quarta-feira, 12 de abril de 2006

Solidariedade com Carlos Marabuto

Segundo vários órgãos de comunicação social, "a PSP comunicou ao Ministério Público, «como medida de cautela», a existência de uma montra com propaganda da organização terrorista basca ETA num centro comercial de Aveiro, disse hoje à agência Lusa fonte policial.

O comandante da Divisão de Aveiro da PSP, comissário Sérgio Loureiro, declarou que «a PSP já está informada da situação e fez a respectiva comunicação ao Ministério Público, como medida de cautela».

«As pessoas são livres de manifestarem o apoio político que entenderem, mas a ETA está ligada a actividades puníveis por lei, pelo que as actividades daquela organização são naturalmente seguidas», adiantou o comissário da PSP.

A existência de uma montra com cartazes e mensagens escritas em basco, de propaganda daquela organização, é revelada na edição de hoje do semanário local «O Aveiro».

O jornal entrevistou o arrendatário do espaço comercial, um ex- emigrante português que esteve radicado no País Basco durante 22 anos, que confessa ter ali participado em várias iniciativas de apoio à ETA e ao ilegalizado partido Herri Batasuna.

O ex-emigrante Carlos Marabuto, em declarações àquele jornal, considera que as mensagens de propaganda «em nada infringem a legislação nacional» e argumenta que «em Portugal a ETA não pode ser considerada uma organização terrorista porque nunca atentou contra o Estado português».

A loja situa-se no último andar do Centro Comercial OITA, numa zona com pouco movimento, e encontra-se encerrada e tapada com papel de cenário, tendo na montra cerca de meia centena de mensagens de propaganda coladas, entre panfletos, fotografias, desenhos, bandeiras e autocolantes.

Recentemente e antes da colocação da propaganda da ETA na montra, a PSP já havia apreendido ao ex-emigrante português um autocolante daquele movimento."

em Portugal Diário; TVI; Online News

A Constituição da República Portuguesa prevê a solidariedade com a insurreição dos povos contra todas as formas de opressão. Carlos Marabuto não fez mais que expressar a sua profunda solidariedade para com um povo que sofre e luta diariamente para ser livre.