terça-feira, 26 de junho de 2018

«Nom é a pobreza, nem a redistribuiçom… é a exploraçom!»

[De Maurício Castro] Umha característica do capitalismo, tal como antes outros modos de produçom dominantes, é a naturalizaçom das suas formas de relaçom social, ao ponto de serem confundidas com a própria «essência humana». Só um estudo consciente e crítico com perspetiva de classe permite ir além da aparência e descobrir o mecanismo fundante do que é só um modo de produçom histórico: nem natural, nem eterno.

O estudo do mecanismo da exploraçom, que nom faremos aqui por nom ser esse o objetivo deste texto, é de fundamental importáncia por dous motivos: primeiro, porque só compreendendo-o é que percebemos a lógica lucrativa que inevitavelmente rege a reproduçom social no capitalismo; e segundo, porque sem esse conhecimento, acabaremos, como a nossa esquerda atual já fai, derivando a eventual soluçom dos graves problemas sociais que caracterizam as sociedades capitalistas para questons morais (justiça-injustiça, bondade-maldade...), ou para pseudoalternativas de tipo parcial (progressividade fiscal, políticas redistributivas e por aí fora). (Sermos Galiza)