quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Dia contra a tortura em EH: a 38 anos da morte por torturas de Joxe Arregi

Hoje, 13 de Fevereiro, passam 38 anos sobre a morte por torturas de Joxe Arregi Izagirrre e assinala-se o Dia Internacional contra a Tortura em Euskal Herria. Neste contexto, foram agendadas para hoje iniciativas em vários pontos do território basco para denunciar a tortura, exigir o fim desta prática e condenar a impunidade que a rodeia - caso de Joxe Arregi, em 1981, é um de muitos exemplos. O Movimento pró-Amnistia e contra a Repressão marcou concentrações para Gasteiz, Bilbo, Iruñea e Donostia. [comunicado aqui.]


13 de Fevereiro é, no País Basco, o Dia Internacional contra a Tortura. A data passou a ser assinalada após a morte por torturas de Joxe Arregi (Zizurkil, Gipuzkoa), em 1981. O militante da ETA foi capturado a 4 de Fevereiro daquele ano e, incomunicável, foi sujeito a torturas brutais durante nove dias, vindo a falecer no Hospital Prisional de Carabanchel, em Madrid, a 13 de Fevereiro.

«Oso latza izan da» [foi muito duro], disse, pouco antes de morrer, a companheiros revolucionários que se encontravam no hospital.

Ao seu assassinato seguiu-se, em Euskal Herria, uma greve geral com ampla adesão, bem como manifestações, fortemente reprimidas pela Polícia espanhola. Estima-se que umas 10 mil pessoas tenham participado no funeral de Arregi, em Zizurkil.

Milhares de bascos foram torturados – durante o franquismo, a mal chamada «transição» e a dita «democracia espanhola».

Uma investigação coordenada pelo médico forense Paco Etxeberria, publicada em Novembro de 2017, documentou 4113 casos de tortura entre 1960 e 2014.

Os casos dizem todos respeito a pessoas nascidas ou residentes na Comunidade Autónoma Basca (ficando de fora Nafarroa e Iparralde). / Ver: aseh