Numa conferência de imprensa ontem em Iruñea, o Eleak criticou a detenção do iruindarra Arturo Villanueva, «que carece inteiramente de sentido; além de tentar retirar legitimidade à sua actividade política, esta decisão pode representar a continuação de uma linha de acção política mediante a qual se procura impor uma punição exemplar pela prática dessa actividade», salientou Asier Biurrun, porta-voz deste colectivo.
«Este tipo de decisões não tem lugar no contexto político e social em que nos encontramos. É hora de trabalhar a favor da justiça transicional. Isto é, de acabar com detenções e extradições, de libertar quem continuam preso pela sua actividade política e de garantir, de uma vez por todas, que este tipo abusos de não se volta a repetir. Como tal, é hora de dar passos e promover as mudanças necessárias no âmbito jurídico e político. As situações que hoje estamos a denunciar devem passar a ser coisas de ontem, de imediato», acrescentou Biurrun, que compareceu juntamente com Expe Iriarte, também do Eleak, e habitantes do bairro de Donibane, de onde é Villanueva.
Neste sentido, afirmaram que «a própria Audiência Nacional não devia existir. Foi um instrumento do franquismo e representa a continuidade dessa ditadura. É por demais conhecida a atitude que este órgão teve face às denúncias de tortura».
Para denunciar a situação em que se encontra Villanueva e o ataque contra os direitos individuais e colectivos que representa, o Eleak convocou uma concentração para hoje às 19h00 na Praça do Município de Iruñea.
Villanueva viveu nove anos na Irlanda, onde fazia uma vida pública. Um juiz de Belfast rejeitou um mandado europeu em que o Estado espanhol solicitava a sua entrega. Há um mês, decidiu regressar a Lapurdi «para estar mais próximo dos seus, mesmo sabendo que corria o risco de ser detido», segundo disse a sua família. / Martxelo DÍAZ / Notícia completa: Gara
Solidariedade com Gaizka Astorkizaga na Suíça
No final do Primeiro Torneio de Futebol Anti-racista de Arbedo-Castione, localidade do Sul da Suíça, diversas pessoas do colectivo La Scintilla e outras mais exibiram uma faixa em que se lia «Maite zaituztegu. Fito. Denak askatu», em solidariedade com o bilbaíno Gaizka Astorkizaga e os restantes presos políticos bascos.
Na página do colectivo La Scintilla pode ler-se que, para além da solidariedade a Fito, seu «amigo e apoiante», querem lembrar «todos os outros presos que se encontram encarcerados pela sua militância em prol de uma Euskal Herria independente e socialista».