quinta-feira, 30 de abril de 2015

Iruñea manifesta-se contra o julgamento que começa segunda-feira em Madrid

Dez jovens de Iruñerria [Comarca de Pamplona] começam a ser julgados segunda-feira, 4 de Maio, na Audiência Nacional espanhola. O Iruñerriko Herri Harresia agendou para este sábado uma mobilização de protesto contra os julgamentos políticos e para reclamar a absolvição destes jovens, acusados de pertencer à Segi e para quem o MP pede 10 anos de prisão.

A manifestação «ruidosa» começa às 18h00 no Parque Antoniutti, onde se juntam duas colunas provenientes de Barañain-Donibane (Cinemas Golem) e de Iturrama-Arrosadia (bunker), explicou Maider Caminos, do Muro Popular da Comarca de Pamplona. Maider disse ainda que, sempre que houver sessões de julgamento, se realizarão concentrações frente à Delegação do Governo espanhol na capital navarra (10h00-12h00) e que nos dias 4 e 11 de Maio também haverá concentrações frente à sede do PP.

Mikel Marin, Iker Aristu, Diego Octavio, Iker Araguas, Ibai Azkona, Oihan Ataun, Mikel Beunza, Iñaki Marin, Gorka Sueskun e Mikel Flamarike foram detidos entre Setembro e Novembro de 2008 e, pese embora terem denunciado as torturas que padeceram, foram encarcerados. Sete deles foram libertados passados poucos meses, depois de pagarem «fianças milionárias». Iker Araguas, Iñaki Marin e Ibai Azkona ainda continuam na cadeia.

Um dos jovens, Oihan Ataun, referiu que «se vão sentar no banco dos réus por causa da sua militância no movimento juvenil», e negou ao tribunal de excepção «qualquer legitimidade para julgar o trabalho da juventude basca, de ontem ou de hoje». Por seu lado, Maider Caminos, destacou o facto de 44 navarros poderem vir a ser encarcerados pela sua actividade política e considerou «escandaloso» o facto de o Governo espanhol «continuar a perseguir, julgar e encarcerar pessoas pelas ideias que defendem e pela militância política». / Ver: Berria e HerriHarresia

Askapena: «Responderemos com mais internacionalismo»

A Askapena levou a cabo um acto político, em Zarautz (Gipuzkoa), no dia 25 de Abril [a Revolução dos Cravos não foi esquecida], para agradecer a solidariedade e o apoio recebidos, a nível nacional e internacional, depois de, em Fevereiro, o Ministério Público espanhol ter solicitado a ilegalização da organização internacionalista basca e pedido penas de prisão efectiva para cinco dos seus membros. No vídeo, apresenta-se um resumo do acto político [versão longa aqui]. O texto com as intervenções dos membros da Askapena pode ser consultado em topatu.info ou Borroka Garaia Da. [Em baixo, um excerto.]
«Egun hauetan Jesus Valenciak idatzi duen "Askapena ya ha sido juzgada" artikuluak, internazionalismoarentzat erreferente bat den Cuba, eta Fidelen "La historia me absolverá" alegatu famatua ekarri dizkigu gogora:

"A medida que se desarrolló el juicio, los papeles se invirtieron: los que iban a acusar salieron acusados, y los acusados se convirtieron en acusadores."

Ez dira inor gu epaitzeko. Ez dugu beraien baimenik behar internazionalistak izateko. Haiek nahi dutenaren kontra, internazionalismoak Euskal Herriaren eraikuntza nazional eta sozialaren oinarrietako bat izaten jarraituko du. Estatu inperialisten aurrean, internazionalismoak herrion arteko xamurtasuna izaten jarraituko du.»

Jornada de trabalho «gigante» para dar mais vida ao Errekaleor

Auzolan pode traduzir-se como trabalho comunitário, trabalho conjunto. Para dia 2 de Maio foi agendada uma jornada deste tipo no bairro Errekaleor, em Gasteiz, com o objectivo de melhorar as suas condições, conhecer melhor este espaço «rebelde» que está a resistir às investidas do capitalismo e promover o envolvimento da juventude.

Apesar de lhes terem cortado a luz, os habitantes do Errekaleor - tanto os que ali vivem há anos como os jovens que ocuparam prédios nos últimos anos - querem continuar a construir o bairro. No próximo sábado, as pessoas devem juntar-se às 9h00 na praça para lhes serem atribuídas tarefas, a desenvolver em quatro áreas: dar vida ao espaço do gaztetxe; arranjar o espaço de ensaios de música; continuar a trabalhar na horta; e dar alguma cor às paredes do bairro, pintando murais.

O almoço popular é às 15h00; às 17h30, haverá uma «caça ao tesouro» pelo bairro; à noite, serão distribuídas sandes e haverá actuações musicais com a banda Bidelapurrak e o DJ Puck. Há espaço para acampar. / Ver: topatu.info e GazteIraultza

António Santos: «Racismo e revolta no apartheid americano»

o desemprego entre os afro-americanos da maior cidade de Maryland situa-se nos 42 por cento (11 por cento à escala nacional) e a mesma percentagem vive abaixo do limiar da pobreza. No entanto, há vários aspectos em que a situação está pior: o processo de deslocalização da indústria pesada permitiu a redução dos salários na cidade e estimulou a tendência para a segregação racial dos bairros num puzzle unido pelo terror das forças policiais.
Em Baltimore, a polícia é todos os anos alvo de quase 500 acusações de brutalidade e racismo. Porém, apesar de desde 2011 as forças policiais terem sido condenadas por mais de 100 crimes graves, quase nenhum agente foi preso (CIG)

«Primero de mayo, dulce amor olvidado», de Amparo LASHERAS (boltxe.info)
Éstas ideas han aparecido en artículos de debate donde las alternativas se muestran todavía difusas, inconcretas, o proceden de sectores empresariales, progresistas sí, pero empresariales. Y yo que soy desconfiada con el capital casi por naturaleza, se me ocurren muchos argumentos críticos, inspirados en el convencimiento de que, en la lucha de clases de este presente tan alborotado, el sindicato de clase sigue siendo una cuestión vital, un arma a perfeccionar, pero necesaria.

Todos ao Primeiro de Maio


VER: MANIFESTO e PROGRAMA de comemorações da CGTP-IN

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Duas pessoas julgadas em Iruñea por protestarem contra o TGV

Ambos se acorrentaram aos mastros das bandeiras no varandim da Deputação Foral navarra, a 9 de Novembro de 2013; protestavam contra o TGV e apoiavam os tartalaris que iam ser julgados na AN por terem «merengado» a presidente do Governo navarro, Barcina. Acusados de «resistência» e de «desobediência grave», um enfrentava um ano de cadeia e o outro oito meses. A defesa pediu a absolvição de ambos.

O advogado de defesa considerou que os réus não desobedeceram e que não mostraram resistência. Esta noção foi vincada pelo visionamento de um vídeo da acção de protesto no decorrer do julgamento, que desmontou a tese da acusação segundo a qual ambos os réus «tinham resistido à autoridade durante a detenção», refere a plataforma Mugitu. A fragilidade da acusação foi ainda reforçada pelas divergências entre os agentes da Polícia Foral nos seus depoimentos, acrescenta.

O Mugitu recorda que, pelo simples facto de terem assistido a este protesto, 33 pessoas foram depois multadas [eufemismo para «roubadas»] no valor de 450 euros pela Delegação do Governo PP em Nafarroa. Hoje, os opositores ao TGV foram apoiados por 20 pessoas no exterior da Audiência Provincial. / Ver: mugitu e Berria

Mugitu: AHTrik ez! Tartalariak aurrera!Vídeo da acção de protesto em Iruñea. [Não ao TGV! Força, tartalaris!]

Recepção calorosa em Bilbo a Eider Uruburu, ontem libertada

A bilbaína Eider Uruburu saiu ontem de manhã, 28, da cadeia parisiense de Fresnes, depois de ter cumprido cinco meses de pena. À tarde, foi calorosamente recebida na Alde Zaharra [Parte Velha] por amigos, familiares e conterrâneos.

Eider foi detida a 21 de Novembro último, quando ia assistir ao julgamento do preso político Aletxu Zobaran, seu companheiro - que ainda conseguiu ver. Foi acusada de violar a proibição de entrada em território francês.

Em Janeiro de 2010, a bilbaína foi detida no Estado francês e, acusada de pertencer à ETA, foi julgada e condenada em 2013. No ano seguinte, a 22 de Maio, foi libertada, sendo-lhe então imposta a proibição de entrar em território francês. / Ver: uriola.info e naiz

«Toca-a-rufar» pelos presos e refugiados em GasteizNa segunda-feira à noite, véspera do dia de São Prudêncio (padroeiro da capital alavesa), um grupo de jovens participou numa «gazte danborrada» [toca a rufar juvenil] a favor dos presos e dos refugiados políticos bascos. A iniciativa, que percorreu algumas ruas da cidade, inseriu-se na dinâmica «Denak Ala Inor Ez» [ou todos ou ninguém]. A reivindicação da amnistia para os prisioneiros bascos esteve bem presente. / Ver: GazteIraultza

Iñigo Cabacas e Aitor Zabaleta homenageados no dérbi

Disputou-se ontem, em Bilbo, o dérbi entre o Athletic e a Erreala. Antes do jogo, centenas de apoiantes das duas equipas participaram num cortejo de homenagem aos dois «hintxas» bascos assassinados, que também não foram esquecidos nas bancadas de San Mamés. Já no relvado, os jogadores de ambas as equipas também se associaram à homenagem.

Por volta das 21h00, centenas de pessoas partiram da Kirruli elkartea em direcção à Av. Sabino Arana, atrás de uma faixa com a inscrição «Cabacas, Zabaleta. Beti gogoan. Herria zuekin». Mesmo antes do início da partida, jogadores do Athletic e da Erreala vestiram camisolas com imagens de Cabacas e Zabaleta, acompanhas pelo lema «Beti gogoan».
Recorde-se que Iñigo Cabacas morreu em Abril de 2012, depois de ser atingido por uma bala de borracha disparada por um ertzaina. Zabaleta, por seu lado, foi assassinado em Madrid, em 1998, por neonazis da Frente Atlético. / Ver: uriola.info e SareAntifaxista

Também em Dublin se realizou uma concentração para recordar os dois adeptos bascos. / Ver: El Norte de Irlanda

Cecilia Zamudio: «Crime de Lesa Humanidade: a UE quer as riquezas de África, mas não as pessoas»

O recente naufrágio em que mais de 900 migrantes africanos perderam a vida no estreito da Sicília é mais um trágico episódio de uma infindável sucessão de tragédias semelhantes. A UE e a dita «comunidade internacional» choraram as habituais lágrimas de crocodilo. Tentam ocultar a sua criminosa responsabilidade neste desesperado êxodo, que resulta directamente da rapina das riquezas africanas e da sistemática agressão imperialista. (odiario.info)

«A 40 años de la reunificación: Vietnam, el nombre de la victoria», de Carlos AZNÁREZ (Resumen Latinoamericano)
Como todo pueblo que reivindique su dignidad y autoestima, ese hoy recordado año 40 del triunfo contra el imperialismo norteamericano, surge de una larga historia de combates y sufrimientos. «Nada que tenga que ver con la emancipación popular se logra sin sacrificios», supo decir el inolvidable patriota vietnamita Ho Chi Minh, y eso se convirtió en una máxima defendida con uñas y dientes por sus leales seguidores.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Novamente exigida a libertação de Zulueta e Enparantza, advogados na cadeia

Numa conferência de imprensa hoje realizada na capital biscainha, representantes do grupo de interlocução do EPPK e o advogado Alfonso Zenon exigiram a libertação dos também advogados e membros do grupo Arantza Zulueta e Jon Enparantza, que, disseram, se encontram na cadeia desde Janeiro de 2014 «sem qualquer fundamentação jurídica» e sim «por razões políticas».

Zenon explicou que tanto Zulueta como Enparantza estão há um ano e quatro meses na prisão sem terem sido julgados e que isso constitui «um verdadeiro escândalo jurídico», na medida em que foram detidos em 2010 e, antes de saírem em liberdade condicional, ambos estiveram encarcerados (Zulueta dez meses e Enparantza oito), tendo sido então acusados do mesmo que agora - «coordenar e controlar o colectivo de presos EPPK» e ter realizado tarefas de mediação com esse grupo. «Os direitos e as garantias básicas do processo penal são espezinhados», disse, referindo que, com a soma dos dois processos, Zulueta está há mais de dois anos em prisão preventiva.

Actualmente, Enparantza está preso em Alcalá e Zulueta encontra-se na cadeia de Estremera, onde a sua situação é «especialmente grave», denunciou Alfonso Zenon: é sujeita a «um brutal regime de isolamento» e a «inspecções integrais absolutamente desproporcionadas e arbitrárias». Para o advogado, Zulueta e Enparantza «encontram-se sequestrados e são bodes expiatórios» de um Governo «que pretende fazer naufragar qualquer acção em prol da resolução do conflito» e que pode «fabricar provas ou aplicar engenharia jurídica para os continuar a manter na prisão». / Ver: naiz e Berria

Trabalhadores respondem ao apelo d'«A Internacional» tocada na txalaparta

A poucos dias do 1.º de Maio, o LAB editou um vídeo com uma versão inédita d'«A Internacional», realizada pelo grupo Hutsun Txalaparta Taldea a pedido do sindicato. No vídeo, trabalhadores individuais respondem ao apelo da txalaparta para se juntarem ao colectivo, à organização, ao sindicato. «A força do Povo Trabalhador reside nesta passagem do individual para o colectivo, experimentada por milhões de trabalhadores e trabalhadoras de todo o mundo», afirma o LAB.Numa nota, o sindicato LAB recorda que nasceu em 1975 nos territórios bascos sob dominação espanhola (Araba, Bizkaia, Gipuzkoa e Nafarroa) para lutar pela libertação social e nacional do Povo Trabalhador basco e que, a partir de 2000, passou também a defender os trabalhadores nos territórios sob dominação francesa (Lapurdi, Nafarroa Beherea e Zuberoa). Sobre o vídeo, diz que foi gravado em vários lugares de Nafarroa e que as últimas imagens dizem respeito à Gaztelu Plaza de Iruñea, capital do Estado navarro até ser conquistada militarmente por Castela, em 1512, e capital do Estado Socialista Basco por que o LAB luta.

Recordando que a letra original d'«A Internacional» foi escrita em francês, em 1871, por Eugène Pottier, que Pierre Degeyter a recuperou e musicou, que foi o hino da União Soviética nos 25 anos que se seguiram à Revolução de Outubro, o LAB afirma que esta é a canção mais cantada do movimento operário, o hino dos/as trabalhadores/as de todo o mundo, cantado em dezenas de línguas, como o euskara. Nesta versão do grupo Hutsun, a linguagem da madeira e da pedra unem-se para formar a melodia tão conhecida, «que é uma homenagem à classe trabalhadora do mundo inteiro». / Ver: LAB e ahotsa.info

BorrokaGaraia: «A cuestas con la solución»

No me gustaría ver a partes concretas de este pueblo gestionando la represión, legitimando a la policía o formando parte de ella mientras no se han resuelto las problemáticas del primer párrafo. No me gustaría que se aspirara a convertirse en carceleros buenos de los hijos e hijas de este pueblo, ni de las capas sociales vascas más castigadas que son las que llenan las cárceles junto a los que luchan contra la injusticia. [...] Los presos volverán a casa cuando hagamos la suficiente fuerza para traerlos, no porque se den nuevos pasos en el patio de la cárcel que tiene unas dimensiones fijas, la paz con justicia se abrirá paso cuando la autodeterminación no sea ya un derecho violentado. (BorrokaGaraiaDa)

«28 de Abril, Día Internacional del Derecho a la Salud y Seguridad en el Trabajo» [eus/cas], Elkartzen (boltxe.info)
Las clases dominantes están haciendo de la precariedad un modo de opresión generalizado, donde el objetivo es aumentar la acumulación de beneficios a costa de nuestra salud con la aparición de nuevas enfermedades laborales, y aumento de las causadas por el estrés, ansiedad, adiciones, etc., como consecuencia de una alta presión psíquica contenida en los nuevos diseños de organización y dirección, que conducen hacia la competitividad y el individualismo dentro de las propias relaciones entre trabajadores y a asumir de forma individual, problemas que son colectivos, como los ERES y los despidos.

«Até à Vitória Final», de João VILELA (resistir.info)
Porque a luta não era, e esta verdade cumpre recuperá-la e reafirmá-la sempre, contra a casca fascista da dominação de classe, deixando intacto o miolo abjecto da exploração capitalista. Ninguém morreu em Cabo Verde, ninguém foi espancado em Caxias, ninguém foi forçado a sair de Portugal, ninguém sofreu os horrores da tortura para que homens e mulheres continuassem a ser esmagados, a temer o despedimento, a calar opiniões para o patrão não ouvir, a viver na condição de gente de baixo, de gente esmagada, de gente oprimida. Lutava-se ferozmente contra o fascismo, sim – porque o fascismo era o método de que o capital se servia para oprimir o povo.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Jaiki Hadi alerta para aumento de entraves à assistência médica nas prisões

Membros da associação Jaiki Hadi deram uma conferência de imprensa em Bilbo, no sábado passado, na qual chamaram a atenção para o agravamento do estado de saúde de vários presos bascos gravemente doentes e para «os obstáculos e proibições» que enfrentam quando lhes querem prestar assistência médica e psicológica. A médica Mati Iturralde referiu que esta situação é consequência da operação levada a cabo pela AN espanhola contra alguns dos membros da associação. As restrições são mais graves quando muitos dos pacientes que tratam têm idade avançada e estão há longos anos na cadeia.

Os membros da Jaiki Hadi afirmaram que, para além dos 11 casos conhecidos de presos bascos gravemente doentes - Txus Martín, Ibon Iparragirre, Josetxo Arizkuren, Garikoitz Arruarte, Inma Berriozabal, José Miguel Etxeandia, Iñaki Etxeberria, Ibon Fernández, Aitzol Gogorza, José Ramón López de Abetxuko e Jagoba Codó -, há mais três prisioneiros com doenças muito graves, mas que preferem manter no anonimato.

Fernando Arburua e Oihana Barrios, visados pela operação da AN espanhola, manifestaram especial preocupação com três casos alarmantes: o do basauritarra Txus Martín, o do ondarrutarra Ibon Iparragirre e o do lasartearra Ibon Fernández Iradi. Sobre o caso de Txus, afirmaram que a «esquizofrenia se agravou dramaticamente no último ano» e que detectaram erros administrativos «repetidos» na administração do seu tratamento farmacológico. Sobre Ibon Iparragirre, afirmaram que o seu estado imunológico é muito frágil, assim como o estado neurológico e físico, e que é evidente o risco de a sua doença conhecer um desenvolvimento fatal. Ibon Fernández Iradi, que sofre de esclerose múltipla, aguarda que um tribunal tome uma decisão sobre a sua libertação, a 7 de Maio.

Tendo em conta estes casos e os entraves colocados à assistência médica aos prisioneiros, várias plataformas que defendem os direitos dos presos gravemente doentes convocaram uma jornada de mobilização para 16 de Maio nas localidades de onde são naturais os presos cuja situação é mais séria. / Ver: naiz e Berria

Amigo do preso Oier Lorente sofre acidente no regresso da visita

O acidente rodoviário, ocorrido no domingo, é o terceiro deste ano relacionado com a política de dispersão. O amigo do preso político basco Oier Lorente regressava da visita na cadeia de Dueñas (Palência, Espanha) quando a viatura derrapou e saiu da via. O condutor encontra-se bem, mas o carro sofreu danos consideráveis.

Oier Lorente, donostiarra acusado de pertencer à Segi e condenado a seis anos de cadeia, foi detido no Aske Gunea de Donostia, em Abril de 2013. Como foi encarcerado na prisão de Palência, os seus familiares e amigos têm de percorrer 620 quilómetros cada vez que o vão visitar. [Entretanto, a Etxerat revelou que, também este domingo, um amigo da presa burlatarra Maria Lizarraga teve um acidente no regresso da visita à cadeia de Villena (Alicante).] / Ver: argia

O lasartearra Juankar Balerdi, libertado
Depois de passar 26 anos na cadeia, Balerdi foi libertado ontem, segundo revelou a Etxerat. Encontrava-se na prisão de Huelva (Andaluzia). Em 2003, quando estava na cadeia de Almeria, sentiu quão cruel pode ser a criminosa política de dispersão: a mãe, Argi Iturralde, e o irmão, Iñaki Balerdi, faleceram num acidente rodoviário quando o iam visitar (a 28 de Fevereiro de 2003). / Ver: Berria

Gilberto López y Rivas: «A 70 años del triunfo contra el fascismo»

la historiografía imperialista se ha encargado de propagar una imagen tergiversada sobre las causas que provocaron la segunda guerra mundial, pretendiendo colocar la responsabilidad en la psicopatía de un individuo. [...] Hoy como ayer, los causantes de la guerra son los capitalistas, los monopolios que lucran con la muerte de millones, las corporaciones productoras de armamento, las sociedades anónimas que invierten en el pingüe negocio de la guerra. Socios alemanes, ingleses, franceses y estadounidenses se beneficiaron por igual con la matanza de los pueblos. (lahaine.org)

«O Trotsky de Padura, Danton e a Revolução», de Miguel URBANO RODRIGUES (odiario.info)
O mais recente livro do escritor cubano Leonardo Padura tem sido largamente promovido, com numerosas edições em castelhano, português e outras línguas. O jornal «Público» consagrou três páginas ao livro e ao autor. O livro tem valor literário. Mas o que obviamente justifica este entusiasmo é que o autor abomina – é a palavra – o socialismo e o comunismo. Embora não o afirme explicitamente nos seus livros, põe os seus personagens a falar por si. [Em castelhano: lahaine.org]

Dia de Nafarroa: apesar do tempo, houve festa em Baigorri

Celebrou-se ontem, pela 36.ª vez, o Dia de Nafarroa em Baigorri (Nafarroa Beherea), e, como é habitual, a festa, a animação e a reivindicação andaram de mãos dadas. A Basaizea elkartea preparou um programa para o dia todo, mas sem ajuda nenhuma do tempo.

De manhã cedo, a Câmara Municipal recebeu os eleitos (entre eles, representantes da Udalbiltza) no castelo de Etxauz. Na sua mensagem, a Basaizea elkartea defendeu a cultura e os símbolos bascos. Ao longo do dia, o programa incluiu um almoço a favor da ikastola, exposições, grupos de dança, sessões de bertsos e concertos. / Ver: naiz e Berria + suplemento

Larrain dantza [Eskunabarrak] [Vídeos: Dança, bertsos, mensagem / Canto, música, danças]

domingo, 26 de abril de 2015

Maiatzaren Lehena / Primeiro de Maio: comunicados e mobilizações

«En Bilbo, contra el capitalismo. Maiatzak 1 egin»
Hay que demostrar que la única manera de defender nuestros derechos es ejerciéndolos. Este primero de Mayo hagamos notar en las calles nuestra rabia, nuestro enfado y señalemos a los Estados español y francés y a la burguesía vasca como representantes de los intereses imperialistas en Euskal Heria, y por lo tanto, enemigos estructurales de nuestra lucha. [Subscrevem: Ikasle Abertzaleak, BUIA, Elkartzen, Uribarritzen, Zirikatzen, Askapena, Komite Internazionalistak, Boltxe, Kitzikan, Reconstrucción Comunista, Sare Antifaxista, Burdinezko gerrikoa] / Ver: lahaine.org [cas/eus]

LAB: «Langileok Borrokan: Euskal Herria aldaketa bidean»
[Trabalhadores em luta. EH no caminho da mudança] El ataque a la clase trabajadora no cesa. Tanto en nuestro puesto de trabajo como en la calle nos quieren en silencio y con las manos atadas, nos quieren sin derechos. A día de hoy el sistema financiero y las multinacionales son las que deciden las políticas a seguir, han desregulado el mercado laboral; han convertido la precariedad, el desempleo y la pobreza en epidemia. De no ser por la lucha de la clase trabajadora, el capital camparía a sus anchas aplicando la ley del más fuerte abocando a la clase trabajadora a la miseria.Hoy la lucha sindical es más necesaria que nunca. / Ver: boltxe.info [cas/eus]
«M1 | Matxinatuen eskola burutzeko Urbinara martxa antolatu du Arabako Gazteak Altxak»
Urtero bezala, Langileon Nazioarteko eguna dugu ospatzekoa arabako gazteok datorren Maiatzaren lehenean. Aurten ere, langile eta gazte borrokarekiko gure konpromezua berretsi eta urratsez urrats ukatutako eskubieen aldeko borrokan irautea erabaki dugu. / Ver: GazteIraultza [eus]

Depois do ataque, a Askapena ganhou uma «brigada de apoio»

Depois do ataque à organização internacionalista basca - em Fevereiro, o Ministério Público solicitou a sua ilegalização e pediu penas de seis anos de prisão para cinco dos seus militantes -, a Askapena lançou uma campanha a pedir solidariedade. Ontem, num acto realizado em Zarautz (Gipuzkoa), apresentou o resultado dessa campanha.

E apoio foi coisa que não faltou. Foram muitas as organizações bascas a manifestá-lo, assim como, a nível internacional, organizações e indivíduos de muitos países latino-americanos, como a Argentina, o Uruguai, o Brasil, o México, o Chile, a Venezuela, entre outros. Também chegou de África e, no que à Europa diz respeito, de diversas partes do Estado espanhol, do Estado francês, da Irlanda, da Itália, de Portugal (onde duas associações e 40 pessoas apoiaram o manifesto internacionalista).

Uma representante da Askapena tomou a palavra para agradecer todo o apoio recebido, sublinhando que «o que na realidade se está a defender é este povo e a necessidade do internacionalismo». A Gabi Basañez, Aritz Ganboa, Walter Wendelin, Unai Vázquez e David Soto, que correm o risco de ir parar à prisão, disse-lhes que «estavam orgulhosos deles» e que eles «não estão sozinhos». [Maite zaituztegu.] / Ver: boltxe.info e Berria / Mais info e fotos: askapena.org

Jovens que levaram ikurriña para o txupinazo de 2010 condenados a 10 anos e 10 meses

O Supremo Tribunal espanhol (ST) indeferiu os recursos da Procuradoria e dos arguidos e confirmou a sentença decretada pela Audiência Provincial - com uma novidade: exime a Câmara Municipal de Iruñea da responsabilidade civil nas lesões do jovem ferido.

Koldo Sánchez, acusado de ter atirado a garrafa que feriu gravemente um jovem madrileno, foi condenado a três anos e seis meses de prisão. Os demais arguidos, acusados de «desordens públicas», são condenados a penas mais baixas: um ano e quatro meses para Sergio Cañamero e Asier Huarte; um ano e dois meses para Bordat Arrizibita, Aitor Idiazabal, Jesús Barkos e Unai Ruiz; vários dias de localização permanente e multas para mais cinco jovens.

Em primeira instância, a Audiência Provincial considerava a Câmara Municipal de Iruñea como responsável civil subsidiária, por falta de vigilância, permitindo assim que houvesse garrafas no chão durante o txupinazo. O advogado que representa o Município recorreu e o ST considerou fundamentado o protesto, passando a responsabilidade civil e o pagamento de mais de 350 000 euros para a parte acusada.

Ao eximir a Câmara Municipal de qualquer responsabilidade nos incidentes, o ST dá o aval à violenta acção policial, ao uso de bastões extensíveis e ao incumprimento da ordenação relativa à existência de garrafas no espaço. Nos próximos dias, os condenados darão uma conferência de imprensa para falar sobre a sentença.

Carga policial contra a ikurriña [Sanferminak 2010]Ver: ahotsa.info

Gernika, bombardeada pelos fascistas há 78 anos

Gernika, símbolo das liberdades bascas, foi bombardeada e arrasada pela Legião Condor alemã e a Aviação Legionária italiana a 26 de Abril de 1937. Para recordar o ataque fascista e homenagear as suas vítimas, a Câmara Municipal e a Gernika Batzordea, entre outras entidades, promoveram diversas iniciativas.

Às 15h45, hora em que se iniciou o ataque que reduziu Gernika a escombros, a vila emudeceu durante quatro minutos. O silêncio dos muitos gernikarras parados nas ruas só foi rompido pelo som das sirenes e dos sinos que, «naquele dia», anunciaram a chegada dos aviões das forças fascistas.

O Município de Gernika-Lumo, para além de depositar flores junto à escultura do jornalista britânico George Steer - cujas crónicas sobre o ataque aéreo deram a conhecer ao mundo o que se passou na localidade biscainha -, entregou os Prémios Gernika pela Paz e Reconciliação ao secretário-geral da Frente Polisário e presidente da República Árabe Saarauí Democrática, Mohamed Abdelaziz, e ao médico e doutor em Psicologia Social Carlos Martin Beristain, que nas últimas três décadas trabalhou com vítimas de vários conflitos.

Para às 19h00, está marcado o início da peça de teatro popular Gernika Garretan, que irá materializar, em diversas zonas da vila, imagens do bombardeamento dos fascistas e das suas terríveis consequências; para as 21h00, está agendada uma manifestação silenciosa.

Homenagem a Gernika, em 2012 Pelo canal comunitário venezuelano TatuyTV. [Outro vídeo: Gernikako bonbardaketa] / Ver: SareAntifaxista e busturialdea.hitza

Ver: «Gernika 1937-2015» [Fotos e poema] (BorrokaGaraiaDa)

sábado, 25 de abril de 2015

Jovens ocupam fábrica para denunciar precariedade em Sakana

Cerca de 20 jovens ocuparam de forma simbólica a fábrica da empresa Recindsa, em Altsasu (Nafarroa), para denunciar a situação de precariedade que se vive na comarca de Sakana. Com esta acção, que se insere na campanha «Fora com o regime», os jovens sublinharam que são os mais afectados pelo encerramento de empresas, pela política de baixos salários e pela «negligência» do Governo navarro, apoiado pelos «socialistas»; face a isto, defenderam a necessidade de «organização e luta» para se construir alternativas.

Tendo em vista as mobilizações do 1.º de Maio, fizeram um apelo aos jovens da comarca navarra para que não fiquem em casa «acomodados como o sistema patriarcal e capitalista quer» e se mobilizem pela possibilidade de «estudarem, trabalharem e viverem em Sakana», pela «construção de um país socialista».

Ocupação de fábrica em Sakana Ver: ahotsa.info e topatu.info

Iñaki Gil de San Vicente: «El 1 de Mayo entre la historia y el futuro»

En este contexto de larga duración el sindicalismo revolucionario, sociopolítico, debe aprovechar la conmemoración del 1 de mayo para masificar la reflexión obrera y popular sobre al menos tres cuestiones que han cobrado decisiva trascendencia en la lucha por el socialismo y contra el capitalismo mundializado. Una y la más inmediata y urgente es parar en seco la ofensiva antiobrera y recuperar todo lo arrebatado; otra es fortalecer la alianza estrecha entre el sindicalismo sociopolítico, los movimientos populares y sociales, y las organizaciones revolucionarias para extender la lucha de clases a todas las realidades del país; y la última es recuperar la noción de urgencia del socialismo, es decir, de acabar con el sistema salarial. (Agencia Bolivariana de Prensa)

Ángeles Díez: «A função dos meios de massas é fabricar o consentimento da exploração»

«O que é o jornalismo?». «Pode existir uma imprensa livre?». Tendo estas questões como fio condutor da sua exposição, no dia 25 de Março, a socióloga e politóloga Ángeles Díez abordou, no âmbito das jornadas organizadas em Tarragona (Catalunha) pela revista Espineta amb Caragolins, a função desempenhada na sociedade contemporânea pelos grandes meios de comunicação. / Ver: Canarias Semanal via lahaine.org [texto em castelhano]


La socióloga Ángeles Díez desentraña el papel de los grandes medios de comunicación from La primera a la izquierda on Vimeo.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Agentes sociais anunciam campanha e manifestação nacional contra o TGV

Diversas organizações sociais e sindicais exigiram ontem, 23, em Bilbo a paralisação das obras de construção do TGV e apelaram aos cidadãos para que se mobilizem contra este «absurdo». Para dia 13 de Junho, em Donostia, agendaram uma manifestação nacional, que será precedida por acções e mobilizações em vários pontos do País Basco Sul. A campanha terá como lema «Parem o TGV agora! Basta de desperdício! Vamos decidir entre todos!».

Em conferência de imprensa, Maitane Arri, da Ekologistak Martxan, e Urtzi Ostolozaga, do sindicato LAB, leram um manifesto em que se exige «a paralisação imediata das obras do TGV» e que as «verbas orçamentais atribuídas a este faustoso projecto se destinem às necessidades mais prementes da sociedade, como a saúde, a educação, a habitação e os serviços sociais». Para além disto, propõem a realização de um «debate técnico, social e político, bem como um processo participativo de informação e decisão popular sobre esta infra-estrutura», para se decidir o que fazer.

Mikel Alvarez, da AHT Gelditu! Elkarlana, e Iñaki Mariskurrena, da Atxondoko AHT Gelditu!, revelaram as várias actividades programadas no âmbito da campanha: duas semanas informativas, de 4 a 10 e de 25 a 30 de Maio; mesas-redondas e debates descentralizados; uma marcha de montanha (com almoço e acto político) a 30 de Maio em Atxondo (Bizkaia). Todas estas iniciativas irão culminar na manifestação agendada para 13 de Junho (17h30, Alderdi Eder). / Ver: topatu.info / Vídeo e manifesto: lahaine.org

O preso Zigor Ruiz foi libertado

O iruindarra foi detido em Sheffield (Inglaterra) em 2007. Esta manhã, saiu da cadeia de Herrera de la Mancha (Ciudad Real), onde cumpriu os últimos anos de pena.

Ruiz, pamplonês do bairro de Errotxapea, foi detido em Inglaterra, em 2007, com mais duas pessoas, todas acusadas de pertencer à ETA e extraditadas para o Estado espanhol no ano seguinte.

A AN espanhola condenou-o a seis anos de prisão no âmbito do processo contra as organizações juvenis da esquerda abertzale, Jarrai-Haika-Segi, e a mais dois por falsificação de documento. Ao longo dos anos, sentiu na pele a política de dispersão e familiares seus sofreram um acidente rodoviário em 2011. / Ver: ahotsa.info e Berria

XABIER ARRUTI REGRESSOU A LAZKAO
Proveniente da Venezuela, depois de ter estado 36 anos fora do seu país, o refugiado político Xabier Arruti chegou ontem à tarde a Euskal Herria. Era esperado por familiares e amigos, que seguiram com ele para Lazkao (Goierri, Gipuzkoa). Aqui, foi recebido de forma calorosa, com flores e um aurresku [dança tradicional basca].

Recorde-se que no dia 22 de Março de 2014, num acto celebrado em Arrangoitze (Lapurdi), membros do Colectivo de Refugiados Políticos Bascos (EIPK, na sigla em basco) manifestaram a intenção de regressar a Euskal Herria. Na ocasião, afirmaram que «era tempo de dar passos em prol da resolução do conflito» e que «também eles queriam encarar o futuro de Euskal Herria com entusiasmo e esperança». «Para que mais ninguém tenha de fugir da sua terra», disseram. / Ver: goierri.hitza

Borroka Garaia: «Sobre nacionalismo y unidad de acción entre la clase trabajadora española, francesa y vasca»

Insolidaridad, limpieza étnica, radicalidad, extremismo... terrorismo, eso es el nacionalismo para el imperialismo. Aunque en realidad simplemente lo digan así para cubrirse las espaldas y que en sus estados opresores se siga oprimiendo nacionalmente. Nada más y nada menos. (BorrokaGaraiaDa)

«A alternativa estratégica que a classe obreira galega necessita», de Carlos MORAIS (Diário Liberdade)
Do seu êxito dependerá a impostergável reorganizaçom e impulso que necessita o movimento de libertaçom nacional galego, para assim poder desenvolver com coerência a luita de classes, único método de defesa da classe obreira, das camadas populares e da Pátria perante as agressons do capitalismo espanhol e da UE.

«Há 40 anos o heróico povo vietnamita derrotava a invasão imperialista norte-americana», de Resumen Latinoamericano (odiario.info)
A libertação de Saigão (hoje Cidade Ho Chi Minh) em 30 de Abril de 1975 deu o remate final à prolongada luta, plena de sacrifícios e façanhas gloriosas, do povo vietnamita pela reunificação nacional. Na ocasião do 40.º aniversario da histórica efeméride, a Agencia Vietnamita de Noticias (VNA) divulga o seguinte breve resumo das mais importantes campanhas desenvolvidas pelas forças patrióticas de 4 de Março a 30 de Abril de 1975.

25 de Abril sempre

O Povo vencerá!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Sindicatos sublinham a «grande» adesão à greve no Osakidetza

Os sindicatos SATSE, ELA, LAB, SME-FFHH, CCOO, UGT e ESK mostraram-se satisfeitos com a adesão à greve no serviço de saúde público da CAB, iniciada na quarta-feira às 22h00 por um período de 48 horas. Denunciaram os serviços mínimos «abusivos» decretados pelo Governo de Lakua para «boicotar» a greve, bem como outras estratégias atentatórias do direito à greve.

Ao meio-dia, cerca de 300 trabalhadores concentraram-se frente ao Hospital Santiago, em Gasteiz, 200 em Donostia, frente ao Departamento da Saúde em Gipuzkoa, e 400 à entrada do Hospital de Gurutzeta/Cruces, em Barakaldo (Bizkaia). Reivindicaram «emprego digno» e, face às declarações do conselheiro da Saúde, sublinharam que não estão a reclamar aumentos salariais, mas melhores condições de trabalho e a defender o emprego.

Mais de 30 mil trabalhadores estão abrangidos pelo pré-aviso de greve. Representantes sindicais afirmaram que a adesão estava a ser «importante» e que se notava uma diminuição de actividade nos centros de saúde e hospitais, pese embora a estratégia de «boicote» assumida pela Administração do Osakidetza, tanto na comunicação social como no interior dos hospitais (com o agendamento de operações para hoje, a substituição de trabalhadores em greve, a imposição de trabalhadores a mais em locais onde deviam funcionar apenas serviços mínimos para tornar obrigatório o atendimento não urgente, o recurso a estudantes de Medicina, etc.).

Os sindicatos acusaram a Administração do Osakidetza de querer que «os trabalhadores ponham fim à luta sem dar nada em troca» e garantiram que tal não vai acontecer. A recuperação do emprego «destruído» nos últimos anos, a diminuição da carga laboral, a eliminação da discriminação salarial entre trabalhadores, a recuperação de «todos os acordos incumpridos» pelo Osakidetza são algumas reivindicações que os trabalhadores querem ver negociadas. / Ver: Berria, naiz e argia / Nota do LAB

Manifestação a 2 de Maio contra o julgamento de dez jovens de Iruñerria

O muro popular de Iruñerria [Comarca de Pamplona] agendou uma «manifestação ruidosa» para dia 2 de Maio, em protesto contra o julgamento de dez jovens de Iruñerria na AN espanhola. «Queremos mostrar a indignação e o mal-estar que sentimos perante estes julgamentos e a perseguição incessante», afirmam os promotores da iniciativa. A mobilização começa às 18h00 no Antoniutti parkea, em Iruñea, sob o lema «Oiçam-nos. Não aos julgamentos políticos!».

Acusados de pertencer à Segi, os dez jovens navarros podem apanhar dez anos de cadeia. Trata-se de Mikel Marin, Iker Aristu, Diego Octavio, Iker Araguas e Ibai Azkona (do bairro de Iturrama), Oihan Ataun, Mikel Beunza e Iñaki Marin (do bairro de Arrosadia), Gorka Sueskun (do bairro de Donibane) e Mikel Flamarike (de Barañain). Foram todos detidos entre Setembro e Novembro de 2008, acusados de ser da Segi e, apesar de terem denunciado as torturas que padeceram, foram encarcerados. A maior parte saiu da cadeia passados poucos meses, depois de pagar muitos milhares de euros em fianças. Sete anos volvidos, serão julgados no tribunal de excepção espanhol; nos dias 4, 5, 6, 7, 11 e 12 de Maio.

Mais julgamentos, sentenças
A sentença de dezasseis «dos 28» deve estar para sair; oito jovens e Periko Solabarria serão julgados a 28 e 29 de Maio, depois de terem sido incriminados pela participação no acto político celebrado no festival Gazte Danbada, em 2013; deve seguir-se o julgamento de cinco militantes da Askapena; e em Novembro começa o julgamento do Batasuna, da ANV e do PCTV. / Ver: topatu.info e ahotsa.info

Néstor Kohan: «Aproximaciones al marxismo» [livro]

Reexamen de las antiguas propuestas pedagógicas del marxismo en sus diferentes tendencias e intento de desarrollar una nueva introducción al marxismo desde Nuestra América.

Incorporando una guía de preguntas abiertas para trabajar con colectivos populares, un diccionario de categorías marxistas, una cronología histórica y varios otros materiales de estudio y debate. [Obra completa aqui.] (lahaine.org)

«10 Libros para descargar de Eduardo Galeano», de TeleSUR (BorrokaGaraiaDa)
El escritor y periodista uruguayo, Eduardo Galeano, falleció el pasado 13 de abril a los 74 años en Montevideo (capital uruguaya). Galeano está considerado como uno de los más destacados escritores de la literatura latinoamericana.

Em Donostia, homenagem ao Exército Vermelho no 70.º aniversário da Vitória

A «VESTA», associação de falantes de russo e russófilos, e o Comité de Solidariedade Euskal Herria-Donbass promovem, na capital guipuscoana, a celebração do 70.º aniversário da Vitória do Povo Soviético contra o nazi-fascismo na Grande Guerra Patriótica (1941-1945). As comemorações de 9 de Maio incluem uma manifestação, um acto político e uma homenagem no Boulevard donostiarra.

«A homenagem aos soldados caídos e sobreviventes nesta guerra será extensível aos lutadores antifascistas bascos e às vítimas de uma derrota que hoje pesa. Em suma, honraremos a memória dos combatentes antifascistas de ontem, de hoje e de sempre», afirmam os promotores numa nota.

O convite a participar nesta celebração é endereçado a todas as pessoas e organizações que «consideram importante manter acesa a chama da memória antifascista», para que a Humanidade possa viver livre do fascismo. / Ver: boltxe.info

A propósito de antifascistas e de Grande Guerra PatrióticaPelo Coro do Exército Vermelho.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Segundo acidente do ano com familiares de presos bascos, no regresso de Alicante

Três familiares dos presos políticos bascos Ismael Berasategi, Gotzon Aranburu e Lorentxo Aiestaran sofreram um acidente rodoviário, o segundo do ano relacionado com a criminosa política de dispersão. Os ocupantes da viatura encontram-se bem.

Foi a Etxerat que divulgou o caso. No sábado passado, dia 18, ao fim da tarde, no regresso da cadeia de Villena, em Alicante (Países Catalães), a viatura em que seguiam os familiares dos presos chocou contra uma raposa que atravessou a auto-estrada, a sete quilómetros de Tutera. Os ocupantes saíram ilesos, mas o carro ficou bastante danificado. A cadeia de Villena fica a 720 quilómetros de Euskal Herria.

É o segundo acidente provocado pela política de dispersão este ano. No dia 4 de Abril, um amigo do preso Adur Fernandez sofreu um acidente em Tolosa, no regresso da cadeia de Valhadolide. O ano passado foram dez.

«Até quando? Até voltar a acontecer um acidente com consequências mais graves?», pergunta a Etxerat, que exigiu o fim imediato da política de dispersão dos presos políticos bascos. / Ver: Berria e etxerat.info 1 e 2

Dois opositores ao TGV julgados em Iruñea dia 29

Dia 29, decorre na capital navarra mais um julgamento de opositores ao TGV. Desta vez, trata-se de duas pessoas acusadas de «resistência à autoridade e desobediência», que podem apanhar um ano e oito meses de cadeia. O movimento mugitu! agendou uma concentração de protesto (e de apoio aos arguidos) para as 12h15, frente ao tribunal.

Os factos ocorreram em Novembro de 2013 [notícia aqui], quando dois activistas se acorrentaram aos mastros das bandeiras no varandim da Deputação de Nafarroa em protesto contra o TGV e para apoiar os tartalaris que iam ser julgados na Audiência Nacional espanhola, na sequência da acção de «adoçamento» das ventas da «presidenta» do Governo navarro, Barcina. [Vídeo]

Recorde-se que 33 pessoas foram multadas em 450 euros pela Delegação do Governo espanhol pelo simples facto de estarem a observar a acção de protesto referida. Há cerca de um mês, levou-se a cabo uma campanha para denunciar esta onda de multas. / Ver: mugitu!

MANIFESTAÇÃO EM TAFALLA DEFENDE COMBOIO CONTRA TGV
Cerca de 2000 pessoas participaram no domingo, 19, na manifestação convocada pela plataforma Zona Media por el Tren em defesa do comboio como principal transporte de longa distância para a região navarra conhecida como Zona Media ou Erdialdea.

Na Praça de Navarra, representantes da plataforma reivindicaram, em euskara e castelhano, a melhoria do actual sistema ferroviário navarro e a manutenção da estação ferroviária de Tafalla, que seria eliminada com a construção do TGV. Em 2014, afirmaram, esta estação foi local de partida ou de chegada para 40 691 pessoas e a utilização do transporte ferroviário cresceu 25%.
No que respeita à construção do TGV, disseram que na Zona Media ninguém pode defender esse «projecto absurdo entre Castejón e Campanas», pois impede que se melhore a via existente e isola o território do resto de Nafarroa e do mundo. / Ver: ahotsa.info e naiz

Jesús Valencia: «Askapena ya ha sido juzgada»

Este internacionalismo autóctono, sin más fuerza que sus arraigadas convicciones, nació con la descomunal pretensión de cambiar el mundo y en esas sigue. Humilde pero peleón. Siempre buscando confluencias con gentes de cualquier sitio empeñadas también en acabar con el capitalismo criminal: mil pueblos y una misma lucha. Hombro con hombro y mano con mano, unidos en el empeño por construir un mundo de personas libres y pueblos soberanos. (BorrokaGaraiaDa)

«Guardia Zibila: Euskal Herriak ez zaituzte nahi, ez zaituzte behar», de Amnistiaren aldeko eta errepresioaren aurkako mugimendua (lahaine.org)
Hilketak, torturak, okupazioa, mehatxuak, kontrolak, jazarpena, bahiketak, gerra zikina, beldurra… Hori da Guardia Zibilak Euskal Herriari eskaini dion bakarra. Guardia Zibila ejertzitoaren parte den heinean argi eta garbi esan dezakegu Espainiak Euskal Herria militarki okupatuta mantentzen duela

«Dizer mal dos ciganos não tem mal», de Lúcia GOMES (manifesto74)
Portanto, para os Tribunais, o grave não é o animus narrandi que leva a afirmações destas: são pessoas malvistas socialmente, marginais, traiçoeiras, integralmente subsídio-dependentes de um Estado (ao nível do RSI, da habitação social e dos subsídios às extensas proles) e a quem «pagam» desobedecendo e atentando contra a integridade física e moral dos seus agentes e obstaculizando às suas acções em prol da ordem, sossego e tranquilidade públicas. Não, o grave é que alguém se recuse a aceitá-las como normais e decorrentes da hiperbolização e afirme que são afirmações racistas, xenófobas, indignas, inadmissíveis e reaja contra elas.

Todos na rua para defender Abril

As comemorações populares do 41.º aniversário da Revolução dos Cravos ocorrem em todo o País. Vamos lá!

O desfile na Avenida da Liberdade, em Lisboa, tem início marcado para as 15h00. O Povo vencerá!
«A Liberdade», de António SANTOS (manifesto74)
A Liberdade fez ecoar nos salões dos palácios as novas e as velhas canções da guerra das classes. Cantou o Acordai nas ruas, interrompeu o primeiro-ministro com a Grândola, Vila Morena e incomodou, como sempre desde sempre, os ricos de todas as partes do mundo.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Xabier Alegria, jornalista do «Egin» e do «Egunkaria», foi libertado

Xabier Alegria, preso político basco de Lezo (Gipuzkoa), foi libertado esta manhã, depois de ter cumprido sete anos e meio de pena no âmbito do processo 18/98, na parte relativa ao Egin. Foi detido por quatro vezes e passou quase onze anos na cadeia. Hoje, à saída da prisão de Puerto III (Cádis), a cerca de mil quilómetros de Euskal Herria e onde passou quatro anos e meio isolado, tinha amigos e familiares à espera.

Xabier Alegria Loinaz foi detido e encarcerado pela primeira vez em 1998, no âmbito do ataque fascista ao diário Egin; passou um ano na cadeia. Em 2000, voltou a ser detido e encarcerado, desta vez no processo contra o Ekin; foi libertado em Junho do ano seguinte. A 20 de Fevereiro de 2003, foi detido quando do ataque fascista ao jornal Euskaldunon Egunkaria; afirmou ter sido brutalmente torturado.

Na cadeia, de onde sairia em Dezembro de 2004, foi incriminado no processo contra a Udalbiltza, mas seria absolvido, tal como o foi no processo do Egunkaria. A 30 de Novembro de 2007, foi detido no âmbito do processo 18/98 e seria condenado a 12 anos e nove meses pelo Supremo Tribunal espanhol. / Ver: Berria e naiz

Jovem condenado a um ano de prisão por participar no Aske Gunea de Donostia

O Tribunal de Donostia condenou um jovem a um ano de cadeia por participar no Aske Gunea organizado na capital guipuscoana, em Abril de 2013, para impedir as detenções de oito jovens acusados de pertencer à Segi (condenados a seis anos de prisão) e de Ekaitz Ibero (absolvido dessa acusação, mas condenado a quatro anos num outro processo).

No dia 10 de Abril de 2013, a Ertzaintza deteve em Donostia o jovem Ekaitz Ibero, para cumprir uma pena de quatro anos de cadeia. Nesse dia, cerca de cem pessoas juntaram-se à volta de Ekaitz, no Boulevard donostiarra, para dificultar a sua detenção - que veio a concretizar-se, depois de a Ertzaintza «intervir».

Agora, um jovem foi acusado pelo tribunal de «desordens públicas e desobediência grave» por tentar impedir a detenção de Ibero. O douto magistrado foi até ao ponto de ver que houve intenção de «dificultar fisicamente» a acção da Ertzaintza, a cujo malha-malha os insurgentes responderam com «pontapés». O sapiente parece não ter visto mais, mas há registos videográficos. / Ver: argia e Berria

Paulo Elkoro, ex-preso basco, impedido de entrar na Argentina

Paulo Elkoro chegou ontem ao aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, num voo proveniente da Holanda. Foi detido à chegada e expulso pouco depois, ao que parece, porque o seu nome aparecia numa «lista negra» da CIA. Não existe nenhum mandado de captura emitido contra ele pelo Estado espanhol, informa o portal do Resumen Latinoamericano.

Paulo Elkoro esteve encarcerado entre 2003 e 2006, tendo passado pelas cadeias de Soto del Real, Alcalá-Meco, Valdemoro, Jaén e Almeria (chama-se «política de dispersão»); desde então, encontra-se em liberdade. Ao inteirar-se da detenção em Ezeiza, o Grémio de Advogados argentino começou a efectuar diligências com vista à libertação de Elkoro, e o presidente da associação de magistrados, Eduardo Soares, tentou falar pessoalmente com funcionários do Ministério do Interior (de onde partiria a ordem de expulsão), mas, ao início da tarde, o basco foi metido num avião com destino a Amesterdão.

Lamentando o caso particular deste cidadão basco, o Resumen Latinoamericano critica o procedimento das autoridades argentinas, na medida em que «se sujeita às exigências de serviços de inteligência de países como os Estados Unidos e Israel». Considera ainda que a ocorrência chama a atenção para a questão de quem determina o «trânsito, a entrada e a saída de países», no caso, o «Estado fascista espanhol (o de Rajoy e Felipe González), que se preocupa hipocritamente com a "violação dos direitos humanos" na Venezuela e integra nomes de militantes e lutadores bascos, galegos ou catalães nas "listas negras" da Interpol-CIA». / Ver: Resumen Latinoamericano e Berria