segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Iñaki Goioaga nega ter planeado a fuga de um preso

Iñaki Goioaga, Gorka Garcia Sertutxa e Ana Paz, que enfrentam penas de 16, 6 e 8 anos de prisão, respectivamente, recusaram-se a responder às perguntas do magistrado da acusação, tendo respondido apenas às questões colocadas pelos seus advogados no julgamento que hoje arrancou na Audiência Nacional espanhola.

Todos eles referiram que, se reconheceram algumas das acusações lançadas pela Guarda Civil em 2009, foi depois de serem maltratados pelos agentes da Instituição Armada.

«Nunca planeei uma fuga», sublinhou Goioaga, que declarou exercer a profissão de advogado há 27 anos, a maioria dos quais no tribunal de excepção espanhol que agora o julga.

Respondendo à sua advogada, Jone Goirizelaia, reconheceu que presta assistência legal tanto a Gorka García Sertutxa como a outros presos políticos bascos. Refutou, no entanto, a acusação de ser membro da ETA, negando ter colaborado na cobrança do denominado «imposto revolucionário», bem como ter entregado documentos da organização armada a Ana Paz, então companheira de García Sertutxa, para que esta os passasse ao preso, aproveitando as visitas.

O advogado disse também ter sido agredido durante a sua detenção, que ocorreu em Junho de 2009. García Sertutxa, por seu lado, corroborou a versão de Goioaga, afirmando que «nunca» tentou fugir. Disse ainda que nos seus 17 anos de encarceramento não manteve qualquer tipo de ligação à ETA, nem recebeu comunicações da organização armada.

Estava previsto que o julgamento prosseguisse à tarde (17h00). Espera-se que termine amanhã, com os depoimentos das últimas testemunhas e as alegações finais. Iñaki Goioaga foi preso em Junho de 2009 com Gorka García Sertutxa e mais dois presos políticos bascos – que ficaram presos e incomunicáveis – e dois familiares, uma delas Ana Paz. / Alberto PRADILLA / Fonte: naiz.info / Ver: aseh

Ver também: «Goioagak epaiketan esan du presoei inoiz ez diela ETAren agindurik eman» (Berria)