quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

OFENSIVA CONTRA A ESQUERDA ABERTZALE

Governo Espanhol iniciará sexta-feira o pedido de ilegalização do EHAK e da ANV

O ministro espanhol da Justiça, Mariano Fernández Bermejo, confirmou em conferência de imprensa que o Conselho de Ministros autorizará sexta-feira o Ministério Público a apresentar perante o Supremo Tribunal o pedido de ilegalização do EHAK e da ANV.
Segundo disse, as “provas” recolhidas a partir das rusgas de Segura e Olaberria, em Outubro de 2007, levaram a pedir a ilegalização do EHAK e da ANV.
Fernández Bermejo disse que os serviços jurídicos do Estado utilizarão todas as possibilidades existentes para impedir a presença das formações nas eleições do próximo dia 9 de Março.
“Vamos impedir que estes partidos estejam presentes no processo eleitoral” e para tal “não descartamos nenhuma hipótese cautelar ou definitiva, como pode ser a impugnação das candidaturas”, afirmou, para insistir que utilizarão qualquer procedimento para garantir que não concorram aos comícios, “porque temos prova assegurada que são uma mera continuidade do complexo Batasuna”.
Depois do trâmite da autorização do Conselho de Ministros, dependerá do Ministério Público o momento em que se interponha a ordem da ilegalização, ainda que o ministro tenha assegurado que “não tardará muito”.
O titular da Justiça também quis advertir a esquerda abertzale de que o Governo espanhol está “absolutamente pendente desses planos alternativos que seguramente aparecerão”.
Bermejo recordou que “disse várias vezes que, no mesmo instante em que se obtivessem provas” que acreditassem a vinculação da EAE-ANV e do EHAK com o Batasuna, “não tardaríamos um minuto em actuar em conformidade”, e sublinhou que “o minuto chegou e que se vai actuar em conformidade”.
“Estamos nesse momento em que o conjunto de indícios que vínhamos acumulando há algum tempo” tem hoje “um acrescento decisivo”.
O conteúdo dos informes elaborados pela Polícia e pela Guardia Civil é, segundo disse, “suficientemente contundente” e “permite-nos passar tranquilamente a uma acção de ilegalização”.
“Fico tranquilo ao ver a prova documental com que vamos a tribunal”, com a qual espera convencer a Sala 61 do Supremo Tribunal, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Estrasburgo.

Fonte: GARA