Milhares de estudantes manifestaram-se hoje em Hego Euskal Herria em defesa de um ensino público e de qualidade. Nas capitais, as mobilizações foram organizadas conjuntamente pelos colectivos Ikasle Abertzaleak, Ikasle Ekintza, Eraldatu e Gazte Komunisten Kolektiboak. Confrontados com a aprovação da LOMCE, os estudantes de esquerda uniram-se para rejeitar a reforma de Wert, que qualificam de «fascista».
Nas mobilizações de Gasteiz e Bilbo, a Ertzaintza tentou evitar a passagem dos estudantes e conter os protestos, segundo denunciaram os manifestantes. Em Bilbo, alguns estudantes que participaram nos protestos fizeram saber que a Polícia carregou sobre os manifestantes e que alguns jovens foram encostados à parede durante cerca de meia hora, sendo identificados e ficando assim até os deixarem ir embora.
[De acordo com o Berria, dois estudantes foram identificados à passagem da manifestação pela sede nacional do PNV (Sabin Etxea) e, quando alguns quiseram afixar cartazes contra a reforma educativa no local, a Polícia disparou para o ar para os dispersar.]
As acções de protesto tiveram início ontem no campus de Gasteiz (UPB) e no da Univ. Pública de Nafarroa, em Iruñea, onde grupos de estudantes se encerraram e passaram a noite.
Para além das mobilizações nas capitais, a Ikasle Abertzaleak convocou para todo o País Basco Sul uma jornada de luta. / Mais informação e muitas fotos: topatu.info
Sindicatos denunciam campanha de intoxicação e manipulação da direita navarra para esconder a realidade
Na sequência da publicação do artigo «Guardia Civil alerta a Interior que la izquierda abertzale intenta controlar la educación» no Diario de Navarra (15/11/2013), LAB, STEE-EILAS e ELA emitiram um comunicado em que denunciam a «especial gravidade» do seu conteúdo, pois faz-lhes lembrar as «listas negras» e as «purgas» do franquismo nas escolas.
Os sindicatos consideram uma «aberração jurídica e moral» propor que alguns professores devam ser vigiados, acusando-os de «doutrinamento no desempenho das suas funções pedagógicas», e afirmam que «doutrinamento é aquilo que propõem o PP e a UPN na LOMCE», uma lei «reaccionária e nacional-católica».
Poucas horas depois da publicação do artigo, a chefe do Executivo, Yolanda Barcina, efectuou declarações no mesmo sentido, o que leva os sindicatos a afirmar que se está perante «uma campanha perfeitamente planificada pela dupla Diario de Navarra-UPN».
Para os sindicatos, «esta intoxicação grosseira» é uma tentativa de esconder a realidade: a oposição à política de cortes pela maioria da sociedade navarra, a imposição da LOMCE ou a incapacidade do Governo de Navarra para responder às verdadeiras necessidades dos cidadãos».
Contudo, esta «manobra de distracção e manipulação não conseguirão travar a mobilização social» em defesa de uma educação pública de qualidade, afirma-se no comunicado. / VER: LAB Sindikatua
VER TAMBÉM: «A Guarda Civil investiga 1652 professores navarros para encontrar "ligações pró-etarras"» (naiz.info)
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Milhares de estudantes em luta por um ensino público de qualidade no País Basco Sul
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