A associação de familiares e amigos dos presos políticos bascos lamentou, numa nota, a atitude de alguns políticos e órgãos de comunicação, bem como a impunidade que têm para os «agredir e insultar» a eles, enquanto familiares e amigos.
Numa nota, a Etxerat denunciou a «dura campanha» lançada por certos meios de comunicação contra os presos a quem tinha sido aplicada a doutrina 197/2006 e que têm estado a ser libertados na sequência da decisão tomada por Estrasburgo sobre essa doutrina. Sublinham que os presos estão a ser alvo de um seguimento «asfixiante, constante e ilícito». «Que procuram com toda esta situação? Qual é o objectivo disto tudo?».
Na nota, a Etxerat recorda que os presos que estão a sair da cadeia o fazem por seu direito, que viram os seus direitos fundamentais violados e que «muitos deles passaram cinco, sete, nove anos sequestrados na cadeia, quando já deviam estar em liberdade há muito». E recorda que, apesar de a sentença de Estrasburgo ser clara, «há ainda 23 presos bascos sequestrados na cadeia», a «cumprir uma pena que não é sua», em função da aplicação da Doutrina Parot.
Por outro lado, a Etxerat refere-se em particular ao que se passou nos últimos dias e sobretudo ontem na prisão de Puerto I (Andaluzia), considerando «inaceitáveis» as ameaças, as agressões e os insultos que os familiares e amigos dos presos tiveram de suportar.
«Aproveitam-se da nossa condição de familiares e amigos para assumirem uma atitude agressiva contra nós, mas não há direito! Os nossos familiares e amigos estão cá fora por direito próprio, e nós estamos e estaremos com eles; mas basta! Não podemos continuar a aceitar esta situação e que as pessoas que nos agridem e insultam tenham toda a impunidade para o fazer». / Ver: Berria e etxerat.info (eus / cas)
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Doutrina Parot: a Etxerat denuncia o «acosso total» aos presos que estão a ser libertados
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