuna por manter a simbologia franquista em Bilbo

A Lau Haizetarra Gogoan apresentou hoje uma queixa no Tribunal de Contencioso Administrativo de Bilbo para que o Município bilbaíno seja obrigado a cumprir a Lei da Memória Histórica de 2007.

A Lau Haizetara Gogoan, coordenadora que reúne diversos colectivos memorialistas e organizações históricas, apresentou hoje num tribunal de Bilbo uma queixa contra a Câmara Municipal da capital biscainha pelo facto de esta não cumprir a Lei 52/2007 (conhecida como «Lei da Memória Histórica»), mantendo em edifícios e ruas diversos elementos (escudos, placas, monumentos, etc.) que contribuem para a exaltação do regime franquista e dos seus responsáveis.

Na conferência de imprensa que representantes da Lau Haizetara Gogoan deram depois de apresentarem a queixa, referiram-se aos seguintes elementos: passeio dedicado a Rafael Sánchez Mazas, fundador da Falange Espanhola e ministro da ditadura nos anos de maior intensidade repressiva; monumento no Cemitério Municipal de Bilbo (situado em Derio) aos «Caídos por Dios y por España», ou seja, aos que morreram apoiando a sublevação militar de 18 de Julho de 1936; símbolo de exaltação franquista (águia imperial) no edifício das Finanças da Praça Moyua; Praça de Touros da Vista Alegre; numerosas placas do Ministério da Habitação franquista que incluem simbologia característica da ditadura, como o jugo e as flechas falangistas.

O cumprimento da Lei 52/2007 é obrigatório, pois sobrepõe-se a qualquer regulamento que a Câmara Municipal possa criar sobre esta matéria. Passados cinco anos sobre a aprovação da lei, a edilidade não agiu por iniciativa própria, tendo mesmo o autarca, Iñaki Azkuna, manifestado publicamente que não faz tenção de levar a cabo qualquer iniciativa nesse sentido. Para abordar esta questão, a Lau Haizetara Gogoan tentou, por diversas vezes, reunir-se com representantes municipais, e o silêncio foi a única resposta. / Fonte: SareAntifaxista

Ver também: «Familiares de fuzilados reclamam ao Parlamento uma Lei de Memória Histórica para Nafarroa» (naiz.info)
A Associação de Familiares de Fuzilados de Nafarroa pediu ao Parlamento foral que se envolva «a fundo» no «fim de um drama que atinge a nossa história e os nosso presente» e aprove uma Lei de Memória Histórica.