sábado, 22 de setembro de 2012

Contra o acosso policial, detenções e julgamentos, o Eleak pede que se continue a erguer um muro popular

Sindicatos, partidos políticos, agentes sociais e cidadãos participaram na conferência de imprensa que o Eleak deu hoje de manhã em Bilbo, frente à Delegação do Governo espanhol, na sequência das detenções ocorridas recentemente na Bizkaia, dos julgamentos que se têm sucedido na AN espanhola nos últimos dias e também do acosso policial sofrido por diversos cidadãos nas últimas semanas, que denunciaram publicamente. Os presentes exibiam cartazes em que se exigia a liberdade de Imanol Gonzalez (detido em Balmaseda) e de Jon Igor Urresti (detido em Ondarroa).


Em nome Eleak, falaram Fernando Bilbao (em castelhano) e Maria Ribero (em euskara). Afirmaram que, enquanto em Euskal Herria se estão a dar passos por forma a alcançar a normalização política, as detenções, as vigilâncias policiais ou os julgamentos continuam a ser uma realidade diária, algo que ficou bem evidente com as detenções do jovem de Karrantza Imanol Gonzalez e do ondarrutarra Jon Igor Urresti; com os 16 anos de prisão pedidos para Iñako Goioaga, por causa do seu trabalho em defesa dos presos políticos; e com o julgamento dos jovens de Lekeitio na AN, «em virtude de uns quantos incidentes surgidos no âmbito das festas da localidade».
Expressam o seu repúdio face a esta repressão e defenderam a necessidade de se continuar a erguer um muro popular, lembrando que «todos são necessários, nas terras e nos bairros, quando alguém é alvo de um ataque, para reivindicar os seus direitos civis e políticos». / Fonte: BilboBranka

«A AN espanhola deu ordem de prisão a Igor Urresti» (naiz.info)
O magistrado da Audiência Nacional espanhola Javier Gómez Bermúdez deu ordem de prisão a Igor Urresti Osa, detido na terça-feira à meia-noite em Ondarroa. O jovem biscainho disse ao seu advogado que foi tratado de forma correcta enquanto permaneceu incomunicável em poder da Polícia espanhola.

Julgamento dos jovens de Hernani e Urnieta: «A Polícia diz que pôs os capuzes aos detidos para "proteger a sua intimidade"», de Alberto PRADILLA (Gara)
A quarta sessão do julgamento político de dez jovens de Hernani prosseguiu com os depoimentos de polícias espanhóis. Um deles justificou o uso de capuzes com a «protecção da sua intimidade». Outro negou ter estado com um detido que o identificou claramente.

Ongi etorri ao preso Peio Alcantarilla em Urruña
Depois de deixar para trás a prisão de Muret (Frantzia), o preso político basco Peio Alcantarilla chegou ontem a Urruña (Lapurdi), onde foi recebido de forma carinhosa pelos conterrâneos, ao fim da tarde.
Alcantarilla, que é condutor de camiões, foi preso pela Guarda Civil em Outubro de 2004, em Burgos, quando estava a trabalhar. Nessa operação foram detidas dezoito pessoas: treze em Euskal Herria (incluindo a mulher de Peio), quatro em Bearn e uma no Estado espanhol.
Depois de passar cinco dias em poder da Benemérita, recebeu ordem de prisão, por prestar ajuda à ETA. Na AN espanhola, contou ao juiz Fernando Andreu que tinha sido submetido a duras torturas e que tinha tentado cometer suicídio. Voltou a fazer a mesma denúncia em Janeiro de 2005, na presença da Juíza Laurence Le Vert, depois de ser extraditado de Espanha para França. Meteram-no no cárcere de Fresnes.
Foi julgado em 2010, juntamente com Mikel Albisu e Soledad Iparragirre, entre outros, e condenaram-no a dez anos de prisão. No Estado francês, para além de Fresnes, esteve também na prisão de Bordéus e na de Muret, onde acabou de cumprir a pena. / A.M. / Fonte: Gara / Ver: kazeta.info