Há 500 anos, Tutera abria as suas portas aos estrangeiros que tinham sitiado um dos castelos mais fortes de Navarra. As tropas castelhanas de Fernando atravessaram a ponte sobre o Ebro ao mesmo tempo que aos reis Juan e Catalina chegava a carta dos tudelanos a pedir o auxílio das tropas navarras: «quieran vuestras altezas hallar más poblada esta su ciudad de nuestros hijos que no de extranjeros», concluía a missiva.
Para recordar esta data, mais de 600 pessoas juntaram-se no domingo na capital da Ribera com os lemas «La Ribera no se rinde» e «Conquistados, pero no vencidos». Em ambiente de festa, percorreram a Parte Velha de Tutera entoando diversas canções em euskara e fazendo ouvir palavras como «Independentzia» ou «Nafarroa bizirik». A kalejira ia acompanhada por um grupo de zanpanzar e outro de dantzaris de Fustiñana, e nela seguiam diversas bandeiras de Navarra com o nome das localidades da Ribera. O cortejo iniciou-se na Praça do Liceu e percorreu pontos-chaves como a Praça Velha (junto à catedral), a Praça dos Foros, Castel Ruiz ou a de San Nicolás.
Junto ao coreto da Praça dos Foros, o tudelano Santi Lorente leu um comunicado em que evocou os acontecimentos vividos há 500 anos, que «marcaram e marcam a nossa história», apesar de «alguns insistirem em esconder a verdadeira natureza da conquista armada». Lorente referiu que «a nossa espanholidade foi imposta» e que [os navarros] «foram submetidos a ferro e fogo pelos exércitos invasores, torturados, assassinados; as mulheres foram violadas, chamaram-lhes bruxas»; por isso «queremos restituir a dignidade arrebatada a todas aquelas vítimas», disse. Os participantes reclamaram a sua «soberania enquanto navarros» e afirmaram manter-se «fiéis à defesa de Navarra, da sua liberdade e verdadeiros foros. Não nos rendemos, nem havemos de render até vermos esta terra livre de exércitos e governos estrangeiros», concluíram. / Fonte: Diario de Noticias via Sanduzelai Leningrado
O Parlamento de Nafarroa contra o incentivo à aprendizagem do euskara
Numa Reunião de Porta-vozes, UPN e PP rejeitaram uma declaração institucional apresentada pelo Bildu de incentivo à aprendizagem do euskara. NaBai e Ezkerra apoiaram a proposta; o PSN absteve-se.
Na declaração proposta pelo Bildu afirma-se que o Parlamento de Nafarroa irá «garantir a sobrevivência do euskara» e, ainda, que possui a vontade e a vocação para que o maior número possível de navarros aprenda a língua. Diz-se também que o Parlamento incentiva os cidadãos a matricularem-se nos euskaltegis [para assim aprenderem euskara]. / Fonte: Berria