terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A Guarda Civil detém quatro pessoas em Donostia e em Pasaia


A Guarda Civil deteve esta madrugada quatro pessoas em Donostia e Pasai San Pedro, por suposta ligação à ETA. Trata-se de Arkaitz Landaberea, June Villarrubia, Julen Etxaniz e Saioa Urbistazu. A instituição militar procedeu à inspecção das suas casas, em Intxaurrondo e na rua Urbieta, bem como em Pasaia.

Nota do comité de empresa da Baigorri Argitaletxea

As detenções ocorreram em Donostia e em Pasai San Pedro pelas 2h15, segundo informam EFE e a Europa Press.

Trata-se do trabalhador do GARA Arkaitz Landaberea e da sua companheira June Villarrubia, que foram detidos em Intxaurrondo; de Saioa Urbistazu, presa na rua Urbieta, de Donostia, no seu domicílio familiar; e de Julen Etxaniz, detido em San Pedro, segundo informou o Movimento Pró-Amnistia.

A Guarda Civil inspeccionou as casas de todos eles, sendo que nalgumas das inspecções estiveram presentes os detidos.
No caso de Saioa Urbistazu, os agentes deitaram a porta abaixo e levaram um computador e diversos papéis.
O andar em que viviam Arkaitz Landaberea e June Villarrubia foi selado, tal como a habitação de Julen Etxaniz, em Pasai San Pedro.

Etxaniz, à espera de uma operação
Convém destacar que Etxaniz tem o perónio partido e anda de canadianas. Está à espera de uma intervenção cirúrgica.

A EFE, citando fontes “da investigação”, refere que os quatro estão a ser levados para Madrid.
A operação foi ordenada pela Audiência Nacional espanhola e continua aberta. A mesma fonte indica que os acusam de ser membros “legais” da ETA e de “formar um comando de apoio” à organização armada basca.
O Ministério espanhol do Interior referiu em comunicado que as detenções se deram com base na documentação apreendida na sequência da detenção de Xabier López, Ainhoa Ozaeta, Jon Salaberria e Igor Suberbiola, a 20 de Maio deste ano, em Bordéus.

Denúncia e mobilizações
O Movimento Pró-Amnistia expressou a sua preocupação relativamente ao trato que os detidos possam estar a sofrer e lembrou que os últimos cinco presos em Irun e na Bizkaia afirmaram ter sido selvaticamente torturados durante o período em permaneceram sob incomunicação, em poder da Guarda Civil.

“A tortura é uma crua realidade em Euskal Herria. Desde finais de Agosto, a média foi de um cidadão basco torturado a cada quatro dias pela Guarda Civil ou pela Polícia espanhola. Em 2008 foram torturados, no total, 60 cidadãos bascos”, denunciaram, ao mesmo tempo que apelaram à participação nas mobilizações a decorrer esta tarde em Pasaia e em Donostia.
A Bai Euskal Herriari expressou a mesma preocupação relativa ao trato que os detidos possam sofrer enquanto permanecerem sob incomunicação.


Na capital guipuscoana, terá lugar uma concentração diária na rotunda do GARA, em Ibaeta, às 16h, enquanto os detidos permanecerem sob incomunicação.
Às 20h de hoje terá lugar uma outra mobilização no cruzamento de Ulia, em Donostia, e às 19h30 em Pasai San Pedro.

Fonte: Gara