No sábado passado, 9, a Plataforma de Madrid Contra los Juicios Políticos a Euskal Herria, apoiada pela Red Solidaria Antirrepresiva, levou a cabo um acto público em Madrid, que foi apresentado pelo actor Carlos Olalla e no qual participaram a advogada Begoña Lalana, Amaia Elkano, jovem arguida no julgamento contra a Segi (processo 26/11), e Floren Aoiz, ex-deputado foral e arguido no julgamento relacionado com o Batasuna, HB e EH (processo 35/02).
Begoña Lalana, a voz mais técnica no acto, falou da pressão mediática que é exercida sobre a opinião pública e que conduz à criação de noções confusas, erradas, dando como exemplo aquilo que rodeou o caso de Inés del Río, que foi posta em liberdade depois de o Tribunal de Estrasburgo ter anulado a Doutrina Parot. Disse que, da parte do sector que mais se opôs a essa libertação, se chegaram a ouvir declarações a defender a saída do Estado espanhol do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Lalana, especialista em Direito Penal, salientou ainda a insegurança jurídica provocada na sociedade devido às constantes alterações no Código Penal, motivadas, muitas vezes, por interesses políticos.
Baseando-se na sua experiência, Amaia Elkano realçou a importância da acção contra estes julgamentos em que os arguidos são acusados pela sua militância política. Falou das torturas que muitos deles sofreram, depois de terem ficado incomunicáveis. A jovem de Nafarroa destacou ainda o trabalho dos muros populares em Euskal Herria, como forma de proteger e reivindicar o direito à militância.
Por seu lado, Floren Aoiz, além de se referir ao processo em que está a ser julgado por questões políticas, também falou de um novo tempo em Euskal Herria, e defendeu um novo paradigma na relação entre as esquerdas, no qual prevaleçam a solidariedade, o respeito e os acordos para travar o processo de involutivo do Estado. / Ver: askapena.org
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Crónica da conferência contra os julgamentos políticos, em Madrid
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