A secretária-geral do LAB, Ainhoa Etxaide, disse ontem perante os delegados sindicais da Bizkaia que a greve geral de 26 de Setembro será «um protesto» contra as políticas restritivas dos governos e que «a razão de ser dos cortes é o roubo de 100 000 milhões ao povo para tapar os buracos da banca». Também afirmou que «estas políticas criam pobreza e não garantem direitos».
O LAB juntou ontem os delegados sindicais da Bizkaia numa assembleia em Bilbo. No final, realizou uma manifestação frente à sede do PP, na Gran Vía da capital biscainha, na qual se fez um apelo à greve geral para travar os maiores cortes sociais da história recente.
Ainhoa Etxaide, no início da marcha, pediu à população basca que «dê uma resposta contundente no dia 26 de Setembro aos contínuos cortes a que está a ser submetido quem menos tem». Em seu entender, «há razões suficientes para levar a greve avante» e para que «o apoio seja suficiente e massivo».
Etxaide lembrou que os cortes do Governo de Mariano Rajoy (PP) são «os piores que jamais nos foram impostos» e insistiu que «é mentira que a razão desses cortes seja a despesa excessiva dos pensionistas em medicamentos ou o uso excessivo dos serviços de saúde por parte dos imigrantes: a questão é que se está a roubar 100 000 milhões de euros ao povo para tapar os buracos da banca».
Ainhoa Etxaide afirmou que a quinta greve geral, de 26 de Setembro, será «um protesto contra estas políticas restritivas, o modelo social que nos querem impor e que cria pobreza, mas que em nenhum caso garante direitos sociais. É um modelo social que não estamos dispostos a aceitar».
A secretária-geral do LAB disse que não estão «dispostos a aceitar esta situação resignados», pelo que exigiu «às instituições, aos governos, aos partidos, que se insurjam e, partindo daí, adoptem medidas e políticas novas».
Para Etxaide, os cortes aplicados até agora «não vão ser os últimos», porque «estamos às portas de uma intervenção nas condições que o capital financeiro europeu impuser, e, nessas condições, não há futuro algum para os nossos direitos, para as nossas necessidades, nem para o nosso bem-estar. Porque - segundo disse - há riqueza para garantir condições dignas à população; o problema é que não é repartida de forma adequada». Assim, pediu às pessoas que venham para as ruas, para alterar essa política.
Em resposta a questões dos jornalistas, referiu-se à intervenção do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, na TVE. «Não damos crédito ao que os governos dizem, porque dizem uma coisa e fazem outra». / Juanjo BASTERRA / VER: Gara