sábado, 28 de fevereiro de 2015

Em Donostia, milhares não deixam ataques à língua basca sem resposta

Milhares de pessoas participaram na manifestação que hoje teve lugar na capital guipuscoana, convocada pelo Kontseilua. Denunciou-se o recurso sistemático, por parte dos representantes dos Governos espanhol e francês, à via judicial contra as instituições que tomam medidas para promover a língua basca e reivindicou-se o direito a viver em euskara.

A mobilização, organizada pelo Conselho de Organismos Sociais do Euskara, decorreu sob o lema «Oztopoen gainetik euskaraz biziko gara» [viveremos em basco, apesar de todos os obstáculos] e reuniu dezenas de representantes do mundo da cultura e da língua basca (AEK, EHE, Berria Taldea e membros de vários organismos que pertencem ao Kontseilua), bem como representantes políticos e institucionais, nomeadamente da Deputação Foral de Gipuzkoa e de municípios que o delegado espanhol na CAB, Urkixo, meteu em tribunal.

Não há uma lista exaustiva, mas os casos foram aparecendo pouco a pouco em Araba, na Bizkaia e em Gipuzkoa, onde o delegado do Governo espanhol apresentou queixas de diversas instituições por redigirem actas em euskara, introduzirem critérios linguísticos nas contratações ou darem prioridade ao euskara; também denunciou a Deputação de Gipuzkoa, por dar ajuda financeira à Seaska - ainda para mais, ganhou o processo e a Federação de Ikastolas de Iparralde teve de devolver o dinheiro. Por seu lado, o representante do Governo francês em Iparralde, Patrick Dallennes, levou o município de Uztaritze para tribunal, por ter declarado a língua basca oficial - e a declaração foi revogada. Em Nafarroa, o Governo anunciou que iria denunciar o município de Baztan, por dar prioridade ao basco.

Todas estas acções judiciais mostram que as instituições bascas não têm direito a decidir a sua política linguística, considerou o secretário-geral do Kontseilua, Paul Bilbao, que aplaudiu a decisão tomada por diversos municípios: continuar a escrever as actas em euskara. Mas Bilbao sublinhou a necessidade de uma resposta mais ampla: «Que aconteceria se a maioria dos agentes políticos, sindicais, sociais e institucionais deste país avançasse juntamente com o mundo do euskara?». Pediu que se aborde essa via. «Já é tempo». / Ver: Berria

Apresentada em Bilbo plataforma contra a criminalização social

Na quinta-feira, 26, um grupo de pessoas vestidas como presos e metidas numa «cadeia» apresentou em conferência de imprensa, no Arenal bilbaíno, a Plataforma contra a Criminalização Social, cuja criação foi promovida por dezenas de agentes sociais, sindicais e políticos e pretende fazer frente ao ataque que representa a aprovação iminente da Reforma do Código Penal e da Lei da Segurança dos Cidadãos.

Na ocasião, afirmou-se que a aprovação do novo pacote de leis repressivas irá aprofundar a «criminalização social». «Qualquer pessoa passa a ser suspeita» e, dessa forma, «não serão criminalizados apenas factos, mas também grupos particulares, como os migrantes, os activistas, pessoas sem recursos e aqueles que se solidarizarem com esses grupos».

Sublinharam que estas medidas não são novas em Euskal Herria e que «sempre houve métodos repressivos para travar as reivindicações políticas, sem que por isso as mobilizações tenham parado». Agora, através do medo, da punição, da repressão, pretende-se «esvaziar as ruas», e daí a necessidade da organização «365 dias por ano, 24 horas por dia».

Contra a aprovação da Lei da Mordaça e a Reforma do Código Penal, e o consequente aumento da repressão sobre a actividade política, esta plataforma irá levar a cabo diversas acções de sensibilização ao longo do mês de Março; para dia 28 foi convocada uma manifestação em Bilbo. / Ver: SareAntifaxista e topatu.info

Uma multidão no festival de Durango, pelos refugiados, presos e seus familiares

Milhares de pessoas juntaram-se no Landako Gunea, na localidade biscainha de Durango, para assistir ao festival 40 minutu rock e, dessa forma, ajudar refugiados e presos políticos bascos, bem como os seus familiares. / Mais informação, fotos e vídeos: 40minuturock.eus
No exterior do recinto, não faltou a solidariedade com os voluntários que lutaram contra o fascismo no Donbass e que o Estado imperialista/fascista espanhol persegue. (EH-Donbass)
MIKEL ALMANDOZ EM LIBERDADE
O preso político basco Mikel Almandoz (Burlata, Nafarroa) foi libertado ontem à noite, depois de pagar 20 mil euros de fiança. O burlatarra foi detido em Janeiro de 2014, no âmbito de uma operação da Guarda Civil contra o grupo de interlocução do Colectivo de Presos Políticos Bascos (EPPK, na sigla em euskara).

Almandoz já tinha estado na cadeia - foi detido em 2003 e libertado em 2012. Antes de ser condenado, no Estado francês, passou seis (6) anos em prisão preventiva, o que motivou uma queixa no Tribunal de Estrasburgo e uma condenação (não inédita) a França, que teve de indemnizar Almandoz em 5000 euros. / Ver: naiz e ahotsa.info

«Solidaridad abertzale e internacionalista con los detenidos por su compromiso con Donbass»

Desde la plataforma de solidaridad con Donbass constituida por las organizaciones Komite Internazionalistak, Sare Antifaxista, Ernai, Euskal Herria-Donbass Elkartasun Komitea, Boltxe Kolektiboa y Askapena, queremos declarar nuestra más profunda repulsa a las detenciones de los ocho internacionalistas que en un ejercicio de solidaridad han mostrado su apoyo al pueblo de Novorrusia en su lucha contra el fascismo en Ucrania y por la soberanía de las repúblicas de Lugansk y Donestk. (boltxe.info) [Ver tb: «En torno a las manipulaciones del diario El País» (EH-Donbass)]

«El gran hermano ya está aquí», de Begoña CAPAPE (BorrokaGaraiaDa)
Según algunos testimonios de trabajadores de Indra, lo que se pretende es colocar a miembros del CNI en las empresas e instituciones más estratégicas del Estado español y de otros países. En Hego Euskal Herria, ya lo han conseguido, entraron de la mano de Patxi López, aquí se han asentado y han empezado a controlar a todo el mundo.

«Da Líbia ao Sudão, da Nigéria à Somália», de Carlos LOPES PEREIRA (odiario.info)
Acentua-se a internacionalização de diversos conflitos armados em África, com o seu consequente agravamento. A tendência é antiga mas intensificou-se nas últimas semanas, abrindo caminho a uma ainda maior ingerência das potências imperialistas, com os Estados Unidos e a França à cabeça.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Askapena: o internacionalismo que o Estado espanhol quer ilegalizar (II)

Em Setembro de 2010, oito militantes da Askapena foram detidos. Passados quatro anos, o Estado espanhol revelou a sua verdadeira intenção: ilegalizar a Askapena e, assim, o movimento internacionalista de Euskal Herria. Mas que querem eles ilegalizar? E porquê? Que projecto revolucionário temem para irem até à ilegalização?

A Askapena iniciou o seu percurso em 1987 e, nas celebrações do quarto de século, em 2012, publicou cinco vídeos, cada qual abrangendo um período de cinco anos, em que explica, de forma resumida, a sua história, o contexto em que se afirmou e tentou construir uma Euskal Herria internacionalista, de «ida e volta». Já aqui mostrámos dois, relativos aos primeiros dez anos de existência da organização internacionalista basca. Em baixo, os últimos três, que abrangem 15 anos de existência (de 1997 a 2012).

1997-2002
Na Palestina, tem início a segunda Intifada, brutalmente reprimida pelos sionistas; no Curdistão, mantém-se a luta contra a repressão de há longas décadas; na Europa do capital, as nações sem Estado e os povos oprimidos prosseguem as lutas de libertação; o Acordo de Sexta-Feira Santa, em 1998, reflecte-se em Lizarra-Garazi. O 11 de Setembro marca o início de uma nova ordem mundial: novas guerras e invasões imperialistas, novas legislações antiterroristas e legalização da tortura.

2002-2007
As bombas caem no Afeganistão e no Iraque, mas o processo bolivariano consegue fortalecer-se e encontrar novos companheiros de viagem; surge a ALBA. O imperialismo estende as suas garras, mas é combatido em muitos pontos do mundo. Na Colômbia, a Coca-Cola persegue e assassina. Começa a tecer-se a rede Euskal Herriaren Lagunak para apoiar a libertação do povo basco no caminho da independência e do socialismo.

2007-2012

Com a crise, o capitalismo inicia nova campanha para defender os seus interesses, recuperando ou protegendo zonas estratégicas; massacres em Gaza e intervenções imperialistas na Líbia e na Síria; grandes mobilizações respondem ao forte impacto da ofensiva capitalista no País Basco e na Europa; apesar da mudança estratégica em Euskal Herria, o imperialismo espanhol ataca independentistas e socialistas bascos; em Setembro de 2010, detém oito membros da Askapena, tentando enfraquecer a solidariedade internacionalista; contudo, esta reforça-se.

Amanhã, em Durango, grande festival pelos presos e refugiados bascos

Realiza-se amanhã, em Durango (Bizkaia), o «40 minutu Rock», festival solidário com os presos e os refugiados políticos bascos. A partir das 10h30, sobem ao palco do Landako Gunea 12 bandas conhecidas: Anestesia, Betagarri, Enkore, Def Con Dos, Governors, Hesian, Iheskide, Kaotiko, Los Chicos del Maiz, Oliba Gorriak, Zea Mays e Izerdi Gorria.

No nome do festival há alusão óbvia aos 40 minutos de duração das visitas aos presos e também aos versos «Berrogei minutuz, milaka taupada», do tema «Malen», dos Ken7. As entradas (15 euros) encontram-se à venda em diversos pontos de Euskal Herria (informação no portal). No dia do festival custam 18 euros.

O tema «Batasunaren indarra» foi composto pelos Oliba Gorriak especialmente para esta iniciativa e funciona como um apelo à participação. Em baixo, o videoclipe.Ver: aseh

Oito detidos no Estado espanhol por lutarem contra o imperialismo e o fascismo no Donbass

Esta manhã, a Polícia espanhola deteve oito brigadistas internacionais que combateram ao lado das forças antifascistas no Donbass. Segundo informou a imprensa burguesa, os detidos, que têm entre 20 e 30 anos e pertencem a diversas forças comunistas, são acusados dos crimes de assassinato, posse de armas e explosivos e actos que atentam contra os interesses de Espanha.

As detenções foram efectuadas no âmbito de uma operação antiterrorista decretada pela Audiência Nacional espanhola, que se acelerou após o regresso de três dos solidários nas últimas semanas e que foi levada a cabo às 6h00 desta sexta-feira de forma coordenada pelo menos em seis localidades [de acordo com o naiz e o Berria, em Euskal Herria, na Catalunha e em Espanha (Astúrias, Extremadura, Madrid e Múrcia)].

Todos foram identificados graças a fotografias e vídeos publicados em redes sociais, e, de acordo com fontes policiais, um deles esteve na frente de combate. Ademais, a Polícia espanhola mantém sob vigilância várias pessoas que, afirma, estariam prontas para viajar para o Leste da Ucrânia nos próximos dias.

Esta operação, que continua aberta, é semelhante às que estão a ser desenvolvidas noutros países europeus com o objectivo de desmobilizar os combatentes voluntários das brigadas internacionais e acabar assim com a solidariedade antifascista com a resistência no Donbass.

Os Comités de Solidariedade com a Ucrânia Antifascista do Estado espanhol apelam à solidariedade com os detidos e exigem a sua imediata libertação sem acusações, enquanto aguardam por mais informação sobre a situação dos companheiros. / Notícia com base no Diário Liberdade / Ver também: Sanduzelai_Leningrado e boltxe.info

Ler: «Comunicado do Comité de Solidariedade Euskal Herria-Donbass sobre as detenções de voluntários internacionalistas do Estado espanhol» [eus/cas/ing] (EH-Donbass)

António Santos: «Serei preso por "apologia do terrorismo"?»

Desafortunadamente, na acepção contemporânea mais comum, a expressão «terrorismo» é usada para distinguir o monopólio da violência exercida pelos Estados de todas as outras violências que representem uma competição para esse monopólio. Terrorista era o que Hitler chamava à resistência francesa, o que Salazar chamava aos lutadores anti-coloniais, o que Batista chamava a Fidel, o que Cavaco chamava a Mandela e o que Suharto chamava à FRETILIN. [...]
Hoje criminalizam os que defendem abertamente qualquer organização armada. Amanhã pedirão que as condenemos expressamente. Depois pedirão que condenemos a História, da Revolução Russa à Cubana. E se não tivermos cuidado, quando dermos por nós, estaremos a pedir desculpa por sermos revolucionários. (manifesto74)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Situação «cruel» de Andoni Zengotitabengoa abordada no Parlamento de Gasteiz

Iera Abadiano, mulher do preso elorriarra Andoni Zengotitabengoa, a psicóloga de uma das suas filhas, Haizea Barandiaran, e o seu advogado, Iñaki Goioaga, compareceram, hoje, na Comissão de Direitos Humanos do Parlamento de Gasteiz para falar sobre a situação de Andoni na cadeia de Monsanto, em Lisboa. Sublinharam que se trata de uma situação «cruel» e pediram ajuda aos deputados.

A mulher de Andoni Zengotitabengoa (Elorrio, Bizkaia) explicou que este se encontra há cinco anos na cadeia de alta segurança de Monsanto (Lisboa, Portugal) e que, apesar da atitude «impecável» que mantém, vive uma situação «cruel»: é revistado dez vezes por dia, passa 22 horas por dia fechado na cela, tem problemas respiratórios cada vez «mais graves» devido à humidade do estabelecimento prisional.

Iera destacou também a dificuldade que os familiares têm para visitar Andoni, uma vez que, para além de terem de fazer 900 km até Lisboa e outros tantos no regresso, só os mais directos o podem ver. Neste aspecto, referiu-se em particular à situação das duas filhas, ambas menores, que apenas podem estar com o pai uma vez por ano, num espaço de «quatro metros quadrados, com mau cheiro e sujo», e vigiado por um polícia armado. Esta situação provoca «insegurança e ansiedade» às crianças e uma delas precisa de acompanhamento psicológico.

Iera pediu que Andoni seja enquadrado num outro regime prisional e que se respeite o direito dos familiares a visitá-lo; solicitou ainda aos deputados que promovam uma iniciativa semelhante à moção aprovada na Câmara Municipal de Elorrio, de onde Andoni é natural, em que se pedia a alteração do regime em que se encontra.

Iñaki Goioaga, advogado do preso, denunciou a situação «cruel, degradante e desumana» em que se encontra, mais ainda quando o seu comportamento é considerado «exemplar», também pelo director da prisão. Do ponto de vista jurídico, revelou que a única pena que Zengotitabengoa tem de cumprir é em Portugal, uma vez que as penas a que foi condenado em Espanha prescreveram. E considera não haver «qualquer elemento objectivo» para manter o Andoni numa cadeia de alta segurança. / Ver: naiz e Berria [Na foto de baixo: Iera Abadiano no uso da palavra; à sua esquerda, o advogado Iñaki Goioaga.]

Milhares de estudantes nas ruas contra as reformas educativas do PP

Milhares de estudantes mobilizaram-se, em todo o País Basco Sul, numa jornada de luta contra as reformas que o Governo espanhol quer implementar no sector da Educação. De manhã, começaram a funcionar os piquetes informativos em várias universidades e houve «herri eskolak» [escolas populares] e greve às aulas em vários ikastetxes. Por volta do meio-dia, as quatro capitais foram palco de grandes manifestações contra a mercantilização do ensino e em defesa de um modelo educativo «do povo e para o povo».

Em Donostia, houve mobilizações no campus de Ibaeta; em Iruñerria, por seu lado, os estudantes formaram colunas em diversos bairros e locais de ensino, antes de se juntarem à manifestação principal, que partiu da Universidade Pública de Nafarroa e percorreu as ruas da capital navarra. Ainda na universidade, uma delegação entregou ao vice-reitor uma petição com mais de 1800 assinaturas contra a implementação das reformas EU2015 e 3+2.

Como tem sido habitual, houve grandes manifestações em Gasteiz e Bilbo [tradução corrigida], onde a presença policial gerou momentos de tensão. A Ertzaintza carregou sobre os estudantes em ambas as capitais: em Bilbo um jovem foi detido e em Gazteiz outro teve de ser levado de ambulância. Todas as mobilizações terminaram com a mesma mensagem: para além da rejeição das diversas reformas impostas, o apelo para que se construa, a partir de hoje, o sistema educativo com que se sonha, para que se assuma esse compromisso.

Nas próximas semanas, esta luta vai entrar numa nova fase: organização de universidades populares e trabalho sobre os conteúdos que respondam à situação actual no ensino universitário; a nível do ensino pré-universitário, manter-se-á a luta contra a LOMCE e a construção de conteúdos próprios e alternativos. Para os dias 17 e 18 de Março está convocada uma greve.

Grande resposta dos estudantes em Iruñea [ahotsa] Ver: topatu.info [com muitas fotos], ahotsa.info e argia

Solidariedade com a Revolução Bolivariana em Lisboa e no Porto

No âmbito da Semana Mundial de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, que decorre de 1 a 8 de Março, realiza-se dia 5, às 18h30, na Casa do Alentejo, em Lisboa, uma sessão de solidariedade promovida pelo CPPC, a CGTP-IN e a Associação de Amizade Portugal-Cuba, que contará com a presença de representantes da Embaixada da República Bolivariana da Venezuela.

No dia seguinte, a solidariedade com o processo bolivariano será expressa no Porto, numa sessão que terá lugar, às 18h00, na Universidade Popular do Porto. Para além da universidade, são promotores da iniciativa o CPPC, a Comissão Porto com Cuba e a União de Sindicatos do Porto (CGTP-IN). / Mais informação: CPPC

Leitura:
«A Venezuela será tumba de fascistas», de Bruno CARVALHO (manifesto74)
Aflige pensar que há uma tarefa gigantesca pela frente. Superar as contradições de décadas e décadas de miséria e exploração não é um objectivo que se possa concretizar em 16 anos. Há muito por construir ao mesmo tempo que a pátria de Bolívar e Chávez é alvo de todo o tipo de conspirações. Para lá das críticas e da acertada necessidade de radicalização do processo, a solidariedade internacionalista afigura-se como um elemento urgente para ajudar a derrotar as agressões económicas, mediáticas e militares geradas por quem quer devolver a Venezuela de volta ao século XX.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

O internacionalismo que o Estado espanhol quer ilegalizar

Em Setembro de 2010, oito militantes da Askapena foram detidos. Passados quatro anos, o Estado espanhol revelou a sua verdadeira intenção: ilegalizar a Askapena e, assim, o movimento internacionalista de Euskal Herria. Mas que querem eles ilegalizar? E porquê? Que projecto revolucionário temem para irem até à ilegalização?

No seu blog - Begitza -, Axier López resumiu, nuns quantos vídeos, os últimos anos de actividade da Askapena, que iniciou o seu percurso em 1987. Nas celebrações do quarto de século, em 2012, a organização internacionalista publicou cinco vídeos, cada qual abrangendo um período de cinco anos, em que explicava, de forma resumida, a sua história, o seu trajecto, os princípios que nortearam a sua acção, o contexto em que se afirmou e tentou construir uma Euskal Herria internacionalista, de «ida e volta». Em baixo, os vídeos sobre os primeiros dez anos de existência (1987-1992 e 1992-1997).

A Askapena afirma: «Agora que querem proibir, encarcerar e ilegalizar o nosso projecto, o nosso trabalho, a nossa luta e a nossa militância, fazemos questão de recuperar o caminho percorrido e de deixar claro que ninguém o irá interromper!» [No cartaz, diz-se: No caminho do socialismo... liberdade para Euskal Herria!]

Nascimento da Askapena e primeiras campanhas (1987-1992)Askapena: 1992-1997Ver: askapena.org

Apoio ao trabalhador da Txapelarri antes do julgamento na AN espanhola

Durante a greve geral estudantil de 27 de Março de 2014, a Ertzaintza entrou de forma violenta na taberna Txapelarri, na Kutxi kalea (Gasteiz), e, ao deparar com as fotos dos presos políticos do bairro, acabou por identificar a funcionária que lá se encontrava. Da identificação partiu-se para a costumeira acusação de «enaltecimento do terrorismo» e dia 18 a taberneira será julgada no tribunal de excepção espanhol. O Ministério Público pede dois anos de cadeia e dez de inabilitação para a arguida.

Na conferência de imprensa que hoje teve lugar na Txapelarri, diversos taberneiros da capital alavesa criticaram a incriminação da colega e apelaram à participação nas mobilizações convocadas para os dias 7 (kalejira) e 18 de Março (concentração).

Por seu lado, o Gasteizko Harresia [muro de Gasteiz] referiu-se à situação como um ataque à liberdade de expressão e sublinhou o facto de a Ertzaintza «continuar empenhada em criminalizar a denúncia da dispersão e a solidariedade com os presos». / Ver: topatu.info e BorrokaGaraiaDa

A Polícia italiana prendeu o refugiado basco Carlos García Preciado

O natural de Andoain (Gipuzkoa), detido hoje na capital italiana, foi condenado a 16 anos de cadeia em 2000 pelo tribunal de excepção espanhol, que o considerou culpado de «fazer parte de um grupo que lançou cocktails molotov» contra uma agência bancária em 1997.

O tribunal decretou a sentença baseando-se no depoimento de uma única testemunha e defendeu que a acção «seguia a estratégia traçada» pela ETA. Então, decretou um mandado de busca e captura contra o andoaindarra, que esteve em vigor 15 anos. A detenção de Preciado foi anunciada pelo Ministério espanhol do Interior, que o considera um «membro da ETA foragido»; muitos jornais cantam «etarra foragido».

O Sortu manifestou-se contra a detenção, afirmando que «é tempo de esvaziar as prisões» e «não de as continuar a encher». Afirmou também que a detenção não contribui para a resolução do conflito e que faz ainda menos sentido quando diz respeito a factos ocorridos há 18 anos. / Ver: naiz

Joaquín Navarro (Almeria, 1939-Madrid, 2007)
A propósito «destas coisas», dos 16 anos de pena pelos cocktails molotov, deixamos aqui a ligação para um excerto do documentário Hautsitako leihoa (La ventana rota) (2008), com as palavras certeiras do (saudoso) juiz da Audiência Provincial de Madrid Joaquín Navarro.

Leitura:
«El grito ardiente y profundo del pueblo vasco...», de Coordinadora Simón Bolivar (CSB)
El grito ardiente y profundo del pueblo Vasco harto de imposiciones, desprecios, torturas, encarcelamientos y difamaciones de la más variada y que entiende la historia, sabe que ninguna libertad se concede graciosamente, ningún derecho se reconoce o se garantiza sin una lucha sostenida que exige convicción y coraje.

«A proposito del pueblo trabajador vasco: sujeto, conciencia y autodeterminacion socialista»

[1.ª parte, de JON IBAIA] Los discursos postmodernos, «superadores» del marxismo-leninismo, desembocan en el oportunismo y el abandono de posiciones de clase, esperando que el supuesto derrumbe del capitalismo, conduzca a un desarrollo mecanicista de la conciencia de clase y la condición de sujeto. El capitalismo no se derrumba en el proceso de una crisis, sino que se reestructura y establece un nuevo modelo de acumulación que necesariamente será más opresivo y explotador que el anterior. (lahaine.org)

«Sionismo senil?», de Filipe DINIZ (odiario.info)
Netanyahu, o genocida, está em pré-campanha eleitoral. Mais habituado à política de terra queimada do que às subtilezas da comunicação, os dois vídeos já divulgados impressionam pela desfaçatez e pela manipulação, como era de esperar. Mas têm um toque caricato e verdadeiramente imbecil que está a correr mundo.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Trabalhadores da Saúde apoiam mobilização contra a central de Garoña

Cresce a adesão à manifestação em defesa do encerramento definitivo da central nuclear localizada a 60 quilómetros de Gasteiz, convocada pela plataforma Araba sin Garoña para o próximo sábado, 28. Hoje, foram os trabalhadores do Osakidetza em Araba a reclamar o encerramento da central.

Depois dos sindicatos, na quinta-feira, e de 30 organismos sociais e associações de moradores, ontem, vários trabalhadores do sector da Saúde no território alavês, bem como algumas das suas organizações representativas, anunciaram hoje a adesão à manifestação contra a central nuclear de Garoña, apelando à participação na mobilização e revelando que, dia 28, a coluna deste sector partirá do Hospital Santiago, em Gasteiz.

Numa conferência de imprensa realizada no exterior deste hospital, os profissionais recordaram os efeitos nocivos das radiações para a saúde, referindo-se não apenas às emissões nos casos de eventuais acidentes, mas também às da radiação que se vai acumulando ao longo dos anos. Neste sentido, recordaram que Garoña é a central mais antiga do Estado Espanhol e que a maioria dos municípios nas suas imediações foram contaminados. / Ver: Berria e eldiario.es

Jovens de Barakaldo em tribunal por injúrias a Espanha e às suas forças de segurança

Cinco jovens de Barakaldo (Bizkaia), acusados de injúrias a Espanha e às suas forças de segurança, depuseram, esta manhã, no tribunal da comarca. O processo judicial surgiu na sequência de uma queixa apresentada pelo delegado do Governo espanhol, Carlos Urquijo. Concluídos os depoimentos, os visados afirmaram que o processo judicial será «longo».

A plataforma Libre de Barakaldo, ao ter conhecimento da incriminação destes jovens, afirmou que se tratava de uma «desculpa para prolongar tempos, já ultrapassados pela sociedade, em que o pensamento e o exercício da actividade política são castigados».

Hoje de manhã, cerca de meia centena de pessoas participou numa concentração de apoio aos cinco jovens denunciados pelo virrey, frente ao Palácio da Justiça de Barakaldo, sob o lema «Kriminalizaziorik ez! Gazteria libre!» [Não à criminalização! Juventude livre!]. / Ver: topatu.info

CONTRA A LEI DA MORDAÇA, JUVENTUDE ALAVESA NAS RUAS
Vídeo da mobilização de sábado em Gasteiz contra a criminalização da luta, ontem aqui noticiada.Ver: GazteIraultza e aseh

[Reportagem] Subida ao forte de Ezkaba contra a perseguição política

No dia 22, o ahotsa.info juntou-se à marcha ao forte de Ezkaba, convocada pelo Iruñerriko Herri Harresia [muro popular da comarca de Pamplona], contra a perseguição e os julgamentos políticos. No final da caminhada, Sergio Labayen falou com pessoas imputadas nos processos judiciais contra o Batasuna, a Segi e o Herrira, perseguidas pelo regime autoritário vigente no Estado espanhol e por ele tachadas de «terroristas».Reportagem de Sergio Labayen para o ahotsa.info / Ver: ahotsa.info

Bruno Carvalho analisa situação na Venezuela

[«Que se está a passar na Venezuela?»] Bruno Carvalho, jornalista e habitual correspondente da Info7 em Portugal, encontra-se na Venezuela e analisa a situação do país latino-americano no programa «Kalegorrian», após a última tentativa de golpe de Estado por parte dos sectores mais à direita e reaccionários. (Info7 irratia)

Ver também: «Venezuela mantiene firmes sus valores antiimperialistas fundados en el pueblo y la Constitución» (Resumen Latinoamericano)

«Conspirar en Estados Unidos», de Atilio BORÓN (lahaine.org)

«Declaração do PCV sobre as tentativas de golpe da burguesia e dos EUA na Venezuela» (Diário Liberdade)

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Ernai e LAB mobilizam-se contra a precariedade dos jovens em Bilbo

No sábado à tarde, 21, o sindicato LAB e a organização juvenil Ernai levaram a cabo uma acção informativa sobre condições de trabalho dignas frente ao Burger King da Praça Circular, em Bilbo - «um dos locais onde é patente a exploração dos jovens».

A iniciativa de sábado insere-se num ciclo de mobilizações conjuntas que o sindicato e a organização juvenil iniciaram, dia 10, em Donostia, e que teve sequência em Gasteiz e Iruñea, com o objectivo de denunciar a «exploração laboral» a que os jovens são sujeitos, exigir melhores condições de trabalho e divulgar o «Guia de Direitos Laborais para os Jovens», elaborado por ambas as organizações como resposta à precariedade e ao desemprego que afectam grande parte da juventude basca.

Para além de reivindicar melhores condições de trabalho e informar os jovens sobre os seus direitos, estas mobilizações vincaram, desde o início, a necessidade da «organização e da luta» contra o «sistema capitalista, que só quer mão-de-obra barata». / Ver: uriola.eus e aseh / Vídeo: Herrikolore

Jovens de Araba manifestaram-se contra a criminalização da luta

Centenas de jovens manifestaram-se este sábado, 21, pelas ruas da capital alavesa em protesto contra a criminalização da luta e para fazer frente à repressão da chamada «Ley Mordaza».

Tendo em conta o lema da iniciativa, a grande maioria dos jovens participou encapuzada na mobilização, bem seguida de perto por um amplo dispositivo policial. Não se registaram confrontos, mas, a dada altura, um dos jovens foi identificado por gravar a Polícia e estar encapuzado. Outros jovens que estavam a gravar a mobilização viram o seu trabalho dificultado pelos agentes da ordem, que já parecem saber de cor a Lei da Mordaça.

No final, a dinâmica Arabako gazteak altxa! sublinhou a importância da luta e, nesse sentido, convocou para o próximo dia 3 um «Borroka Eguna» em todo o território alavês, em que se irá recordar e homenagear os protestos dos trabalhadores de 3 de Março de 1976. Entretanto, para dar continuidade a esta dinâmica, dia 26, às 19h00, haverá uma assembleia aberta no Gaztetxe de Gasteiz. / Ver: GazteIraultza e topatu.info [com fotos nos dois sites]

João Vilela: «A luta contra a UE e a libertação dos povos: sobre a derrota da euro-esquerda grega»

Bem sabemos que, como dizia Rosa Luxemburgo, só quem se mexe sente as correntes que o prendem. Os gregos mexeram-se. E sentiram-nas nos pulsos, nas pernas, detendo-os e mantendo-os no redil. Sabem que existem. Sabem que importa parti-las para que se livrem do cárcere em que a UE se tornou. Para com essa luta, para com essa consciencialização, a minha mais absoluta solidariedade internacionalista. (resistir.info)

«Obama falha o seu golpe de Estado na Venezuela», de Thierry MEYSSAN (Rede Voltaire)
Ao rastrear estes conspiradores a Inteligência Militar descobriu a «Operação Jericó». Na noite de 11 de fevereiro, os principais líderes do complô, e um agente da Mossad, foram presos e a segurança aérea reforçada. Outros, foram apanhados a 12. No dia 20, as confissões obtidas permitiram deter um cúmplice, o presidente da câmara (prefeito-br) de Caracas, Antonio Ledezma.

«El "Stalingrado" de Kiev», de ANNCOL (anncol.eu)
Tras un cerco de semanas, las tropas ucranianas se rinden y entregan a las fuerzas populares de Novorrosia la ciudad de Debaltsevo (com muitas fotos e vários vídeos)

Banda Bassotti - «Viva Zapata»

«¡Que viva Zapata, cabrones!»

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Em Ezkaba, contra a repressão e os julgamentos políticos

Cerca de 200 pessoas participaram, hoje, na subida ao monte Ezkaba organizada pelo Iruñerriko Herri Harresia [muro popular da comarca de Pamplona]. À entrada do antigo forte realizou-se um acto político contra a repressão.

As colunas que partiram de Atarrabia, Burlata, Txantrea e Antsoain juntaram-se à entrada do forte por volta das 12h30. No acto político que ali decorreu, Iñaki Alforja afirmou que 95% dos que estiveram encarcerados no antigo presídio foram presos pela sua militância política: comunistas, socialistas, anarquistas, abertzales. Alforja estabeleceu diversos paralelismos entre a repressão de então e a dos dias de hoje e, entre vários exemplos, referiu-se à dispersão dos presos políticos.

Jon Garay, que se encontra imputado nos processos contra o Herrira e o Batasuna-ANV-EHAK, também comparou a repressão dos tempos de Franco com a de hoje, nomeadamente a que se abate sobre o independentismo basco: «Franco recorreu aos tribunais de excepção para dar uma certa aparência de legalidade à repressão política. E o PP usa a Audiência Nacional e a legislação anti-terrorista para encobrir a sua crueldade [ankerkeria]».

Garay afirmou que uma parte da sociedade vive sob a ameaça da «repressão, da cadeia e da falta de liberdades» e que é preciso pôr cobro a esta situação: «Necessitamos de outra Nafarroa, uma Nafarroa democrática, que respeite os direitos civis e a liberdade política», sublinhou. / Ver: Berria

Milhares manifestaram-se em Iruñea contra o encerramento da Faurecia

Os trabalhadores da empresa Industrias Cousin Freres (ICF), propriedade da multinacional Faurecia-Lear em Burlata, manifestaram-se ontem em Iruñea contra o encerramento da fábrica, pela defesa dos postos de trabalho e para exigir ao Governo navarro que se envolva na busca de uma solução. Foram apoiados por milhares de pessoas.Mais info: ahotsa.info e Diario de Noticias

Centenas denunciam repressão da Guarda Civil e manipulação mediática em Tafalla

Cerca de 400 pessoas, na sua maioria jovens, uniram-se, este sábado, em torno do apelo feito pela associação juvenil Gardatxo para protestar contra a intervenção da Guarda Civil na Feira deste ano e apoiar a habitante de Tafalla (Nafarroa) que foi detida e será julgada amanhã.

Durante a concentração, os jovens lembraram que a associação nasceu como resposta à «incapacidade da Câmara Municipal de oferecer alternativas» aos jovens e que estes foram capazes de «se organizar e unir para se divertirem, independentemente de crenças, pensamentos e ideologias». Como isso «não agrada a alguns», há quem recorra «a armas mediáticas» e «às policiais» para dificultar o seu trabalho.

Sublinharam a repressão da Guarda Civil, os controlos diários em todas as entradas da localidade e a perseguição a que são sujeitos alguns jovens. «Gostavam de uma juventude dividida, egoísta e calada. Mas Tafalla é especial. Somos tudo aquilo que eles não querem. Por isso vale a pena proteger os nossos valores. Por isso temos de estar mais unidos que nunca», afirmaram.

Amanhã, decorre em Iruñea o julgamento da tafalhesa detida durante os incidentes ocorridos a 7 de Fevereiro, que pode apanhar seis meses de prisão. «Queremos denunciar esta situação, que não é mais que um grosseira montagem que muitos dos hoje aqui presentes presenciaram. Não houve insultos, socos ou cuspidelas, nem recusa a identificar-se, como afirma a Guarda Civil. A Gardatxo quer expressar toda a sua solidariedade a esta pessoa», diz-se no comunicado que leram na concentração. / Ver: boltxe.info

Borroka Garaia: «Todo el poder a la batzarre»

La batzarre (y la coordinación entre batzarres) era una forma de poder popular y colectivo anterior a los reinos (ni que decir a los estados) donde mediante democracia directa y horizontal y de manera auto-organizada se auto-gestionaban las necesidades colectivas. Siendo el auzolan, la ayuda mutua, el eje vertebrador de la sociedad. (BorrokaGaraiaDa)

«¿Por qué matamos los novelistas?», de Belén GOPEGUI (lahaine.org)
La inversión del pensamiento en el capitalismo comienza cuando quienes inventan no destinan su inteligencia a algo que pueda, en primer término, mejorar nuestra vida sino a algo conveniente para que quienes han acumulado recursos impongan la oferta que haga nacer la demanda.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Centenas exigiram a liberdade de Jorge Olaiz em Iruñea

Cerca de 500 pessoas participaram ontem, 20, numa manifestação pelas ruas da Alde Zaharra [Parte Velha] de Iruñea para «denunciar com firmeza» o encarceramento do ex-preso do bairro Jorge Olaiz, Montxito, e exigir a sua liberdade.

Olaiz passou 13 anos na cadeia e foi libertado em Maio do ano passado. No dia 12 deste mês, um juiz do tribunal de excepção espanhol mandou-o novamente para a prisão, no âmbito de um processo judicial aberto em 2001, arquivado no ano seguinte por falta de provas e reaberto em 2014 com base no depoimento de uma testemunha anónima e protegida, que teve um acesso de «lembrança» com a libertação do militante basco.

Para os manifestantes, que percorreram diversas ruas do bairro até à Praça do Município, ainda é difícil encontrar termos que «qualifiquem» tudo isto. Alguns usaram palavras como «vingança», «crueldade», «injustiça» ou «desumanidade». Num comunicado lido no final da mobilização, afirmou-se que este caso evidencia a «fome de vingança e a verdadeira natureza do Estado espanhol» e que se configura como «um ataque à resolução do conflito», para «dificultar a mudança política em Nafarroa e Euskal Herria».

Jorge Olaiz askatu! [ahotsa] Ver: ahotsa.info

Sindicatos aderem à manifestação pelo encerramento definitivo da central de Garoña

Os sindicatos ELA, LAB, ESK, STEE/EILAS, CGT, CNT, HIRU, UAGA, CCOO e UGT aderiram, esta quinta-feira, à manifestação convocada pela plataforma Araba sin Garoña para dia 28, em Gasteiz, pediram aos trabalhadores que participem na mobilização e criticaram a Endesa e a Iberdrola por tentarem reabrir a central nuclear.

Garoña, que se encontra a 60 quilómetros de Gasteiz e é a central nuclear mais antiga do Estado espanhol (começou a funcionar a 2 de Março de 1971), está parada desde Dezembro de 2012 por decisão da Nuclenor (empresa detida pela Iberdrola e a Endesa), que alegou para tal razões económicas relacionadas com os novos impostos sobre o combustível nuclear. Posteriormente, a Nuclenor mudou de opinião e pediu a renovação da licença de exploração por mais 17 anos; sobre este pedido tem de se pronunciar o Conselho de Segurança Nuclear (CSN), cujos pareceres têm um carácter vinculativo.

Num manifesto conjunto, as organizações sindicais afirmam que a central nuclear não é necessária para garantir o abastecimento energético e consideram que a sua reabertura é ponderada graças aos interesses usurários da Iberdrola e da Endesa. Os sindicatos defendem o desenvolvimento de energias seguras, limpas e renováveis, porque são ambientalmente viáveis e geradoras de emprego, e afirmam que o melhor plano económico para Araba consiste em «eliminar o risco» que representa manter em funcionamento esta «perigosa e obsoleta» central de primeira geração. / Ver: naiz

Entrevista a Antxon Gómez, militante da ANV e arguido no processo 04/08 [cas]

No hacen falta presentaciones cuando hablamos de ANV, partido histórico de la izquierda abertzale, ilegalizado y disuelto por el Estado español.

Se celebra el juicio contra el citado partido dentro del macro-juicio 04/08 contra EAE-ANV, Batasuna y EHAK-PCTV, un partido que no está de más recordar fue la primera fuerza que ya en los años 30 del siglo pasado se podía llamar de izquierda y abertzale. Hablamos con Antxon Gómez, militante de dicho partido hasta que fue disuelto por el Estado español. Fue secretario general del mismo en su día y una de las personas juzgadas. / Entrevista em boltxe.info

Os Editores: «A capitulação do Syrisa e o desmascaramento de Passos»

O governo de Tsipras capitulou em Bruxelas, cedendo à pressão alemã. Mas as decisões do Eurogrupo, atendendo a algumas das reivindicações gregas, demonstraram também que os mecanismos da austeridade não são intocáveis. Ficou provado que Passos Coelho poderia ter obtido de Bruxelas uma atenuação da agressiva austeridade imposta pela troika. Mas nada fez para isso. A sua opção foi a da vassalagem absoluta. (odiario.info)

«A "boa imagem externa" que é ser-se um servil rastejante», de Ivo Rafael SILVA (manifesto74)
Em boa verdade, a imagem que Portugal tem hoje na Europa e no mundo não é a de um país «cumpridor» e «responsável», nem a de «um caso de sucesso» das políticas europeias; a imagem de Portugal é hoje apenas a de um mero e rastejante lambe-botas da Alemanha. Um rebaixado e amesquinhado país sempre em volta das saias da sua senhora, pacientemente à espera que caiam algumas migalhas do seu rico e farto regaço.

Alí Primera - «Sombrero azul»

Ao vivo em Manágua (Nicarágua), no Concerto pela Paz, em 1983 (e não 1973, como por lapso aparece no vídeo). No dia 16 de Fevereiro, passaram 30 anos sobre a morte do poeta, compositor, músico, intérprete, activista político, militante comunista venezuelano que foi Alí Primera.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Pelo direito dos jovens a «não ir para fora», manifestação em Amurrio

Realiza-se no dia 27, em Amurrio, uma manifestação para reivindicar o direito dos jovens da região de Aiaraldea (Araba e Bizkaia) a aprender, a trabalhar e a viver ali mesmo, na sua terra. Apesar de lhes encherem os ouvidos com a «oportunidade» de ir «trabalhar para fora», os organizadores afirmam que se trata de um «engodo» do capitalismo em crise, que rejeitam.

Os promotores da iniciativa consideram que o trabalho dos jovens no seu meio é um factor de desenvolvimento para a economia local; defendem a criação de condições que permitam aos jovens tornar-se independentes e viver na sua terra; e sublinham a necessidade de se encontrar uma solução colectiva para fazer frente ao problema da habitação.

Aiaraldean lan, bizi, ikasi Ver: GazteIraultza e topatu.info

Protesto contra a dispersão de Amezaga e demais presos de Busturialdea

Numa conferência de imprensa que ontem teve lugar em Gernika (Bizkaia), uma plataforma de apoio aos presos políticos bascos voltou a denunciar a dispersão, depois de, esta semana, Jone Amezaga Arriaga, presa natural de Errigoiti, ter sido transferida para Ávila, a 446 quilómetros de casa. «Num momento em que a maioria da sociedade basca exige o fim da política de dispersão, mais uma vez o Governo espanhol age em sentido oposto», afirmaram.

Jone Amezaga encontrava-se, desde a sua detenção, na cadeia de Zaballa (em Euskal Herria), e o seu afastamento é entendido como «um castigo extra para os seus amigos e familiares». Na conferência de imprensa lembrou-se que os demais presos políticos da comarca de Busturialdea se encontram encarcerados a centenas de quilómetros - de tal forma que os seus familiares e amigos têm de percorrer 13 mil quilómetros, todas as semanas, para os visitar.

Dispersão dos presos de Busturialdea (Bizkaia)
Arnaltz Gisasola: a 485 quilómetros de casa; Eider Uruburu: a 930 quilómetros; Eneko Goieaskoetxea: a 428 quilómetros; Ibon Goieaskoetxea: a 900 quilómetros; Iñaki Dominguez: a 745 quilómetros; Jabi Abaunza: a 790 quilómetros; Oier Goitia: a 802 quilómetros; Kepa Arronategi: a 900 quilómetros. / Ver: Busturialdea Hitza

ETXERAT NO PARLAMENTO EUROPEU EM MARÇO
A Etxerat, associação de familiares e amigos de presos políticos bascos, fez saber hoje que uma delegação sua irá visitar o Parlamento Europeu em Março. Nos encontros que irá manter com organismos europeus e partidos políticos, a delegação dará conhecimento da violação sistemática dos direitos humanos dos presos políticos bascos. (Ver: kazeta.info)

Taberneiro da Kutxi em tribunal por denunciar medidas de excepção

Os trabalhadores das tabernas da Kutxi kalea, em Gasteiz, são alvo frequente de acosso por reivindicarem os direitos dos presos políticos bascos. Exemplos? Na greve geral estudantil de 27 de Março de 2014, a Ertzaintza arrancou faixas e cartazes da rua e depois entrou na taberna Txapelarri, onde identificou os trabalhadores e de onde levou fotografias. Em Fevereiro de 2013, esse mesmo corpo policial interveio, também na Kutxi, no acto de boas-vindas a Ailande Hernaez - ex-preso que denunciara ter sofrido torturas brutais nas mãos da Guarda Civil.

Agora, um taberneiro enfrenta dois anos de cadeia e dez de inabilitação, por manter na taberna cartazes a favor dos presos e que denunciavam as medidas de excepção que lhes são aplicadas. O julgamento está marcado para dia 18 de Março, e já foram anunciadas várias mobilizações:
dia 25, às 11h30, conferência de imprensa na esquina de São Marcos; dia 7 de Março, às 13h00, uma kalejira a partir da Praça Brullerias; dia 18 (o do julgamento), às 19h00, concentração na Andra Mari Zuria. / Ver: GazteIraultza

António Santos: «As 50 sombras de Guedes»

Eis quando não vem Marques Guedes, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, que acha que «a Constituição é um museu vivo», para morder a mão do próprio dono. Visivelmente irritado, Guedes tratou de taxar as declarações de Juncker de «bastante infelizes», já que «a dignidade de Portugal nunca foi beliscada». Ou seja, Guedes gostou e ainda queria mais. Das duas uma, ou Guedes gosta de sofrer e o aumento dos níveis de pobreza em 49% não foram suficientes ou Guedes gosta de fazer sofrer e, dependesse dele, os trabalhadores ainda apanhavam mais. (manifesto74)

«Cuba/EUA: que mudanças?», de Rémy HERRERA (resistir.info)
Aquelas e aqueles que mais uma vez imaginavam a revolução cubana derrotada deverão ainda esperar; e reflectir no facto de que o mundo está em vias de mudar, muito profundamente. E talvez também na ideia de que a actual hegemonia estado-unidense, financiarizada e militarizada, não é ela própria todo poderosa, nem eterna...

«Acotaciones sobre el golpe frustrado en Venezuela», de Atilio BORÓN (lahaine.org)
Cabría preguntarse por las razones de esta desorbitada reacción del imperio, evidenciada no sólo en el caso de la República Bolivariana sino también en Ucrania. La respuesta la hemos dado hace tiempo: los imperios se tornan más violentos y brutales en su fase de decadencia y descomposición.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O Parlamento navarro aprovou uma reforma da «Ley del Vascuence»

Com os votos contra de UPN e PP, o Parlamento navarro aprovou, hoje, uma alteração à «Ley del Vascuence» que permitirá aos estudantes aprender em euskara (modelo D do ensino) em todo o território, desde que haja procura suficiente. A reforma é manca, pois não acaba com a divisão do herrialde em zonas linguísticas, mas não deixa de ser um avanço.
A proposta de alteração à lei tinha sido apresentada pelo PSN, a Izquierda-Ezkerra e o Geroa Bai e foi apoiada por Bildu e Aralar, embora estes últimos tenham afirmado que esta não era a sua reforma, por falta de «profundidade», por não tornar o euskara oficial em todo o território navarro.

De qualquer forma, todos os partidos «à esquerda» consideraram, com maiores ou menores reservas (justificadas), que a modificação hoje aprovada (por 27 votos contra 23) constitui um avanço, por se estar mais perto de acabar com a divisão de Nafarroa em zonas linguísticas (bascófona, mista, não-bascófona). Os organismos ligados à cultura e à língua bascas também se manifestaram satisfeitos, embora considerando a medida «insuficiente».

Já a direita (UPN e PP) disse que é «um dia triste», que se está a «impor o euskara», que a «reforma não é boa para os navarros» ou que se trata de uma «lei do Bildu». No início do mês, o conselheiro da Educação, José Iribas, «enalteceu» a zonificação linguística (sem que a AN espanhola o intimasse a depor) e disse que a «Ley del Vascuence», aprovada há 28 anos, não precisava de ser modificada. / Ver: argia, Berria, naiz e topatu.info

Absolvidos os activistas que protestaram contra o TGV frente a Urkullu

As sete pessoas que participaram num protesto contra o TGV na presença de Urkullu, em Novembro, foram absolvidas da acusação de «desordem pública».

Os activistas foram julgados a 29 de Janeiro, em Donostia, na sequência de uma queixa apresentada pela Ertzaintza em que se acusava os opositores ao TGV de terem provocado «desordem pública» ao interromperem um discurso do lehendakari Iñigo Urkullu no Kursaal. Apesar disto, no decorrer do julgamento um dos agentes afirmou que «a acção dos activistas foi sempre correcta» e «não violenta», revelaram os então arguidos.

O Ministério Público pediu 24 dias de detenção para as sete pessoas, com multas diárias de 8, 5 e 3 euros, mas os arguidos recusaram-se a pagar qualquer multa. No dia do julgamento, realizaram-se concentrações de apoio aos activistas e contra o TGV [«Urku-Yu, desce do burro!», disseram] em Donostia, Iruñea e Barañain. / Ver: ahotsa.info

Aparecem pintadas e autocolantes fascistas em Bilbo e Gasteiz

O Boltxe e a Sare Antifaxista noticiam, nos seus portais, o aparecimento de pintadas e autocolantes de cariz fascista, racista e xenófobo em bairros e determinados espaços das capitais biscainha e alavesa.

Nas paredes do «populoso e trabalhador» bairro de Olabeaga, em Bilbo, foram feitas pintadas contra a comunidade muçulmana, refere o Boltxe, que dá ainda conta do aparecimento de panfletos «fascistas», com a inscrição «Muerte a ETA, viva España», na Amets Gorri kultur elkartea, uma associação cultural
do bairro bem conhecida.

A Sare Antifaxista diz que tem aparecido «lixo nazi-fascista» (cartazes e autocolantes) em diversos pontos da capital alavesa, nomeadamente à entrada de uma escola e no espaço da Associação Afro-americana, com mensagens racistas, nazis e apontadas à população imigrante. / Ver: boltxe.info e SareAntifaxista

«Alí Primera: de la canción a la Revolución necesaria»

«Nuestro canto no es de protesta, porque no hacemos una canción por malcriadez, no la tomamos para encumbrarnos ni hacernos millonarios, es una canción necesaria. (...) cada día nos motiva a hacerla más profunda, pues un hombre armado de una canción y una poesía humana, es un hombre desarmado para la envidia y para ser un hombre malo. (...) No canto porque existe la miseria, sino porque existe la posibilidad de borrarla, de erradicarla de la faz de la tierra». (teleSur)

«Petróleo saudita e hipocrisia dos EUA», de Sara FLOUNDERS (odiario.info)
As homenagens do imperialismo ao falecido rei saudita são inteiramente justificadas. Não nos termos hipócritas em que foram feitas, mas no facto de deverem a sua prolongada dominação sobre a região à casa real de Saud, um pequeno, detestado, corrupto e despótico bando desprovido de apoio popular e de legitimidade.

«El mundo entero habla de nosotras, las mujeres kurdas», de Zilan DIYAR (Resumen Latinoamericano)
Recogen los rifles que estas mujeres dejaron atrás y capturan Shengal, Kobanê, Botan, Serhat. Vienen a traer luz al mundo que los hombres de bandera negra quieren oscurecer. Y sus nombres son Zinarîn, Beritan, Zilan, Meryem, Sorxwîn, Arjin, Amara, Viyan, Sara...

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Subida a Ezkaba contra a perseguição política e a repressão

O Iruñerriko Herri Harresia [IHH; muro popular da comarca de Pamplona] agendou para este domingo, 22, uma marcha até ao monte Ezkaba em defesa dos direitos civis e políticos, sublinhando a ligação entre as perseguições da ditadura e as que a chamada democracia hoje promove. Quatro colunas, procedentes de Atarrabia e Burlata e da Txantrea e Antsoain, juntar-se-ão à entrada do forte, onde se realizará um acto público.

O Forte de San Cristóbal, no monte Ezkaba, é um monumento à perseguição política e, com esta marcha, os organizadores querem chamar a atenção para o facto de que, na actualidade, «uma parte da população navarra vive sob a ameaça da repressão, da prisão e da falta de liberdades - uma situação a que urge pôr cobro», sublinham. Incentivando a população a enfrentar as ladeiras empinadas que vão dar ao antigo presídio, o IHH estabelece um paralelismo entre a repressão franquista e a do Partido Popular: «Franco perseguiu independentistas, comunistas, socialistas, anarquistas e republicanos... e hoje o Partido Popular persegue o Batasuna, a Segi, a Askapena, o Herrira...»; «Franco perseguia, prendia, torturava e encarcerava a oposição política. O Partido Popular também».

Contextualizando a denúncia da repressão no momento político actual, o IHH afirma que «as classes dominantes espanholas continuam empenhadas em boicotar as soluções» e que «usam a repressão sobre os bascos como elemento aglutinador, como arma eleitoral para ir buscar votos à direita». O IHH chama «bombardeamento» ao que se tem passado nas últimas semanas, referindo-se às detenções recentes (advogados, Herrira), aos julgamentos políticos (Segi, herrikos, esquerda abertzale, entre outros), às intimações para depor na AN espanhola, à pretensão de ilegalizar a Askapena e ao recente encarceramento de Jorge Olaiz. / Ver: ahotsa.info e Txantrea Herri Harresia

Canção para a Askapena: «Su txikien itsasoa» [Mar de pequenos fogos]

Porque somos internacionalistas, querem-nos encarcerar/ilegalizar. Askapena aurrera!Expressão solidária com a Askapena e os cinco militantes que o Estado fascista espanhol quer ilegalizar e mandar para a prisão. A letra é de Ruben Sanchez; a música e a interpretação é dos grupos bascos Siroka e Bad Sound System e dos asturianos Skama la Rede; e ainda há contributos de «amigos estrangeiros» [nazioarteko lagunak].
A Askapena agradece a todos os que participaram na construção da canção e do vídeo. / Letra em askapena.org

O LAB denuncia ataques à liberdade sindical em vários hospitais

Numa altura em que está a decorrer a «Semana da Qualidade dos Serviços Públicos» no sector da saúde da Comunidade Autónoma Basca, a administração do Hospital Gurutzeta/Cruces deu ordens à empresa de limpeza que ali opera para que retire todos os cartazes afixados pelos sindicatos do Osakidetza, afirma o LAB numa nota de imprensa.

Esses cartazes, em que o conselheiro da Saúde, Jon Darpón, aparece figurado junto à inscrição «Korrika berak egin dezala» [Ele que corra], têm estado a ser retirados de mais centros hospitalares - «no Hospital de Galdakao-Usansolo os cartazes até estão ser retirados dos nossos próprios placards», refere o sindicato, que qualifica a «atitude como um claro ataque à liberdade de expressão e sindical».

O LAB exige explicações públicas ao director-geral do Osakidetza e sugere àqueles «que dedicam tanto esforço a calar a nossa voz que apresentem uma proposta de negociação na reunião sectorial desta quarta-feira e solucionem os graves problemas dos centros hospitalares: sem ir mais longe, o colapso das urgências no Hospital de Basurto». / Ver: Herrikolore [Entretanto, a reunião já se realizou, mas sem acordo e com as partes muito apartadas. Foram anunciadas mobilizações para 5 e 12 de Março e 18 de Abril; greve geral para 29 e 30 de Abril. (Berria)]

Ver também: «EDE Taldea, condenada por violar gravemente a liberdade sindical» (CNT via lahaine.org)

Coordinadora Simón Bolívar: «Pronunciamiento ante el intento de golpe de estado fascista»

Este nuevo intento de golpe de Estado develado demuestra que la burguesía y el imperialismo sólo utilizan el dialogo y las buenas intenciones de los revolucionarios para sobrevivir, para mantener el statu quo y avanzar en su agenda conspirativa y golpear por la espalda hasta recuperar el control total del estado. Mientras más se ceda ante las peticiones y aspiraciones de los ricos, más sueñan ellos con eliminarnos para siempre como alternativa de los pueblos humildes y explotados. (CSB)

«Feios, porcos, maus e poluentes», de Filipe DINIZ (odiario.info)
O processo de concentração de enormes massas humanas em gigantescas metrópoles é um dos traços marcantes da situação presente em todos os continentes. Nessas grandes metrópoles, lugares de extrema desigualdade, trava-se uma intensa luta de classes. Os mais pobres são sujeitos a uma violenta ofensiva na disputa do território.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Entrevista a Walter Wendelin, indiciado no processo contra a Askapena

Na sequência da operação lançada contra a organização internacionalista basca em 2010, o Ministério Público espanhol solicitou, no passado dia 11, a ilegalização e a dissolução da Askapena - bem como da comparsa bilbaína Askapeña e das associações Herriak Aske e Elkar Truke - e pediu seis anos de prisão para cinco dos seus militantes: Aritz Ganboa, Dabid Soto, Unai Vázquez, Walter Wendelin e Gabi Basañez.
Ontem, Walter Wendelin foi ao programa «Suelta la Olla» falar sobre toda esta situação. (Hala Bedi irratia)

BRIGADAS 2015
Este ano, a Askapena organiza brigadas ao Saara Ocidental, à Palestina, à Galiza, ao Curdistão, ao México, ao Brasil, à Venezuela, à Argentina, ao Uruguai, à Bolívia, a Castela e aos Países Catalães. O período de inscrições está aberto até 31 de Março.
Mais informação em brigadak15, aska_eskuorria e aseh / Vivam os que lutam!