quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Elorrio e Atxondo solicitam melhoria das condições de vida de Andoni Zengotitabengoa

O elorriarra Andoni Zengotitabengoa encontra-se preso cadeia de Monsanto, em Lisboa, desde 2010. Numa prisão de alta segurança, são-lhe impostas condições especiais; por exemplo, num ano pôde abraçar as filhas uma só vez.

Os familiares de Zengotitabengoa têm de fazer 900 quilómetros para o visitar. A maior parte das vezes ficam separados por um vidro. Para além da situação das filhas, já referida, há ainda o caso da mãe, que não o pode abraçar há três anos. Os restantes familiares nunca o puderam fazer. A mulher tem direito a uma visita mensal sem vidro a separá-los. Os amigos não o podem visitar. Para além disso, Andoni passa 22 horas isolado na cela; tem de vestir sempre um uniforme especial; e é submetido a inspecções corporais diárias.

Em Atxondo e Elorrio (municípios biscainhos vizinhos), Bildu e PNV aprovaram, em sessões de Câmara recentes, moções a solicitar a melhoria das condições de vida de Andoni, considerando que as actuais implicam um «sofrimento injustificável para o preso e os seus familiares». O conteúdo das moções será enviado ao director da prisão de Monsanto, ao director-geral dos Estabelecimentos Prisionais e ao Provedor de Justiça. No caso de Elorrio, onde a moção foi aprovada na ausência do vereador do PP, também se irá pedir ajuda ao Governo de Lakua e às Juntas Gerais da Bizkaia. / Ver: anboto.org 1 e 2

ARKAITZ BELLÓN MORTO HÁ UM ANO
Foi no dia 5 de Fevereiro de 2014 que o preso político de Elorrio apareceu morto na cela, na cadeia de Puerto I (Cádis). Faltavam-lhe três meses para acabar de cumprir a pena de 13 anos de prisão a que fora condenado por alegada participação em acções de kale borroka. Chama-se justiça do inimigo. Também o foi o cruel e vingativo sistema penitenciário que, ao longo desses 13 anos, o ajudou a matar. Algo que os seus amigos, familiares, a Etxerat e as milhares de pessoas que se manifestaram em Elorrio nos dias seguintes à morte tiveram bem presente.

Para denunciar a criminosa política prisional espanhola, foi agendado, para amanhã, às 19h30, um acto político em Elorrio. Para além do caso de Arkaitz Bellón, será ainda lembrado o de José Mari Aranzamendi, Katxue, preso elorriarra que apareceu morto na cela a 7 de Fevereiro de 1997.