domingo, 27 de abril de 2008

Moções “éticas” contra a ANV não passam em Arrasate e Hernani

As moções “éticas” propostas pelo PNV e pelo PSE, com o objectivo de expulsar Ino Galparsoro e Marian Beitialarrangoitia da presidência dos municípios de Arrasate e Hernani, respectivamente, saíram derrotadas nas sessões plenárias realizadas nas sedes desses municípios.

Em Arrasate, os oito votos favoráveis à moção – quatro do PNV e quatro do PSE – foram travados por nove votos contra – sete da EAE-ANV, um do Aralar e um da EB-Zutik – e quatro abstenções – a do vereador do EA, a do PP e as dos outros dois edis da EB-Zutik. No final da sessão, a presidente deu a palavra aos cidadãos de Arrasate e, quando um deles aproveitou a ocasião para denunciar a inutilidade deste tipo de iniciativas relativamente à solução do conflito, os quatro vereadores do PSE abandonaram o salão, vivendo-se então momentos de tensão.

Salão a abarrotar

A Câmara Municipal tinha aberto as suas portas por volta das 18h e, desde então, dezenas de pessoas juntaram-se nas imediações do edifício, em silêncio, para mostrar o seu apoio à formação ekintzale [ANV], exibindo cartazes onde se lia “Guk independentzia” [Somos pela independência]. Quando a presidente do município, Ino Galparsoro, entrou no salão plenário, tanto o interior da Câmara como o espaço contíguo, no exterior, estavam a abarrotar de gente, que a recebeu com gritos de apoio como “Ino, herria zurekin” [Ino, o povo está contigo] e “ANV aurrera” [ANV, força]. De realçar também o enorme contingente policial destacado pela Ertzaintza, assim como a presença de inúmeros meios de comunicação social.

PNV e PSE também não alcançam o seu objectivo em Hernani

Também em Hernani a moção “ética” promovida pelo PNV e pelo PSE, apesar de reforçada pela votação favorável dos vereadores do EA e do PP, se viu rejeitada no debate que teve lugar na Câmara Municipal. A abstenção da representante do EB-B/Aralar, Beatriz Fernandino, e os votos contra dos oito vereadores da EAE-ANV fizeram com que se registasse um “empate a oito”. Perante essa situação, Marian Beitialarrangoitia fez valer o seu voto na qualidade de primeira edil, desempatando a votação e, dessa forma, anulando as pretensões dos promotores da moção.

Fonte: Gara