sábado, 21 de julho de 2018

«Kaylee Muthart, uma história Édipo-americana»

[De António Santos] Aluna do quadro de honra durante o ensino secundário, Kaylee começou a tomar estimulantes quando entrou no mundo do trabalho. «A droga era uma forma de lidar com os longos horários de trabalho, com o desemprego, com os meus problemas emocionais. Quando a minha relação com o meu ex-namorado começou a deteriorar-se comecei a fumar mais cannabis, a beber mais álcool e a tomar Xanax. Quando acabámos, tive uma depressão. Comecei por fumar metanfetaminas, depois comecei a inalar e ao fim de dois meses estava a injectar», explicou.

A mãe, Katy Tompkins, responsabiliza também o governo: «Foi preciso isto acontecer para a minha filha ser diagnosticada com transtorno bipolar. Ela nem sabia que tinha a doença. Não há saúde mental [nos EUA] e quando as pessoas caem na droga, tratam-nas como lixo. Muitas pessoas simplesmente não têm um seguro de saúde e, para essas, não há recursos nem serviços, nem apoio, só há filas de espera», acusa. (Abril)