domingo, 30 de setembro de 2012

A Batera envia mensagem a Paris para que aborde a criação da colectividade territorial específica

As Jornadas de Euskal Herria organizadas esta tarde pela plataforma Batera terminaram com a subscrição massiva de uma Declaração solene, que vai ser enviada para Paris, tendo como objectivo a criação de uma colectividade territorial específica para Lapurdi, Nafarroa Beherea e Zuberoa.

Com auditório da Câmara de Comércio e Indústria de Baiona cheio e no qual se destacava a presença de quase todo o espectro político e social de Ipar Euskal Herria [País Basco Norte], a assembleia deixou claro que já passou «o tempo das manifestações e dos debates» e que chegou a «hora das decisões».

Muitos dos participantes ficaram com a impressão de terem assistido a um «momento histórico», pois nunca antes se tinha alcançado um consenso tão amplo sobre o método de governação mais adequado para Ipar Euskal Herria. Falta que Paris oiça e crie uma alínea específica no debate sobre o Acto III da Descentralização que está já na mesa.

Entre as intervenções, o membro do Batasuna Jean-François Lefort salientou «a importância, no panorama político instável que conhecemos na actualidade, da convergência de posturas». Depois de recordar que o «não reconhecimento de Ipar Euskal Herria é uma das fontes do conflito», fez um apelo «à responsabilidade colectiva de todos para caminhar em direcção à resolução definitiva e integral» do mesmo. / Fonte: naiz.info / Ver: Gara

Em Azpeitia, «homenagem aos que foram»

Realizou-se ontem em Azpeitia (Gipuzkoa) uma homenagem aos que «deram tudo» em busca da liberdade. «Verdade, memória popular, compromisso com a liberdade e solução justa serão os nossos braços e pernas», disse Joxean Agirre.

Num frontão repleto de gente, em Azpeitia, foram homenageados aqueles que, na história de Euskal Herria, foram «generosos» e «deram tudo» em busca da liberdade. Segundo disse Joxean Agirre, precisamos da verdade, e reivindicamos a verdade: «Verdade, memória popular, compromisso com a liberdade e solução justa serão os nosso braços e pernas. São os que nos conduzirão da memória para a solução».

Ontem à tarde, no frontão Izarraitz, homenagearam todos aqueles que «enfrentaram com dignidade os golpes da repressão e da negação, desejando conquistar uma liberdade democrática». Começaram nos mortos da Guerra de 36 e foram até Jon Paredes, Txiki, e Angel Otaegi (fuzilados em 27 de Setembro de 1975), passando pelos que «deram tudo» no período do franquismo. Ainda os assassinados pelos GAL, os desaparecidos na guerra suja...

Tendo como lema «Egia bide, askatasuna amets», o acto foi emocionante. [...] Agirre salientou a necessidade da verdade: «Não aceitaremos uma realidade que não tenha em conta a nossa versão». / Oihana ELDUAIEN (Ver Berria)

Ver também: «Em Azpeitia, realçam a importância da "verdade" no caminho para um cenário democrático» (naiz.info)
Com o lema «Egia bide, askatasuna amets», decorreu ontem em Azpeitia um acto organizado pela fundação Egiari Zor. Ali, estiveram presentes pessoas que sofreram a repressão dos estados espanhol e/ou francês, tendo-se reforçado o valor da «verdade» na passagem de um tempo de violência para um cenário democrático.

Sobre o sentido - construtivo, não passadista ou vitimista - do acto, entrevista a Elena Bartolomé na Info7 Irratia.

Etxerat: relatório das situações ocorridas nas prisões em Setembro

Fonte: etxerat.info

Na última sexta-feira do mês, exigiu-se a liberdade dos presos com doenças graves
Na última sexta-feira do mês [como em tantos outros pontos do território basco], vários bilbaínos voltaram a pedir, na Praça do Arriaga, o repatriamento dos presos bascos e a libertação dos que têm doenças graves. A propósito desta iniciativa, o movimento Herrira convidou os cidadãos a participarem na manifestação que vai ter lugar em Baiona no dia 10 de Novembro em defesa dos direitos dos presos. Ver: BilboBranka / Dados e fotos das mobilizações: herrira.org

Repressão: O MP retira as acusações contra quatro dos dez jovens de Hernani e Urnieta
Na sessão de sexta-feira, a Procuradoria da Audiência Nacional espanhola retirou as acusações contra quatro dos dez jovens acusados de pertencer à Segi, no âmbito do processo 16/10. Trata-se de, em concreto, de Antton Zabala, Txaber Zabaleta, Mikel García e Arkaitz Telleria.

Para além disso, fontes próximas dos arguidos disseram ao Gara que a acusação também baixou para seis anos de prisão o pedido para os outros seis acusados - Asier Olano, Ekhi Oñate, Iñigo Alzelai, Aitzol Arrieta, Egoitz Balerdi e Jon Ezeiza -, para quem se pediam inicialmente penas entre os sete e os nove anos de prisão.

Quanto ao desenrolar deste julgamento político, que começou no dia 18 de Setembro, familiares e amigos dos imputados esperam que a audiência oral termine na próxima semana, depois de terem intervido os advogados dos seis jovens guipuscoanos. Ver: Gara / Ver também: Berria

Depois do Kukutza e do Patakon, despejam o gaztetxe Uztaldi, em Santutxu

O gaztetxe Uztaldi, situado no número 14 da Rua Iturriaga, em Santutxu (Bilbo), foi despejado esta sexta-feira por agentes da Ertzaintza, depois de o dono do imóvel ter apresentado uma queixa por ocupação ilegal.
Os agentes começaram a intervir às 8 da manhã, numa altura em que não havia ninguém no interior do espaço, e ergueram um muro de tijolos à volta do edifício.

As pessoas que ali costumavam realizar actividades não tiveram oportunidade de recuperar o material que tinham lá dentro. O gaztetxe foi inaugurado no passado dia 13 de Julho.
Perante isto, a Gazte Asanblada de Santutxu, que se ia reunir precisamente na sexta-feira para decidir o plano de trabalho da nova temporada, convocou uma manifestação para as 20h00, com início na Praça Karmelo.

Apoio aos jovens
O grupo municipal do Bildu em Bilbo denunciou o despejo e o encerramento do Uztaldi. Num comunicado, a vereadora Aitziber Ibaibarriaga afirmou que é «inaceitável» e «vergonhoso» que se permita manter os espaços vazios e que depois se mande os polícias quando a juventude decide dar-lhes uso, para cobrir as necessidades culturais do bairro que a Câmara Municipal não satisfaz.

Por outro lado, o Conselho da Juventude de Euskadi (EGK) reivindicou o trabalho que é realizado nestes espaços, referindo que os gaztetxes são «espaços de organização e participação activa juvenil comprometidos com a transformação social e que promovem alternativas ao ócio consumista». (Gara)

VER: «[Fotos] A polícia autónoma espanhola despeja o Gaztetxe de Santutxu» (boltxe.info)

[Bideoa] «Uztaldi Gaztetxea hustu eta hormatu dute» (BilboBranka)

Uma exposição evoca o horror da prisão donostiarra de Ondarreta

Ondarreta kartzelaren erakusketa gida
Guia da exposição da prisão de Ondarreta. Fonte: SareAntifaxista / Sobre a prisão de Ondarreta e a exposição, ver Gara e Berria

sábado, 29 de setembro de 2012

Greba orokorra: crónica da jornada de luta em Iruñea

LAB: crónica da Greve Geral em Iruñea

Crónica da Greve Geral de 26 de Setembro em Iruñea, convocada pela maioria dos sindicatos bascos. Ao longo do dia, fez-se sentir uma forte presença policial - com numerosas cargas, feridos e detidos. Ainda assim, milhares de pessoas manifestaram-se nas ruas de Iruñea pela mudança política e social. O governo de Barcina tem os dias contados e está em contagem decrescente. «¡BARCINA VETE YA!» / Fonte: LAB via lahaine.org

Ateak Ireki: crónica da jornada de luta em Iruñea

Repleta de acosso, agressões e cargas policiais. E de luta e firmeza.

Manifestação da tarde

Imagens da manifestação realizada à tarde. No final, tomaram a palavra os jovens, as mulheres, os imigrantes, os reformados, entre outros. Fonte: ateakireki.com

Leituras:
«¡Rescate ya!», de Xabier SILVEIRA (Gara)
Dice Mas que ellos se dan el piro, que se largan, y Cospedal replica, pacifista ella de los pies a la cabeza, que tienen los tanques deseosos de disparar. Eso que son inanimados, no quiero imaginarme a los legionarios pidiendo de rodillas que los envíen ya. Aunque me late que los catalanes la van a liar y las hostias, cómo no, van a caer por aquí. Lo presiento, o lo recuerdo, no lo sé.

«Algunas reflexiones sobre las jornadas del 25 y el 26 de septiembre», de Ángeles MAESTRO (boltxe.info)
No hay atajos. Las manifestaciones, por masivas que sean, son sólo un termómetro del grado de indignación social. Avanzar en la construcción de la Alternativa al sistema exige organizar la fuerza social. Y la acumulación de fuerzas es imposible sin bases sólidas en cada centro de trabajo, en cada barrio y en cada pueblo y sin un marco político capaz de catalizar y articular ese poder.

Fascistas espanhóis impedem realização de conferência da esquerda abertzale na Universidade de Saragoça

Os incidentes provocados por nazi-fascistas espanhóis obrigaram à suspensão da conferência «El nuevo tiempo político en Euskal Herria» que a esquerda abertzale ia dar na quinta-feira à tarde numa sala cedida para esse efeito pela Universidade de Saragoça. Na véspera, associação de extrema-direita AVT tinha exigido ao reitor, Manuel López, que não apoiasse a realização da conferência, mas a convocatória manteve-se até ao último momento.

Contudo, nos corredores do edifício da Faculdade de Economia juntou-se um grupo de nazi-fascistas espanhóis (cerca de 50), que se opunham à realização da conferência.

A tensão foi aumentando e verificaram-se incidentes entre partidários da conferência (organizada pela Coordinadora por el Diálogo y la Negociación de Aragón) e nazi-fascistas espanhóis.

A conferência ia ser dada por Oskar Matute (Alternatiba/Bildu) e por Juan Kruz Aldasoro (esquerda abertzale/Sortu), que foram colocados numa sala anexa. O reitor, que foi insultado, apareceu para dizer que a conferência ia ser suspensa; a Polícia espanhola despejou as instalações sem deter qualquer nazi-fascista. / Fonte: SareAntifaxista e SareAntifaxista / Ver: Gara

Agressão de neonazis na Univ. de Saragoça

Fonte: AraInfo

Denunciam a «cumplicidade do reitor e da Polícia» no boicote à conferência sobre Euskal Herria
A Puyalon de Cuchas, organização política da esquerda independentista de Aragão, e o sindicato SOA-STA tornaram público um comunicado sobre «a gravíssima emboscada fascista que, incitada por AVT e UPyD e permitida pelo reitor da Universidade de Saragoça», foi montada a quem ia assistir a uma conferência sobre o novo tempo político aberto em Euskal Herria na universidade. (Ver: naiz.info)

Em Artxanda, evocação dos que deixaram a vida na luta por Euskal Herria

Cerca de 200 pessoas juntaram-se na quinta-feira à tarde na varanda de Artxanda (Bilbo), junto à escultura «Hatz marka», para evocar os cidadãos bascos que, desde a guerra civil, em diferentes épocas, muitas vezes em defesa de bandeira e ideologias diversas, deram a vida pelo sonho da liberdade.

No acto, dois dantzaris dançaram um agurra a uma ikurriña colocada em frente à escultura erguida em homenagem aos combatentes contra o fascismo na Guerra Civil; no final, os presentes deitaram cravos vermelhos sobre a ikurriña, em memória de todos os combatentes que deram a vida pela liberdade de Euskal Herria. / VER: BilboBranka / Fotos: BilboBranka

Gudari Eguna em Algorta, com leitura política da repressão
Associando-se às comemorações do Gudari Eguna, cerca de 100 pessoas juntaram-se na quinta-feira à noite na Praça Txiki eta Otaegi, em Algorta (Uribe Kosta, Bizkaia), para render homenagem a Eustakio Mendizabal, Txikia, Xabier Galdeano, Aitor Elortza e todos os demais gudaris. Em honra dos mortos pela Polícia franquista, pelos GAL e no exílio, houve um aurresku e oferenda floral. Fez-se também uma leitura da actual situação política «no caminho do sonho da liberdade».

Em seu entender, o actual conflito político em Euskal Herria possui bases ideológicas, sendo que tanto o Estado espanhol como francês perpetraram «um ataque constante» contra o País Basco, «recorrendo a todas as vias repressivas para dissipar a resistência, a consciência nacional, a cultura e a língua» dos bascos. A ideologia dos Estados impõe-se como hegemónica, e «esconde toda a verdade», queixaram-se, «até fazer desaparecer a consciência popular». Assim, reivindicaram o conhecimento da «memória» e da verdade sobre o que aconteceu no conflito basco. / Fonte: ukberri.net

Ver também: «Mais um 27 de Setembro; Euskal Herria evoca quem foi assassinado por defender a liberdade» (boltxe.info)

Na foto de baixo: a mãe de Jon Paredes Manot, Txiki, esta quinta-feira, no cemitério de Zarautz (Gipuzkoa). [Todo o nosso carinho à família de Txiki.]

Em Nafarroa Beherea, prosseguem as actividades da «desconquista»

O grupo Nafartar Naturalak, formado por pessoas de Baixa Navarra, tem vindo a organizar múltiplas actividades, em coordenação com a plataforma Nafarroa Bizirik, para assinalar o V centenário da primeira tentativa de recuperação da soberania do Reino de Navarra.

No fim-de-semana passado, em Garruze, promoveu uma homenagem aos garruztarrak que foram massacrados pelas tropas do castelhanas do coronel Villalba, em 1512, com a colocação de um monólito evocativo e uma conferência a cargo de Peio Monteano.

Para os próximos fins-de-semana também estão programadas diversas conferências (em Bastida e Donibane Garazi) e a projecção do filme Gartxot (na Zinemagela de Baigorri). Todas estas iniciativas, para além da importância intrínseca que possuem, são também uma espécie de prelúdio à jornada principal, que terá lugar no dia 14 de Outubro em Donapaleu, organizada pelo Deskonkista Kolektiboa [vídeo].
Na quarta-feira passada, foi apresentado o programa dessa jornada em Baiona. [Programa: kazeta.info e Nafarroa Bizirik] / Fonte: kazeta.info e Nafarroa Bizirik

Leitura:
«Balance: 1512-2012 Nafarroa Bizirik», de Patxi ABASOLO LÓPEZ (lahaine.org)
Un hermoso Auzolan. / Han transcurrido ya cuatro años desde que un grupo de personas, destacadas por su defensa del patrimonio cultural e histórico navarro, se dieran cita en la vieja Iruñea para hacer frente al reto que iba a suponer la Conmemoración del Vº Centenario de la Conquista de Nabarra.

Dose dupla: Sérgio Godinho e Três Cantos

Sérgio Godinho - «Liberdade»

Tema do álbum À queima-roupa (1974).

Três Cantos - «Eu vi este povo a lutar»

Três cantos: José Mário Branco, Sérgio Godinho e Fausto. [Ao vivo no Campo Pequeno, Lisboa, em Outubro de 2009.]

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pessoas agredidas pelas cargas policiais durante a jornada de greve anunciam acções legais

Um grupo de pessoas, entre as quais se encontram o deputado da Amaiur Sabino Cuadra e a presidente da Comissão de Pessoal das Administrações Públicas de Nafarroa, Espe Iriarte (LAB), anunciaram que vão interpor acções legais contra os responsáveis pelas agressões policiais que ontem sofreram, durante a jornada de greve.
Seis destas pessoas deram uma conferência de imprensa em Iruñea em nome de uns 25 «afectados» pelas cargas policiais em Nafarroa, número que esperam que aumente, tendo em conta os contactos que estão a efectuar.

Num texto lido por Estitxu Urtaran e Iván Pérez, exigiram a demissão do conselheiro do Interior, Javier Morrás, e da delegada do Governo espanhol, Carmen Alba, tendo ainda pedido ao Parlamento navarro «que tome medidas para apurar responsabilidades e fazer com que estas intervenções antidemocráticas não se repitam».

Manifestação dia 12 de Outubro
Para além disso, convocaram os cidadãos para uma manifestação que se irá realizar no próximo dia 12 de Outubro em Iruñea, com o lema «Barcina-Morrás-Alba dimisión. Utzi bakean langileria. Gastos policiales para escuelas y hospitales».
Afirmaram que na greve geral de ontem, que consideram um «êxito», viram os seus direitos civis violados «pela acção de determinados empresários e das forças policiais».

Concretamente, destacaram a violação do direito à greve em empresas e serviços públicos, do direito a realizar piquetes informativos e do direito à manifestação, tendo ainda denunciado o uso de violência «sobre cargos eleitos, jornalistas, trabalhadores e menores de idade», bem como a utilização de armas «que põem em perigo a integridade e a vida das pessoas».
Disseram que, em virtude das intervenções policiais, houve bastantes feridos e que uma pessoa foi gravemente ferida num olho. / Fonte: ateakireki.com / Lista provisória de agressões e violações de direitos na jornada de greve geral (ateakireki.com) / Vídeo: Agressão ao deputado Sabino Cuadra, da Amaiur

Agressão policial a repórter do Ateak Ireki

Greba orokorra Gasteizen / Greve Geral em Gasteiz

Via gazteiraultza.info

Em Roma, concentração de protesto nos 100 dias de prisão domiciliária de Lander Fernández

No próximo sábado, meia dezena de políticos e advogados vão dar uma conferência de imprensa na Praça de Espanha, em Roma, para pedir a liberdade do bilbotarra Lander Fernández e condenar a «montagem repressiva» posta em prática pelo Estado espanhol contra ele.

No mesmo dia, a rede de solidariedade criada a favor da sua libertação vai realizar uma concentração frente ao Ministério da Justiça. Recorde-se que já passaram cem dias desde que Lander foi detido em Roma.
O militante basco, quase há dois anos na capital italiana, onde fazia uma vida normal, foi preso pela Polícia italiana a 13 de Junho último, em resposta ao pedido feito pela AN espanhola.

Numa nota, a rede de solidariedade com Lander afirma que «ainda não existem provas do crime de que é acusado, que não tem nada a ver com terrorismo, e que no sistema jurídico italiano já teria prescrito». Na nota afirma-se ainda que, «na sequência da montagem repressiva» do Governo espanhol, Fernández está preso em casa há cem dias, privado de liberdade. «Esta montagem não justifica a suas extradição para Espanha, nem que esteja preso em Itália». / Fonte: askapena.org

Iñaki Rego regressa a casa depois de 17 anos na prisão
Pela segunda vez nos últimos seis dias, ontem um preso político foi recebido em Urruña. Neste caso, foi a vez de Iñaki Rego, que era esperado por cerca de 200 conterrâneos e amigos em Pausu (Lapurdi), depois de deixar para trás a prisão de Muret, onde, tal como Peio Alcantarilla na sexta-feira passada, acabou de cumprir a pena a que foi condenado.
No ongi-etorri foi também homenageada a mãe do ex-preso, em virtude da «determinação mostrada durante tantos anos». Iñaki Rego foi detido juntamente com o seu pai, Juan José Rego (em liberdade condicional por doença grave), e Jorge García Sertucha a 9 de Agosto de 1995, em Maiorca, acusados da preparação de um atentado contra o rei Juan Carlos I. Mais tarde, foi extraditado para o Estado francês, onde residia, para cumprir a pena. / Fonte: Gara / Ver também: Lejpb

Néstor Kohan: «Venezuela: los dilemas de octubre»

Pero la urgencia de las elecciones de octubre y la necesidad imperiosa de la victoria electoral no deben confundirnos. El combate en Venezuela no es sólo electoral. El imperialismo estadounidense (bajo el disfraz sonriente y «multicultural» del presidente Obama, igual de guerrerista que los anteriores mandatarios yanquis), la gran burguesía venezolana y sus socios políticos están desplegando un plan extra-electoral destinado a sabotear el proceso y/o desconocer los resultados. (pakitoarriaran.org)

«La brújula», de Borroka Garaia (boltxe.info)
Por lo tanto para romper el bucle hay que conformar un dragón con múltiples cabezas que no se escupan fuego entre ellas y que lo echen coordinadamente sobre el enemigo o al menos paralelamente sin molestarse. Con un plan de trabajo a largo plazo en el que cada cual vea lo que quiere y puede aportar llegando a un mínimo común denominador adecuado con objetivos requeridos y bien clarificados.

«El dictador en el andamio», de Antonio ALVAREZ-SOLÍS (Gara)
El Sr. Aznar pretende que el debate sobre el futuro nacional de Catalunya o de Euskadi tribute a la raíz transgénica de la Transición, una «serie de pilares que no se deben poner en cuestión». España sigue siendo para la casta dictatorial la amada inmóvil, un ser que siempre está a punto de ser algo espléndido al que malogran los malvados.

Concentração em Bilbo: «Nós com a Revolução da Venezuela!»

Os colectivos internacionalistas bascos Komite Internazionalistak e Askapena convocam uma concentração a favor do processo revolucionário bolivariano para o dia 1 de Outubro, às 19h00, em Bilbo.

Enquanto agentes políticos, sociais e sindicais de Euskal Herria, queremos declarar o nosso apoio e solidariedade à Revolução Bolivariana.

Porque, para lá da intoxicação mediática e do jogo sujo do império, que se traduz num Golpe de Estado falhado e em contínuas campanhas de desestabilização, foram muitos os passos que, no âmbito político e social, se deram na Venezuela, onde o processo revolucionário conta com um forte apoio popular, que aumenta com o passar dos anos.

Por tudo isto, e porque há muito em jogo nas eleições presidenciais que terão lugar no dia 7 de Outubro, convocamos os cidadãos para uma concentração na segunda-feira, dia 1 de Outubro, às 19h00, na Praça Circular de Bilbo, para que o povo da Venezuela receba o maior apoio possível de Euskal Herria.

VIVA A REVOLUÇÃO BOLIVARIANA!

VIVA A VENEZUELA!

Convocam: Askapena e Komite Internazionalistak

Apoio: Bilgune feminista, Colectivo de Colombianos/as Refugiados/as-BACHUE, Circulo Bolivariano «La Puebla», Euskadi-Cuba, Ikasle Abertzaleak, Ikasle Ekintza, Marcha Patriotica (Capítulo Euskal Herria), Mumiaren lagunak, Plataforma No más Bases (Euskal Herria-Colombia), Periódico Resumen Latinoamericano, Sare Antifaxista. / Fonte: pakitoarriran.org

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Gudari Eguna 2012

Dia do Combatente Basco / 27 de Setembro de 2012
No caminho do sonho da liberdade.

Gora Euskal Herria askatuta!
Dena eman dutenei. Aos que deram tudo.
Agur eta ohore eusko gudariak!

ETA: «É hora de curar feridas e abrir espaços de diálogo e acordo»

Por ocasião do Gudari Eguna de hoje, a ETA tornou público um comunicado dirigido à sociedade basca em que realça o seu «compromisso total com o processo de libertação e com a oportunidade de solução para o conflito», ao mesmo tempo que incentiva o reforço das organizações da esquerda abertzale e o movimento popular. Assume que a atitude dos estados pode provocar certa inquietude, mas sublinha que, por isso mesmo, «não há que ceder, mas sim perseverar».

A reafirmação do «compromisso total» com o processo de solução é a principal mensagem lançada pela ETA num comunicado enviado ao Gara por ocasião do Gudari Eguna que hoje se assinala. No texto [link para a versão original em baixo], a organização basca realça este conceito com expressões como «não há que ceder, mas sim perseverar», pese embora a tentativa de bloqueio dos estados.

Num diagnóstico da situação actual, a ETA assume que esta «pode afigurar-se decepcionante se apenas se observar quantos passos demos para construir a paz e a atitude mantida pelos estados que oprimem Euskal Herria. E mais ainda quando a roda do sofrimento continua a girar». Não obstante, defende a insistência, «considerando que, face à obstinação e à violência, existem caminhos razoáveis de solução, intensificando a pressão popular para atrair Espanha e França para a solução».

Constata, na verdade, que, se «os estados estão a mostrar capacidade para prolongar o sofrimento», percebe-se também que «a sua atitude blindada tem cada vez menos apoio em Euskal Herria e no âmbito internacional. As exigências a Espanha e França para que dêem passos construtivos e ponham de parte as atitudes que alimentam o conflito são cada vez mais sonoras».

A ETA lembra, paralelamente, que este processo não se cinge à busca uma solução com os estados, mas que também tem de ser construído em Euskal Herria. E considera, a este respeito, que «é hora de curar as feridas abertas por anos de conflito e de abrir espaços de diálogo e acordo, para erguer entre todos os pilares de uma paz estável e duradoura».

Em coerência com tudo isso, na parte final da mensagem a ETA deixa claro que «reafirma o compromisso total com a oportunidade de solução que estamos a criar para ultrapassar o conflito e, em geral, com o processo de libertação».

«A ambição de vencer»
Depois de citar os avanços ocorridos nos últimos anos com vista à mudança política e social, a ETA matiza que «nos equivocaríamos, no entanto, se nos conformássemos com o alcançado e concluíssemos que estávamos suficientemente preparados para enfrentar os desafios que temos pela frente. Com isso não faríamos mais que limitar de antemão o potencial da mudança de estratégia», avisa.

Neste contexto, a organização basca refere que, se há alguma coisa que se destaca na esquerda abertzale, é «a ambição de vencer. Ou, dito de outra forma, a determinação para levar o nosso projecto político até ao fim, passo a passo. Podemos dizer que a esquerda abertzale colocou o processo de libertação no bom caminho, mas ainda não estamos senão no início do trajecto», opina.

Na sequência disto, a ETA considera que a esquerda abertzale «tem de se preparar para responder aos desafios que já surgiram e àqueles que estão para vir», para além de «corrigir erros e superar carências». Entende que isto passa por juntar novas forças para a construção nacional, perfilar modos de trabalho, acertar com propostas políticas e estabelecer mecanismos de organização adequados.

«Ao longo destas décadas, o processo de libertação avançou graças ao incrível esforço e ao compromisso generoso de milhares de homens e mulheres. E de agora em diante também avançará em virtude do compromisso, da luta e da organização», acrescenta.

Assim, a ETA faz um apelo a «todos os independentistas e revolucionários» para que se organizem e se envolvam na luta por Euskal Herria nas organizações da esquerda abertzale e do movimento popular. «Os grandes objectivos só se podem encarreirar mediante esforços e compromissos da mesma dimensão, e assim à luta!», conclui este comunicado que se inicia com uma menção ao Gudari Eguna. / Fonte: Gara

Comunicado: «ETAren agiria Euskal Herriari»

Ampla adesão à greve geral e milhares de pessoas nas ruas em defesa dos direitos laborais e sociais

LAB, ELA, ESK, STEE-EILAS, EHNE, HIRU, CGT e CNT e quase uma centena de organizações sociais deram hoje à tarde uma conferência de imprensa para fazer um balanço da jornada de greve.

Reiteraram os números que tinham avançado esta manhã e insistiram na ideia de que a jornada de protesto contra os cortes contou com uma «ampla» adesão. Mostra disso é o facto de, no sector da Indústria, em 56,09 % das 530 empresas mais importantes da CAB (Comunidade Autónoma Basca) mais de 70% dos trabalhadores terem aderido à greve.

Os sindicatos consideraram especialmente importante a adesão «generalizada» à greve no sector público, «um dos mais atingidos pelos cortes», como lembraram, e no da educação, sendo que a paralisação «se fez sentir em 75% das escolas».
Nos municípios e deputações, a adesão foi, segundo referiram, «muito importante», e na administração autonómica «ultrapassou os 70%».

Também consideraram bastante importante a participação nas manifestações realizadas aos meio-dia nas capitais dos diversos herrialdes do Sul, que superou as 110 000 pessoas. [De acordo com os dados avançados pelo Berria, em Donostia manifestaram-se 30 000 pessoas, em Bilbo 30 000, em Gasteiz 25 000 e em Iruñea 20 000.]

Sonia González, sindicalista do LAB, criticou o «dispositivo policial desmedido» tanto na CAB como em Nafarroa para fazer frente à greve, algo que qualificou como um «acosso», e condenou as intervenções e detenções efectuadas pelos diversos corpos policiais.

A representante do LAB acusou ainda o patronato basco de entrar numa guerra de números para esconder a realidade. «Nós esvaziámos os locais de trabalho, enchemos as ruas e agora cabe às instituições» agir em consonância, afirmou.

O representante da organização estudantil Ikasle Abertzaleak, Egoitz Arrese, também presente na conferência de imprensa, afirmou que 95 % dos estudantes aderiram ao protesto de hoje e aproveitou para convocar o sector para uma nova jornada de greve, no dia 11 de Outubro. / VER: lahaine.org / Mais informação: Berria, BilboBranka e Gara [Imagens, de cima para baixo: Bilbo, Iruñea, Donostia, Gasteiz.]

Ver também:
«Iruñea: o LAB Nafarroa destaca a grande participação nas manifestações da manhã» (LAB via ateakireki.com)

«Intervenção de Ainhoa Etxaide, secretária-geral do LAB» (LAB)

«Intervenção de Igor Arroyo, porta-voz do LAB em Nafarroa» (LAB)

Iruñea: incidentes e violência policial

Carga da Polícia Foral no Passeio Sarasate durante o acto final da manifestação do meio-dia. Cidadãos tentam impedir a carga. Também intervém a Policía Nacional. Igor Arroyo (LAB), no estrado: «¡Nos sentamos, nos sentamos!». / Mais info e vídeos: ateakireki.com e LAB

À tarde, manteve-se a atitude provocadora e as cargas selváticas prosseguiram, sobretudo na Alde Zaharra (Parte Velha) e no El Corte Inglés, «conquistado» por um amplo dispositivo policial. Pouco antes das 18h00, o Ateak Ireki dizia que «disparavam em direcção à cabeça».

14 detidos em Nafarroa
Catorze pessoas foram detidas em Nafarroa durante a jornada de greve geral, segundo informou a Delegação do Governo. Treze foram detidas em Iruñea e uma em Atarrabia. / Na foto: «Recuerdo de España». Bala de borracha apanhada na Rua San Nicolás, em Iruñea. / Fonte: ateakireki.com

VÍDEOS: Irailaren 26ko greba orokorra (AteakIreki / LAB)

FOTOS: Greve Geral (Berria / AteakIreki / ekinklik.org / BilboBranka / LAB)

VÍDEOS-naiz.info: Greve Geral em Gipuzkoa / Bilbo / Gasteiz / Iruñea.

Aurrera! Gora langile borroka! Viva a luta dos trabalhadores!

Gloria Rekarte: «Dignidad sin justicia»

Después, con la misma dignidad y la sonrisa aún en los labios, se apresta a la pelea que libraran durante las horas y los kilómetros de vuelta, el sueño, el cansancio y ese terco, puñetero, dolor de huesos. Le costará reponerse al menos dos días, tal vez tres, quizás cuatro esta vez. (Gara)

«Carrillo, segunda transición y Euskal Herria», de Gotzone ERREKONDO e Nekane GARMENDIA (lahaine.org)
Este republicano fue uno de los avaladores de una nueva restauración borbónica bajo una Constitución que recogía buena parte de los principios del «Movimiento»

«A indignação popular e o coro do medo», de Miguel URBANO RODRIGUES (ODiario.info)
A revolta torrencial das massas contra a política do Governo Passos-Portas, fenómeno social altamente positivo, colocou este na defensiva. Mas, recordando outra vez ensinamentos de Lénine, torna-se indispensável tomar consciência que é dever indeclinável de um partido revolucionário organizar as massas, assumir na luta o papel de vanguarda. Só a organização e a persistente continuidade farão com que acções como as grandes manifestações de protesto dos últimos dias possam configurar uma ameaça concreta ao sistema de poder vigente.

«¡Nacimos para vencer, y no para ser vencidos!», de FARC-EP (boltxe.info)
Nuestra inquebrantable unidad interna, nuestra elevada moral revolucionaria y el incesante apoyo popular nos garantizan que saldremos victoriosos de esta nueva prueba. Sabemos bien que el pueblo colombiano no va a quedarse callado, que siente llegada su oportunidad para reclamar y exigir, y que se movilizará masivamente por los cambios.

Gudari Eguna: Txiki: «Sou vento de liberdade»


Homenagem a Txiki, Otaegi e aos três membros do FRAP fuzilados no dia 27 Setembro de 1975 pelo regime franquista.

«27 de septiembre en la memoria», de Diego Paredes, Boni Arrondo, Xabier Erauskin, Gotzon Garmendia e Luis Fuentes (Gara)

«Irailak 27 oroimenean», de Diego Paredes, Boni Arrondo, Xabier Erauskin, Gotzon Garmendia e Luis Fuentes (Berria)

«Ez zaituztegu ahaztuko!!!» [Não vos esqueceremos], de Boltxe Kolektiboa (boltxe.info)

«Albert Boadella, este es el himno "nacional"!!! (27 de septiembre)», de Maite Campillo (lahaine.org)

Notícia e vídeo: «Oroimen ekitaldia da, ez politikoa» (zarautz.hitza.info via SareAntifaxista)

Fotos: Homenagem aos fuzilados pelo franquismo em Zarautz (Berria)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Irailak 26 de Setembro: greba orokorra / greve geral!

Kapitalismoaren aurka... gazteok, denok grebara!

Dia 26 de Setembro, contra o capitalismo... os jovens, todos em greve! / Fonte: gazteiraultza.info

Greba orokorra: locais e horários das mobilizações matinais e vespertinas (LAB)

Informação actualizada: lahaine.org / greba.euskalherrian / irunerriagreban / LAB Sindikatua / ateakireki.com / #GrebaOrokorra
A Polícia espanhola deteve duas pessoas em Iruñea
Agentes à paisana prenderam hoje de manhã na Rua Jarauta o iruindarra Iván García, segundo divulgou o portal Ateak Ireki. Ao que parece, e de acordo com esta fonte, acusam-no de proferir «ameaças graves», no âmbito de uma jornada de luta. García, que já fora detido por causa da greve geral de Março e é bastante conhecido no bairro pela sua militância política, encontra-se nas instalações da Polícia espanhola em Iruñea.
À tarde, a Polícia espanhola prendeu um jovem de Iturrama - Txino -, a quem acusam de ter atacado um banco no seu bairro. Segundo o Ateak Ireki conseguiu apurar, o jovem, que também participou na jornada de luta de sexta-feira, foi seguido durante todo o fim-de-semana por polícias à paisana, e, em virtude disso, apresentou-se com a sua advogada à Polícia Nacional e à Polícia Foral, tendo-lhe sido dito que não existiam acusações formuladas contra ele. Hoje à tarde prenderam-no. Deve ser presente a um juiz amanhã. (Ver: ateakireki.com e ateakireki.com)

Leituras:
«Irailaren 26an, greba orokorra», de EPPK (*) (Gara)
Alde nazionala eta alde soziala txanpon bereko alde biak dira. Hala irudikatu zuen Euskal Askapen Mugimenduak aspaldi eta hala jarraitzen du izaten. Hain zuzen, Gudari Eguna dugu 27an eta bertan omentzera goaz independentzia eta sozialismoaren alde borrokan bizitza eman duten guztiak. Gaurko grebarekin ez gara krisiaren aurrean erantzun soila eskaintzen ari, guztiok amestutako gizarte berri bat aldarrikatzen ari baikara. Espetxetatik euskal langileriarekin, euskal borrokalariekin bat egiten dugu!
(*) Euskal Preso Politikoen Kolektiboa / Colectivo de Presos Políticos Bascos / [Resumo/interpretação do Gara]

«Punto de inflexión», de Tasio ERKIZIA e Mikel ETXABURU (ezkerabertzalea.info)
Cualquier huelga general, como medida extrema que supone para los trabajadores y los sectores populares, tiene una gran transcendencia. No es una medida normal de protesta sino el instrumento más determinante para que la voz de los oprimidos-as se haga escuchar de manera eficaz ante las distintas instancias del poder. Y en la situación socio-politica actual, esta iniciativa tiene un significado especial, una importancia sobreañadida.

Adiado novamente o julgamento relativo ao mandado europeu contra Arturo Villanueva

Foi o próprio Arturo Villanueva (Iruñea, 1976) que divulgou pelo Twitter a informação de que o julgamento relativo ao mandado europeu emitido contra si tinha sido novamente adiado pelo Tribunal de Pau, agora para 23 de Outubro. O tribunal de excepção espanhol enviou para o francês a documentação apenas em castelhano e esta foi devolvida.

Antes, a Audiência Nacional não tinha enviado a documentação solicitada. O habitante do bairro de Donibane foi preso no dia 27 de Agosto em Urruña (Lapurdi), onde vivia havia pouco tempo e fazia uma vida pública, depois de ter passado vários anos na Irlanda. Já em Belfast, em Abril de 2009, tinha sido preso por causa de um mandado europeu emitido pela AN espanhola, mas na altura o juiz rejeitou as pretensões espanholas. / Fonte: eztabai.net / Mais info: kazeta.info

Divulgam a situação dos presos políticos num concerto em Rennes
No passado dia 19 de Setembro o Comité de Solidariedade com o Povo Basco de Rennes e os Euskal Herriaren Lagunak distribuíram informação sobre a situação das presas e dos presos políticos bascos antes do concerto que o músico Peio Serbielle deu no Champs Libres de Rennes.
Também distribuíram material comunicativo do Herrira a quem foi assistir ao concerto. / Fonte: askapena.org

Gudari Eguna: no monte Artxanda, evocação de todos os que deram a vida pelo «sonho da liberdade»

Um grupo de cidadãos vai realizar um acto evocativo esta quinta-feira, 27 de Setembro (19h30), junto à escultura «Hatz-marka» (La Huella), que se encontra no monte Artxanda (Bilbo), em homenagem aos gudaris que morreram na luta contra o franquismo. Terá como lema «Oroimenetik konponbidera» [da memória para a solução].

Numa nota enviada à Branka, os convocantes afirmam que a evocação é extensiva a todos aqueles que, em diferentes épocas, mesmo que sob diferentes bandeiras ou ideologias, deram a vida pelo «sonho da liberdade». E consideram que dar testemunho disso, de todos aqueles deram a vida pelo «sonho da liberdade», «é indivisível da nossa história», «porque são nossos todos os que enfrentaram com dignidade os golpes da negação e da repressão, fazendo frente ao fascismo, desejando conquistar uma liberdade democrática». / Ver: BilboBranka

«Askatasun ametsaren bideak»

No âmbito do Gudari Eguna, anúncio das comemorações em Iruñea. [Em euskara (bastante) e castelhano (partes).] Fonte: ateakireki.com

1975-2012: a Ahaztuak evoca os últimos fuzilados do franquismo
No dia 27 de Setembro de 1975, depois de serem condenados em conselhos de guerra sumaríssimos pelos tribunais militares franquistas e após a confirmação das penas de morte pelo Conselho de Ministros, Angel Otaegi, Jon Paredes, Txiki, Xosé Humberto Baena, Ramón Garcia Sanz e José Luis Sánchez Bravo - os dois primeiros militantes da ETA e os três últimos militantes da Frente Revolucionário Antifascista e Patriótica (FRAP) - caíam fuzilados pelos pelotões de execução. Eram os últimos assassínios legalmente ordenados pela ditadura. Por ocasião do 37.º aniversário, a AHAZTUAK 1936-1977 rende homenagem aos cinco lutadores antifascistas assassinados pelo Estado franquista naquele dia e também às dezenas de milhares de pessoas assassinadas em todo o Estado antes deles pelo mesmo regime.

Assim, por ocasião do aniversário referido e da mesma forma que em anos anteriores, a associação de vítimas do golpe de estado, da repressão e do regime franquista AHAZTUAK 1936-1977 vai realizar em diversos pontos de Euskal Herria actos evocativos e de homenagem a estes cinco lutadores e a todas as vítimas do franquismo. / Fonte: Sanduzelai Leningrado / Locais e horas: Gara

Entretanto, de acordo com uma notícia divulgada pelo Ateak Ireki, a delegada do Governo espanhol em Nafarroa, Sra. Carmen Alba, proibiu a concentração convocada pela Ahaztuak para dia 27.

Treze jovens no banco dos réus por protestarem contra o Plano Bolonha

Coincidindo com a jornada de greve convocada pela maioria dos sindicatos bascos, começa amanhã, em Bilbo, o julgamento de treze jovens militantes dos Ikasle Abertzaleak, por incidentes ocorridos a 31 de Janeiro de 2008, durante uma reunião de professores da UPV-EHU.

O MP pede quatro meses de prisão para cada um deles, pelo crime de «desordem pública», apesar de, como eles mesmos contam, «o protesto ter decorrido de forma pacífica, apenas com gritos e exibindo cartazes».

Ikoitz Arrese e Iraide Lejarreta são dois dos treze jovens que naquele dia mostraram o seu repúdio contra a lista de sanções que a Reitoria da UPB queria impor e, de uma forma geral, contra a instauração do Plano Bolonha nesta universidade.

Ambos se mostram «tranquilos e confiantes» perante o julgamento, sabendo que agiram «com toda a legitimidade do mundo», pelo que esperam ser absolvidos.

O protesto que está na base do julgamento integrou-se num processo de luta contra o Plano Bolonha liderado pelos Ikasle Abertzaleak que já se vinha a desenrolar desde 2005, em conjunto com outras forças estudantis, com várias paralisações, greves e manifestações. No dia 20 de Dezembro de 2007, conseguiram juntar mais de 4000 pessoas numa manifestação no campus de Leioa (Bizkaia).

Arrese e Lejarreta consideram que, com este julgamento, «se procura criminalizar todo o movimento de oposição a Bolonha» e, en passant, «mandar a mensagem "exemplar" de que lutar pelos nossos direitos pode sair caro».

Contra o modelo neoliberal
Com a perspectiva que advém da passagem dos anos, ambos os jovens analisam aquela luta: «Foi muito positiva. Conseguiu-se juntar diferentes sensibilidades para fazer frente a um modelo de privatização, neoliberal», refere Arrese. «Conseguimos construir uma espécie de muro contra aquela decisão, conseguimos transmitir a mensagem do "estamos aqui, não vão passar por cima de nós"», acrescenta Lejarreta.

Por isso, ambos os militantes consideram que este julgamento tem muito de «instrutivo e simbólico», embora no mau sentido do termo. Assim, criticam o actual reitor, Iñaki Goirizelaia, e a sua equipa, que responsabilizam pela «imposição do Plano Bolonha, em vez de procurar o diálogo com todos os agentes estudantis», fazendo-o, para além disso, «com métodos de repressão nunca antes vistos».

O expoente máximo dessa repressão é, na sua opinião, a lista de sanções antes referida e ainda decisões como a de «conceder via livre à Ertzaintza para actuar na Universidade como bem lhe apetecer, utilizando para tal câmaras ou acedendo directamente aos dados dos estudantes». Para Arrese e Lejarreta, isto só mostra «que temos cada vez mais força, que nos temem». / Mikel PASTOR (Gara) / Ver também: topatu.info

Estudantes da NUP-UPNA aderem à greve e vão exigir responsabilidades legais pela intervenção policial

Comunicado dos estudantes para pedir responsabilidades legais por causa da intervenção ilegal da Polícia Foral na Universidade Pública de Navarra no acto de abertura do ano académico 2012/2013. E apelo à adesão à greve de dia 26 de Setembro. Fonte: ateakireki.com

Ver também: «A Assembleia da UPNA vai responder à carga policial por vias legais», de Aritz INTXUSTA (Gara)