domingo, 25 de maio de 2008

Em Donostia: manifestação contra bandeira estrangeira e imposta

Foto: EFE

A manifestação partiu do coreto do Boulevard por volta das 17h30 de ontem, para exigir a retirada imediata da bandeira espanhola, a bandeira “estrangeira e imposta” que pende da fachada da Câmara Municipal dirigida por Odón Elorza, autarca do PSE, que governa em aliança com a Ezker Batua e o Aralar. A Ertzaintza ainda chegou a bloquear a passagem aos participantes na mobilização, mas o impasse terminou depois de os organizadores da marcha terem negociado algumas questões com a polícia autonómica.
Já em frente à Câmara Municipal, onde a marcha findou o seu percurso, tomou a palavra Agustín Rodríguez, para denunciar que “esta bandeira estrangeira, que simboliza a imposição, a partição e a negação do direito a decidir, não tem cabimento nem em Donostia nem em Euskal Herria”. “Quem pediu que fosse içada essa bandeira? Historicamente, foram os militares e as forças policiais que a içaram [...]. Como tal, se o povo não a deseja, por que nos é imposta à força?”, questionou-se. Fez então um apelo ao autarca Odón Elorza para que “retire o quanto antes a bandeira da imposição da sede municipal donostiarra”.

Mal-estar

No domingo passado, agindo com premeditação e a coberto da noite, funcionários municipais içaram a bandeira espanhola num dos mastros da sede municipal de Donostia, gerando grande mal-estar entre uma boa parte da cidadania. A esquerda abertzale já tinha comparecido anteontem à tarde em Alderdi Eder para denunciar a colocação do símbolo da “imposição, partição e negação do direito de Euskal Herria a decidir o seu futuro”. “É uma imposição pura, uma vez que nunca nos perguntaram se queremos ser bascos, espanhóis ou franceses”, denunciaram, ao mesmo tempo que alertaram para a “tensão” que a colocação da vermelha e amarela “irá gerar”.

Fonte: Gara