Alguns jovens processados no sumário Jarrai-Haika-Segi que saíram em liberdade nas últimas semanas – Ugaitz Elizaran, Gartzen Garaio e Garikoitz Etxeberria ‘Kafe’ – ofereceram uma conferência de imprensa em Bilbau juntamente com Jon Telleria, representante dos jovens independentistas.
Jon Telleria quis dar as boas-vindas aos jovens que agora estão em liberdade e enviar um abraço solidário aos jovens independentistas que continuam presos e a todos os presos políticos bascos.
«O retrato de hoje mostra de certa forma que o fim último da repressão, o de interromper a sucessão geracional no momento de aderir à luta, fracassou», disse, para acrescentar que «a prova desse fracasso está em que milhares de jovens independentistas permanecem comprometidos hoje em dia com a luta em prol da independência e do socialismo».
Por seu lado, Ugaitz Elizaran afirmou “ter consciência de que muitos milhares de companheiros em Euskal Herria passaram pelo mesmo que nós, de que são muitos os que conhecem as garras do Estado espanhol, as prisões do inimigo e o que representa toda a sua crueza”. Mas acrescenta que também saíram, como todos aqueles “que conhecemos, com o orgulho de ter pertencido ao colectivo de presos políticos bascos e com tudo o que isso implica de orgulho e de aprendizagem”.
«Essa repressão busca atingir determinados fins e o objectivo das nossas detenções era que acabássemos com o nosso compromisso, que nos arrependêssemos. Hoje viemos aqui para dizer que o nosso compromisso continua vigente e é igual ao do primeiro dia», tendo ainda sublinhado que “viemos corroborar o nosso compromisso na luta pela independência e o socialismo, na luta por uma Euskal Herria livre, e na luta por uma sociedade verdadeiramente livre».
«Por trabalhar pelos direitos da juventude com um objectivo independentista, qualquer um pode ser logo acusado de pertença a grupo armado, como nos fizeram a nós. Pertença a grupo armado sem armas”, denunciou.
Jon Telleria voltou a tomar a palavra para lembrar a situação de todos os jovens que são “obrigados” a ir até à Audiência Nacional, como “os 22 de Oarsoaldea ou os doze de Iruñea, ou ainda Ijurko”.
Para finalizar, fizeram um apelo à juventude para que se junte ao voto rebelde da D3M, para que adira a essa campanha e para que lute e trabalhe no dia-a-dia face a “este circo eleitoral mediático que nos pretendem vender como se fosse um exercício normalizado de democracia; vamos mostrar que Euskal Herria não está à venda”.
Fonte: Gara