sábado, 10 de janeiro de 2015

Mobilização em Buenos Aires exigiu justiça para militantes curdas assassinadas em Paris

Realizou-se ontem, 9, na capital argentina, uma manifestação até à Embaixada de França para exigir que os autores materiais e políticos do assassinato de três militantes curdas a 9 de Janeiro de 2013, em Paris, sejam punidos. Também se expressou solidariedade ao povo francês pela «chacina do Charlie Hebdo», ocorrida dia 7. A mobilização coincidiu com diversas marchas e concentrações realizadas junto a embaixadas e consulados de França em cidades de todo o mundo, em solidariedade com a reivindicação dos familiares, amigos e companheiros das três militantes.

As três lutadoras eram Sakine Cansız (Sara), Fidan Doğan (Rojbin) e Leyla Şaylemez (Ronahî). Cansiz foi uma das duas mulheres que participaram na fundação, há trinta anos, do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo). Os curdos afirmam que os executores foram agentes dos serviços secretos turcos - MIT -, que agiram e escaparam com total impunidade devido às facilidades que lhes foram concedidas pelo Governo francês, que nada fez para investigar o caso.

Sara, Rojbin e Ronahî representam as milhares de mulheres curdas que, no Norte da Síria e do Iraque, estão a travar uma batalha exemplar contra as hordas fascistas, organizadas pelos inimigos dos povos e da libertação das mulheres. / Mais informação: Resumen Latinoamericano

A Iniciativa Solidária com o Povo Curdo, de Euskal Herria, convocou para ontem, em Bilbo, uma concentração para recordar o assassinato das três militantes curdas. (Ver: askapena.org)